Independentemente da confirmação ou não confirmação da condenação pelo Tribunal da Relação, que vai apreciar todo o processo Casa Pia, pelo que não se compreende esta agitação mediática antecipada de alguns arguidos (ou também não confiam no Tribunal da Relação?), a cobertura noticiosa que tem sido dada a Carlos Cruz é absolutamente escandalosa e mostra bem como jornais e televisões se prestam a fretes.
A que outro cidadão português condenado por um qualquer Tribunal de 1ª Instância estão abertas as portas da comunicação social, de forma a ter os mesmos direitos e privilégios de defesa?
Todos os cidadãos são iguais, mas parece que Carlos Cruz é mais igual que outros.
A justiça, em processos de natureza criminal, faz-se nos tribunais (onde as tentativas de condicionamento ou de pressão sobre investigações não deveriam ser toleradas, como as que ocorreram em outros casos envolvendo personagens que parecem estar acima da lei) e não na comunicação social e na consequente manipulação de informações e de emoções.
Quando os jornalistas criticam o funcionamento da justiça por inoperacionalidade, a alternativa que oferecem, sempre que a mesma conclui as investigações (não as deixa em aberto, como em outros casos) e julga, é este espectáculo de privilégio conferido a um arguido que já foi condenado pelo crime de pedofilia, em 1ª Instância?
E se os tribunais superiores confirmarem a condenação ocorrida na 1ª Instância, como fica a responsabilidade dos meios de comunicação social perante o acolhimento e a publicitação que eventualmente possam ter dado a um pedófilo?
Porque, também, se não confirmar a condenação, isso é mérito do sistema judicial e não deste pretenso show de favor montado por medida.
Categorias
Entidades
Independentemente da confirmação ou não confirmação da condenação pelo Tribunal da Relação, que vai apreciar todo o processo Casa Pia, pelo que não se compreende esta agitação mediática antecipada de alguns arguidos (ou também não confiam no Tribunal da Relação?), a cobertura noticiosa que tem sido dada a Carlos Cruz é absolutamente escandalosa e mostra bem como jornais e televisões se prestam a fretes.
A que outro cidadão português condenado por um qualquer Tribunal de 1ª Instância estão abertas as portas da comunicação social, de forma a ter os mesmos direitos e privilégios de defesa?
Todos os cidadãos são iguais, mas parece que Carlos Cruz é mais igual que outros.
A justiça, em processos de natureza criminal, faz-se nos tribunais (onde as tentativas de condicionamento ou de pressão sobre investigações não deveriam ser toleradas, como as que ocorreram em outros casos envolvendo personagens que parecem estar acima da lei) e não na comunicação social e na consequente manipulação de informações e de emoções.
Quando os jornalistas criticam o funcionamento da justiça por inoperacionalidade, a alternativa que oferecem, sempre que a mesma conclui as investigações (não as deixa em aberto, como em outros casos) e julga, é este espectáculo de privilégio conferido a um arguido que já foi condenado pelo crime de pedofilia, em 1ª Instância?
E se os tribunais superiores confirmarem a condenação ocorrida na 1ª Instância, como fica a responsabilidade dos meios de comunicação social perante o acolhimento e a publicitação que eventualmente possam ter dado a um pedófilo?
Porque, também, se não confirmar a condenação, isso é mérito do sistema judicial e não deste pretenso show de favor montado por medida.