Octávio V Gonçalves: Resposta curta a Paulo Guinote

06-08-2010
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Ler mais AQUI...A resposta é curta apenas pela circunstância de Paulo Guinote não me ter dirigido nenhuma questão substantiva e com relevância para a luta dos professores, enveredando, no essencial, por imputações e insinuações destituídas de fundamento.Em primeiro lugar, não posso deixar de estranhar, quer a leitura fulanizada que Paulo Guinote vem fazendo dos meus textos, quer a hipersensibilidade com que se precipita a morder um isco que não lhe é especificamente dirigido.Não escrevo obcecado com Paulo Guinote e muito menos nutro pelo próprio qualquer ódio de estimação (ao contrário, sempre transmiti ao meu círculo de amigos e conhecidos o meu respeito pelo papel dinamizador que este colega conferiu à contestação dos professores através do seu blogue), limitando-me a empreender juízos críticos sobre estratégias e posições em abstracto, uma vez que as mesmas foram e são postuladas por muitos mais professores que apenas um actor solitário. Como tal, acho até de algum pretensiosismo alguém agigantar-se como alvo exclusivo ou preferencial das minhas críticas.A mim, pelo menos, não se me eriça o descabelado, assim tão epidermicamente, sempre que me criticam estratégias ou posições.Sobre pretensas desqualificações das minhas posições e actuações, expressas com recurso a termos excessivos como “purismos” e “caça às bruxas”, confesso que não disponho da semântica e da pragmática que me permitam descodificar o alcance de tais traços e rotinas, uma vez que não fazem parte da minha natureza, nem da minha intencionalidade.Não tenho por hábito frequentar confessionários, mesmo pecando e errando recorrentemente, embora entre as minhas fraquezas não se incluam motivações para vendettas de nenhuma espécie, o que não significa que aprecie ou aceite de ânimo leve ver gente que resiste em nome da dignidade, do respeito e da seriedade, sair prejudicada.Agora, querer tornar absurdamente excessiva a mera defesa da coerência, da autenticidade e da solidariedade face aos colegas que não alinharam na “falta de seriedade e na incompetência”, já me parece uma argumentação que não colhe de todo. Mas, adiante…Vamos ao essencial.Com o texto que divulguei, limitei-me a colocar as questões decisivas e relativamente às quais todos ganhamos se lhes respondermos com convicção e clareza.Aliás, foi o que legitimamente fez Paulo Guinote, pelo que todos ficamos esclarecidos acerca da sua interpretação da coerência e da autenticidade, a qual o leva a admitir que o processo não foi sério e não foi competente, apesar de as classificações deverem ser aceites para efeitos de obtenção de vantagens em termos de progressão na carreira, mas já não para efeitos de concursos.O importante é que Paulo Guinote está no seu legítimo direito de pensar dessa forma e eu usufruo da mesma legitimidade para ler essa posição como sendo incoerente. E não vem daqui nenhum mal ao mundo.Finalmente, em relação à questão que Paulo Guinote me dirige, reconheço que a mesma insinua mais do que pergunta, embora não me furte a responder-lhe.Então, é assim:Paulo Guinote foi mal informado sobre o conteúdo exacto da minha intervenção, naquilo que, sarcasticamente, designa como loas que dirigi a Mário Nogueira e a Dias da Silva. De facto, elogiei várias individualidades entre as quais estes colegas, pelo facto de se terem mantido firmes, ao longo de todo o processo de luta dos professores e até àquele exacto momento (não disponho de dotes de adivinhação sobre o que viria a ocorrer na semana seguinte), em relação à persistência na revogação da divisão na carreira e à exigência de suspensão do modelo de avaliação. E mais nada elogiei para além disto.Mas, tal aconteceu num momento em que, nem o PSD, nem os dirigentes sindicais em causa, tinham deixado cair a suspensão do modelo de avaliação em vigor. Bem pelo contrário, este compromisso foi ali reafirmado por todos. Se alguém mudou a sua posição, não fui certamente eu próprio e não posso ser responsabilizado pelas mudanças de posição e pelas vacilações de outros. Como tal, não vejo onde esteja a incoerência da minha parte, neste episódio específico.Também o desafio a encontrar nos documentos do Compromisso Educação e nos documentos postados no blogue do PROmova qualquer ligação ao PSD ou qualquer apelo à votação neste partido que não tenha ocorrido em proporção idêntica relativamente ao PCP, ao BE ou ao CDS-PP, sendo esta abertura a todos os partidos da oposição a própria essência do Compromisso Educação.Espera-se mais rigor de análise da parte de alguém com formação em história e, consequentemente, em análise documental.Tendo respondido à questão que me foi dirigida, declaro-me não disponível para cevar egos em combates de wrestling, para os quais não tenho nem tempo, nem disposição.Apenas reafirmo que, no que depender de mim, nenhum colega será deixado para trás neste processo, mas também nenhum obterá vantagens injustificadas sobre os demais.Uma farsa já foi o suficiente (a do concurso para titulares), quanto mais estarmos, agora, a sancionar uma segunda.


