Octávio V. Gonçalves: A posta na Educação

25-01-2011
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Que tipo de impulso demagógico e de alienação leva Cavaco Silva e José Sócrates a propagandearem, hoje, a necessidade de se "apostar na Educação", exactamente no dia em que se ficou a saber que o corte orçamental na área da Educação atinge a brutalidade de 11,2% e em que os professores constatam que o saque aos seus rendimentos pode atingir os 20%, além de se encontrarem congelados nas suas progressões desde 2005, sem que estes altos dignatários do Estado sejam tocados pela autenticidade e pela honestidade política de empreenderem uma análise séria das implicações que os cortes referenciados no sector da Educação podem ter no esmorecimento ou na aniquilação dessa aposta?
Relativamente a Sócrates, os professores já não estranham a retórica ilusionista, as mentiras e as opções erradas sempre que o assunto é a Educação.
Quanto a Cavaco Silva, os professores esperavam maior realismo e criticismo, tanto no diagnóstico da actual situação da escola pública e na clarificação do que significa apostar na Educação (nesta facilitista e escandalosamente certificadora de Sócrates?), como no ataque que vem sendo dirigido aos professores.
Os professores não esquecem uma conivência quase absoluta entre o presidente da República e o governo em matéria de Educação, nunca se percebendo um gesto público ou um sinal de defesa dos professores e da decência, mesmo nas medidas injustas, execráveis, absurdas ou propagandísticas deste governo, como a divisão artificial da carreira, o achincalhamento público dos professores, a farsa da avaliação do desempenho, os "magalhães" ou os mega-agrupamentos, apenas para citar algumas.

Que tipo de impulso demagógico e de alienação leva Cavaco Silva e José Sócrates a propagandearem, hoje, a necessidade de se "apostar na Educação", exactamente no dia em que se ficou a saber que o corte orçamental na área da Educação atinge a brutalidade de 11,2% e em que os professores constatam que o saque aos seus rendimentos pode atingir os 20%, além de se encontrarem congelados nas suas progressões desde 2005, sem que estes altos dignatários do Estado sejam tocados pela autenticidade e pela honestidade política de empreenderem uma análise séria das implicações que os cortes referenciados no sector da Educação podem ter no esmorecimento ou na aniquilação dessa aposta?
Relativamente a Sócrates, os professores já não estranham a retórica ilusionista, as mentiras e as opções erradas sempre que o assunto é a Educação.
Quanto a Cavaco Silva, os professores esperavam maior realismo e criticismo, tanto no diagnóstico da actual situação da escola pública e na clarificação do que significa apostar na Educação (nesta facilitista e escandalosamente certificadora de Sócrates?), como no ataque que vem sendo dirigido aos professores.
Os professores não esquecem uma conivência quase absoluta entre o presidente da República e o governo em matéria de Educação, nunca se percebendo um gesto público ou um sinal de defesa dos professores e da decência, mesmo nas medidas injustas, execráveis, absurdas ou propagandísticas deste governo, como a divisão artificial da carreira, o achincalhamento público dos professores, a farsa da avaliação do desempenho, os "magalhães" ou os mega-agrupamentos, apenas para citar algumas.

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