Octávio V. Gonçalves: Dicas para vencer a crise

22-01-2011
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A crer na notícia, o processo “Face oculta”, no qual parece haver algumas escutas envolvendo os nomes de alguns responsáveis políticos da Nação, incluindo o nome do Senhor Primeiro-ministro, entra “em fase de instrução”. De acordo ainda com a notícia, o Ministério público terá acusado qualquer coisa como “36 arguidos de corrupção, furto, burla, tráfico de influência e associação criminosa”. Enfim, coisa pouca; afinal, são apenas (se a calculadora não enganar) 3 dúzias de personagens, todas certamente inocentes!
Como já se referiu, está mais que visto que todas os hipotéticos “prevaricadores”, chamemos-lhes assim, estão inocentes e já se sabe que, no final da história (leia-se processo), é assim que vão ser considerados, dê o processo as voltas que der! Ainda a procissão vai no adro e não restam dúvidas de que a coisa, e de acordo com alguém certamente bem informado, é “exclusivamente política”. Está-se mesmo a ver qu’isto só pode ser alguma peça de campanha obscura para denegrir alguém! Assim sendo, podemos ficar descansados quanto à mais do que sabida inocência de toda esta gente, incapaz de façanhas no domínio da corrupção, do furto, da burla, do tráfico de influência e até de associação criminosa.
Mais, e para que não se pense que, como diz o povo, é só dizer mal ou que isto é um problema de inveja por alguns não serem capazes (leia-se competentes) nestes domínios e afins, aqui fica o alvitre: por que não legalizar a corrupção, o furto, a burla, o tráfico de influência e até a prática de associação criminosa? Haja até coragem não apenas para legalizar, mas (e por que não devemos ter medo da inovação e de ousar) de certificar a coisa. Sim, que a certificação da (boa) qualidade é (num mundo cada vez mais pequeno, que muda muito depressa e onde concorrência é feroz) essencial, dir-se-ia mesmo imprescindível! Fazendo as contas ao que se vai gastar com este processo (ele é os pagamentos aos advogados, aos juízes, almoços, jantares e afins, combustíveis, papel, tinta e tinteiros, computadores e impressoras, telefones, verborreia, retórica e banalidades, além de “cliques” nos controlos remotos de TV quando a coisa entrar em cena...) de final mais do que obvio, não seria bem mais sensato acabar com a coisa (vulgo, abortar, nem que seja ao abrigo de alguma legislaçao IVG) antes de começar? Se alguém se atrevesse a fazer contas multiplicando a coisa por “n” processos afins e apresentasse a conta da poupança, ainda se arriscava a algum Nobel da Economia. Além, claro, do seu modesto (mais não desprezável) contributo para a saída da crise, para a (boa) saúde das finanças e para a moral da Nação!
Manuel Salgueiro


A crer na notícia, o processo “Face oculta”, no qual parece haver algumas escutas envolvendo os nomes de alguns responsáveis políticos da Nação, incluindo o nome do Senhor Primeiro-ministro, entra “em fase de instrução”. De acordo ainda com a notícia, o Ministério público terá acusado qualquer coisa como “36 arguidos de corrupção, furto, burla, tráfico de influência e associação criminosa”. Enfim, coisa pouca; afinal, são apenas (se a calculadora não enganar) 3 dúzias de personagens, todas certamente inocentes!
Como já se referiu, está mais que visto que todas os hipotéticos “prevaricadores”, chamemos-lhes assim, estão inocentes e já se sabe que, no final da história (leia-se processo), é assim que vão ser considerados, dê o processo as voltas que der! Ainda a procissão vai no adro e não restam dúvidas de que a coisa, e de acordo com alguém certamente bem informado, é “exclusivamente política”. Está-se mesmo a ver qu’isto só pode ser alguma peça de campanha obscura para denegrir alguém! Assim sendo, podemos ficar descansados quanto à mais do que sabida inocência de toda esta gente, incapaz de façanhas no domínio da corrupção, do furto, da burla, do tráfico de influência e até de associação criminosa.
Mais, e para que não se pense que, como diz o povo, é só dizer mal ou que isto é um problema de inveja por alguns não serem capazes (leia-se competentes) nestes domínios e afins, aqui fica o alvitre: por que não legalizar a corrupção, o furto, a burla, o tráfico de influência e até a prática de associação criminosa? Haja até coragem não apenas para legalizar, mas (e por que não devemos ter medo da inovação e de ousar) de certificar a coisa. Sim, que a certificação da (boa) qualidade é (num mundo cada vez mais pequeno, que muda muito depressa e onde concorrência é feroz) essencial, dir-se-ia mesmo imprescindível! Fazendo as contas ao que se vai gastar com este processo (ele é os pagamentos aos advogados, aos juízes, almoços, jantares e afins, combustíveis, papel, tinta e tinteiros, computadores e impressoras, telefones, verborreia, retórica e banalidades, além de “cliques” nos controlos remotos de TV quando a coisa entrar em cena...) de final mais do que obvio, não seria bem mais sensato acabar com a coisa (vulgo, abortar, nem que seja ao abrigo de alguma legislaçao IVG) antes de começar? Se alguém se atrevesse a fazer contas multiplicando a coisa por “n” processos afins e apresentasse a conta da poupança, ainda se arriscava a algum Nobel da Economia. Além, claro, do seu modesto (mais não desprezável) contributo para a saída da crise, para a (boa) saúde das finanças e para a moral da Nação!
Manuel Salgueiro

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