Ler mais AQUI...A resposta é curta apenas pela circunstância de Paulo Guinote não me ter dirigido nenhuma questão substantiva e com relevância para a luta dos professores, enveredando, no essencial, por imputações e insinuações destituídas de fundamento.Em primeiro lugar, não posso deixar de estranhar, quer a leitura fulanizada que Paulo Guinote vem fazendo dos meus textos, quer a hipersensibilidade com que se precipita a morder um isco que não lhe é especificamente dirigido.Não escrevo obcecado com Paulo Guinote e muito menos nutro pelo próprio qualquer ódio de estimação (ao contrário, sempre transmiti ao meu círculo de amigos e conhecidos o meu respeito pelo papel dinamizador que este colega conferiu à contestação dos professores através do seu blogue), limitando-me a empreender juízos críticos sobre estratégias e posições em abstracto, uma vez que as mesmas foram e são postuladas por muitos mais professores que apenas um actor solitário. Como tal, acho até de algum pretensiosismo alguém agigantar-se como alvo exclusivo ou preferencial das minhas críticas.A mim, pelo menos, não se me eriça o descabelado, assim tão epidermicamente, sempre que me criticam estratégias ou posições.Sobre pretensas desqualificações das minhas posições e actuações, expressas com recurso a termos excessivos como “purismos” e “caça às bruxas”, confesso que não disponho da semântica e da pragmática que me permitam descodificar o alcance de tais traços e rotinas, uma vez que não fazem parte da minha natureza, nem da minha intencionalidade.Não tenho por hábito frequentar confessionários, mesmo pecando e errando recorrentemente, embora entre as minhas fraquezas não se incluam motivações para vendettas de nenhuma espécie, o que não significa que aprecie ou aceite de ânimo leve ver gente que resiste em nome da dignidade, do respeito e da seriedade, sair prejudicada.Agora, querer tornar absurdamente excessiva a mera defesa da coerência, da autenticidade e da solidariedade face aos colegas que não alinharam na “falta de seriedade e na incompetência”, já me parece uma argumentação que não colhe de todo. Mas, adiante…Vamos ao essencial.Com o texto que divulguei, limitei-me a colocar as questões decisivas e relativamente às quais todos ganhamos se lhes respondermos com convicção e clareza.Aliás, foi o que legitimamente fez Paulo Guinote, pelo que todos ficamos esclarecidos acerca da sua interpretação da coerência e da autenticidade, a qual o leva a admitir que o processo não foi sério e não foi competente, apesar de as classificações deverem ser aceites para efeitos de obtenção de vantagens em termos de progressão na carreira, mas já não para efeitos de concursos.O importante é que Paulo Guinote está no seu legítimo direito de pensar dessa forma e eu usufruo da mesma legitimidade para ler essa posição como sendo incoerente. E não vem daqui nenhum mal ao mundo.Finalmente, em relação à questão que Paulo Guinote me dirige, reconheço que a mesma insinua mais do que pergunta, embora não me furte a responder-lhe.Então, é assim:Paulo Guinote foi mal informado sobre o conteúdo exacto da minha intervenção, naquilo que, sarcasticamente, designa como loas que dirigi a Mário Nogueira e a Dias da Silva. De facto, elogiei várias individualidades entre as quais estes colegas, pelo facto de se terem mantido firmes, ao longo de todo o processo de luta dos professores e até àquele exacto momento (não disponho de dotes de adivinhação sobre o que viria a ocorrer na semana seguinte), em relação à persistência na revogação da divisão na carreira e à exigência de suspensão do modelo de avaliação. E mais nada elogiei para além disto.Mas, tal aconteceu num momento em que, nem o PSD, nem os dirigentes sindicais em causa, tinham deixado cair a suspensão do modelo de avaliação em vigor. Bem pelo contrário, este compromisso foi ali reafirmado por todos. Se alguém mudou a sua posição, não fui certamente eu próprio e não posso ser responsabilizado pelas mudanças de posição e pelas vacilações de outros. Como tal, não vejo onde esteja a incoerência da minha parte, neste episódio específico.Também o desafio a encontrar nos documentos do Compromisso Educação e nos documentos postados no blogue do PROmova qualquer ligação ao PSD ou qualquer apelo à votação neste partido que não tenha ocorrido em proporção idêntica relativamente ao PCP, ao BE ou ao CDS-PP, sendo esta abertura a todos os partidos da oposição a própria essência do Compromisso Educação.Espera-se mais rigor de análise da parte de alguém com formação em história e, consequentemente, em análise documental.Tendo respondido à questão que me foi dirigida, declaro-me não disponível para cevar egos em combates de wrestling, para os quais não tenho nem tempo, nem disposição.Apenas reafirmo que, no que depender de mim, nenhum colega será deixado para trás neste processo, mas também nenhum obterá vantagens injustificadas sobre os demais.Uma farsa já foi o suficiente (a do concurso para titulares), quanto mais estarmos, agora, a sancionar uma segunda.

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