Octávio V Gonçalves: Prefiro as quietudes de Inverno...

03-08-2010
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Definitivamente, esgotei os últimos rudimentos de paciência que ainda conservava para aturar farsas negociais com ajudantes, façam eles as caretas que fizerem, de José Sócrates.Quando existe a via de resolução parlamentar para tudo isto, que sentido faz a FNE e a FENPROF estarem a requerer qualquer negociação suplementar?Esquecem-se como a partir de Janeiro de 2009 se deixaram arrastar num processo negocial que anestesiou a luta e não deu em nada?Gostam de se sentirem vivos e aparecerem na comunicação social à custa do adiar da resolução dos problemas que os professores sentem na pele, todos os dias, desde há quatro anos?Embora estejam aqui envolvidos princípios ainda de maior gravidade do que as quotas, os sindicatos, que se encurralaram apenas nesta questão, não estarão interessados em colocar a questão para eles final e decisiva:Admitem acabar com o sistema de quotas? Sim ou não?... e ponto final.Muito sinceramente, não tenho espírito para suportar durante mais tempo estes encontros entretidos (o café e os bolinhos são oferta da casa?) que apenas servem para agendar ou requerer novos encontros, num processo infindável que já se arrasta desde Fevereiro de 2009, enquanto nas escolas se mantém tudo na mesma e se consolidam as maiores arbitrariedades e pantominas avaliativas.Prometi, hoje, a mim mesmo que não me voltarei a pedir mais sacrifícios. Se persistir em aparecer-me à minha frente, corro comigo!Assim, quem apreciar mundividências adjectivadas e especialidades em "raízes" (no sentido conferido por Ortega Y Gasset) continuará, certamente, a ler-me; quem pensar mais linearmente, for mais pragmático e se excitar a dar oportunidades negociais às gentes do socratismo, de todo não apreciará o que escrevo e, sem mágoas ou ressentimentos, a vida continua para todos...Como não suporto esta maldição de socratinices que se abateu sobre nós, vou continuar a denunciar quase tudo aquilo que Sócrates representa (isto fá-lo-ei enquanto a minha lucidez não turvar e enquanto não descobrirem a forma de silenciar a blogosfera), mas declaro, desde já, a minha conversão a um tipo de ocupação que, no passado, critiquei. Doravante, reservo a minha intervenção a "activista da tecla".Por agora, vou-me entretendo com algumas experiências visionárias de quietudes de Inverno...Passeio da frente marítima de Espinho sem vivalma. Um milagre de Inverno.Mudar de vida... Podia constituir uma excelente metáfora para uma espécie de "fim de festa negocial", mas esta estrutura sempre é mais sólida.Azul imaginário sob manto branco. Pelo menos aqui, renova-se sempre a esperança em dias melhores...


Definitivamente, esgotei os últimos rudimentos de paciência que ainda conservava para aturar farsas negociais com ajudantes, façam eles as caretas que fizerem, de José Sócrates.Quando existe a via de resolução parlamentar para tudo isto, que sentido faz a FNE e a FENPROF estarem a requerer qualquer negociação suplementar?Esquecem-se como a partir de Janeiro de 2009 se deixaram arrastar num processo negocial que anestesiou a luta e não deu em nada?Gostam de se sentirem vivos e aparecerem na comunicação social à custa do adiar da resolução dos problemas que os professores sentem na pele, todos os dias, desde há quatro anos?Embora estejam aqui envolvidos princípios ainda de maior gravidade do que as quotas, os sindicatos, que se encurralaram apenas nesta questão, não estarão interessados em colocar a questão para eles final e decisiva:Admitem acabar com o sistema de quotas? Sim ou não?... e ponto final.Muito sinceramente, não tenho espírito para suportar durante mais tempo estes encontros entretidos (o café e os bolinhos são oferta da casa?) que apenas servem para agendar ou requerer novos encontros, num processo infindável que já se arrasta desde Fevereiro de 2009, enquanto nas escolas se mantém tudo na mesma e se consolidam as maiores arbitrariedades e pantominas avaliativas.Prometi, hoje, a mim mesmo que não me voltarei a pedir mais sacrifícios. Se persistir em aparecer-me à minha frente, corro comigo!Assim, quem apreciar mundividências adjectivadas e especialidades em "raízes" (no sentido conferido por Ortega Y Gasset) continuará, certamente, a ler-me; quem pensar mais linearmente, for mais pragmático e se excitar a dar oportunidades negociais às gentes do socratismo, de todo não apreciará o que escrevo e, sem mágoas ou ressentimentos, a vida continua para todos...Como não suporto esta maldição de socratinices que se abateu sobre nós, vou continuar a denunciar quase tudo aquilo que Sócrates representa (isto fá-lo-ei enquanto a minha lucidez não turvar e enquanto não descobrirem a forma de silenciar a blogosfera), mas declaro, desde já, a minha conversão a um tipo de ocupação que, no passado, critiquei. Doravante, reservo a minha intervenção a "activista da tecla".Por agora, vou-me entretendo com algumas experiências visionárias de quietudes de Inverno...Passeio da frente marítima de Espinho sem vivalma. Um milagre de Inverno.Mudar de vida... Podia constituir uma excelente metáfora para uma espécie de "fim de festa negocial", mas esta estrutura sempre é mais sólida.Azul imaginário sob manto branco. Pelo menos aqui, renova-se sempre a esperança em dias melhores...

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