Octávio V. Gonçalves: Genialidade ou singularidade narcísica de um Director?

21-05-2011
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Perante as "ordens de serviço" que, pela invulgaridade da redacção, divulgo em baixo, hesito na qualificação das mesmas e, sobretudo, oscilo na antecipação das reacções que as mesmas me desencadeariam, se fosse docente do agrupamento em causa, como que entre a fruição do gozo, a emoção da caçoada ou, então, um respeitoso curvar perante o génio de quem prosa de forma tão pouco prosaica, mesmo que o estilo, as densidades adjectivas e as invocações mundanas possam parecer deslocadas do meio e do fim da mensagem.
Confesso que aprecio imenso a adjectivação (que considero o sal da escrita e o colorido da mente) em detrimento do discurso adverbial, pois, ainda me recordo como, aquando da minha passagem de um ano lectivo pela Escola Secundária de Amora, o escritor Fernando Grade, que por lá fazia aparições esporádicas a divulgar os seus livros, se referia aos advérbios como, e cito, "os filhos da puta da escrita" que, além da sonoridade retórica, são a corporização da futilidade. Mas, convenhamos que, nos casos vertentes, o Director em causa se tenha excedido, quiçá procurando achinelar as comunicações oficiais, espessamente metafísicas, desse grande vulto das "letras da direcção" que dá pelo nome de Margarida Moreira.
Uma coisa é certa: qualquer plano de orientação vocacional aplicado a este "jovem" não apontaria, decerto, para o exercício de cargos de direcção. Está a perder-se uma vocação literária, sequestrada e acorrentada à faina agreste da produção de ordens de serviço e despachos.
Dito isto, e uma vez confrontado com a genialidade literária deste director, emudeço e dou-lhe a palavra toda e ainda mais alguma:Ordem serviço nº 86a

Ordem serviço 86b


Perante as "ordens de serviço" que, pela invulgaridade da redacção, divulgo em baixo, hesito na qualificação das mesmas e, sobretudo, oscilo na antecipação das reacções que as mesmas me desencadeariam, se fosse docente do agrupamento em causa, como que entre a fruição do gozo, a emoção da caçoada ou, então, um respeitoso curvar perante o génio de quem prosa de forma tão pouco prosaica, mesmo que o estilo, as densidades adjectivas e as invocações mundanas possam parecer deslocadas do meio e do fim da mensagem.
Confesso que aprecio imenso a adjectivação (que considero o sal da escrita e o colorido da mente) em detrimento do discurso adverbial, pois, ainda me recordo como, aquando da minha passagem de um ano lectivo pela Escola Secundária de Amora, o escritor Fernando Grade, que por lá fazia aparições esporádicas a divulgar os seus livros, se referia aos advérbios como, e cito, "os filhos da puta da escrita" que, além da sonoridade retórica, são a corporização da futilidade. Mas, convenhamos que, nos casos vertentes, o Director em causa se tenha excedido, quiçá procurando achinelar as comunicações oficiais, espessamente metafísicas, desse grande vulto das "letras da direcção" que dá pelo nome de Margarida Moreira.
Uma coisa é certa: qualquer plano de orientação vocacional aplicado a este "jovem" não apontaria, decerto, para o exercício de cargos de direcção. Está a perder-se uma vocação literária, sequestrada e acorrentada à faina agreste da produção de ordens de serviço e despachos.
Dito isto, e uma vez confrontado com a genialidade literária deste director, emudeço e dou-lhe a palavra toda e ainda mais alguma:Ordem serviço nº 86a

Ordem serviço 86b

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