Octávio V. Gonçalves: Nenhum sindicalista será deixado para trás! É de homens

25-01-2011
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A propósito desta notícia, de acordo com a qual os professores que se encontravam em exercício de funções sindicais fora da escola (bem como deputados e outros em exercício de funções públicas), durante o mandato de Maria de Lurdes Rodrigues, podem agora progredir no quadro da avaliação intercalar, admito que estejamos perante uma de duas situações:
- a iniciativa partiu de Isabel Alçada, por generosidade (mesmo que eu defenda que se trata de um direito dos docentes, desde que satisfeitas determinadas condições, para evitar expedientes) ou por razões tácticas destinadas a apaziguar a ira sindical pelo rasganço do acordo de princípios;
- tratou-se de um compromisso estabelecido entre sindicatos e ministério da Educação, naquele dia fatídico de 7 de Janeiro de 2010, mas que não foi inscrito no Acordo, para evitar leituras de que os sindicatos defenderam mais os seus próprios interesses do que as reivindicações dos professores (o que, de qualquer forma, já era verdade).
Eu como não acredito em gestos de bondade do socratismo, inclino-me naturalmente para a segunda hipótese.
Embora reconheça o direito destes professores a progredirem, apenas lamento o seguinte:
- que seja agora ainda mais evidente que estamos perante um acordo de falta de princípios, em que os sindicatos procuraram assegurar a progressão de quem não estava nas escolas, ao mesmo tempo que abandonavam os professores resistentes e acordavam a sua não progressão, apenas porque se recusaram a participar na farsa da avaliação e a entregar um papelucho de caracacá, mesmo tendo sido excelentes profissionais que cumpriram exemplarmente a sua função de ensinar e de participar na vida da escola, ao contrário de quem não esteve na escola e acaba assim a progredir;
- estranhamente, a avaliação dos dirigentes sindicais não inclui a pantomina que os sindicatos aceitaram para a avaliação dos professores nas escolas, a não ser que Alexandre Ventura tenha insistido no zelo estapafúrdio que agora coloca na avaliação dos professores bibliotecários (ao contrário de coordenadores e relatores) e ainda venhamos a assistir a uma espécie de avaliação outonal para dirigentes sindicais, do tipo Avelãs avalia Nogueira.


A propósito desta notícia, de acordo com a qual os professores que se encontravam em exercício de funções sindicais fora da escola (bem como deputados e outros em exercício de funções públicas), durante o mandato de Maria de Lurdes Rodrigues, podem agora progredir no quadro da avaliação intercalar, admito que estejamos perante uma de duas situações:
- a iniciativa partiu de Isabel Alçada, por generosidade (mesmo que eu defenda que se trata de um direito dos docentes, desde que satisfeitas determinadas condições, para evitar expedientes) ou por razões tácticas destinadas a apaziguar a ira sindical pelo rasganço do acordo de princípios;
- tratou-se de um compromisso estabelecido entre sindicatos e ministério da Educação, naquele dia fatídico de 7 de Janeiro de 2010, mas que não foi inscrito no Acordo, para evitar leituras de que os sindicatos defenderam mais os seus próprios interesses do que as reivindicações dos professores (o que, de qualquer forma, já era verdade).
Eu como não acredito em gestos de bondade do socratismo, inclino-me naturalmente para a segunda hipótese.
Embora reconheça o direito destes professores a progredirem, apenas lamento o seguinte:
- que seja agora ainda mais evidente que estamos perante um acordo de falta de princípios, em que os sindicatos procuraram assegurar a progressão de quem não estava nas escolas, ao mesmo tempo que abandonavam os professores resistentes e acordavam a sua não progressão, apenas porque se recusaram a participar na farsa da avaliação e a entregar um papelucho de caracacá, mesmo tendo sido excelentes profissionais que cumpriram exemplarmente a sua função de ensinar e de participar na vida da escola, ao contrário de quem não esteve na escola e acaba assim a progredir;
- estranhamente, a avaliação dos dirigentes sindicais não inclui a pantomina que os sindicatos aceitaram para a avaliação dos professores nas escolas, a não ser que Alexandre Ventura tenha insistido no zelo estapafúrdio que agora coloca na avaliação dos professores bibliotecários (ao contrário de coordenadores e relatores) e ainda venhamos a assistir a uma espécie de avaliação outonal para dirigentes sindicais, do tipo Avelãs avalia Nogueira.

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