In Público, 01/11/10
Não tenho nenhuma compaixão pelo trabalho extraordinário que os directores vão ter que fazer. Primeiro, porque eles também não têm nenhuma pelas horas que eu tenho que dar em reuniões intercalares para além do meu horário normal. E, segundo, porque a maioria deles, e alguns bem perto de nós, já evidenciam uma postura que em nada os identifica como nossos colegas.Isso não invalida, no entanto, a minha incompreensão por esta barafunda, agora apregoada em letras garrafais na primeira página do diário de onde foi retirado o excerto do editorial aqui publicado e já aqui abordado, só agora vir “à superfície”.Se analisarmos bem a questão, a coisa, se calhar, até já vem dos tempos em que D. Afonso Henriques exercia o bullying sobre a senhora sua mãe e que acabou no arraial de porrada que levou às nossas origens! E, se as coisas ainda forem melhor vistas, ainda vai sobrar para o professor que tão mal educou tal filho! Procure-se, pois, o descendente desse professor!Uma coisa é certa: com estas origens, também não se pode exigir muito aos nossos (des)governantes que, no que a legislação diz respeito, metem os pés pelas mãos e o português na gaveta!Não seria por eles que se deveria começar a verificar se a progressão deles foi bem feita e estão no lugar certo?José Aníbal Félix de Carvalho
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In Público, 01/11/10
Não tenho nenhuma compaixão pelo trabalho extraordinário que os directores vão ter que fazer. Primeiro, porque eles também não têm nenhuma pelas horas que eu tenho que dar em reuniões intercalares para além do meu horário normal. E, segundo, porque a maioria deles, e alguns bem perto de nós, já evidenciam uma postura que em nada os identifica como nossos colegas.Isso não invalida, no entanto, a minha incompreensão por esta barafunda, agora apregoada em letras garrafais na primeira página do diário de onde foi retirado o excerto do editorial aqui publicado e já aqui abordado, só agora vir “à superfície”.Se analisarmos bem a questão, a coisa, se calhar, até já vem dos tempos em que D. Afonso Henriques exercia o bullying sobre a senhora sua mãe e que acabou no arraial de porrada que levou às nossas origens! E, se as coisas ainda forem melhor vistas, ainda vai sobrar para o professor que tão mal educou tal filho! Procure-se, pois, o descendente desse professor!Uma coisa é certa: com estas origens, também não se pode exigir muito aos nossos (des)governantes que, no que a legislação diz respeito, metem os pés pelas mãos e o português na gaveta!Não seria por eles que se deveria começar a verificar se a progressão deles foi bem feita e estão no lugar certo?José Aníbal Félix de Carvalho