Octávio V Gonçalves: Intervenções públicas de Isabel Alçada: esconder as medidas de Maria de Lurdes Rodrigues que afrontaram os professores

03-08-2010
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O que estará além e aquém do chavão "prossecução e aprofundamento" das políticas educativas? Uma coisa é certa: nenhum diálogo e entendimento serão possíveis sem a eliminação incondicional da divisão da carreira e sem a substituição do modelo de avaliação ainda em vigor.30 de Julho de 2009 – Apresentação do Programa Eleitoral do PS 2009/2013 Estranhamente, nem uma palavra sobre a avaliação dos professores, considerada por Sócrates como o "desígnio" da governação, sobre o ECD e especificamente sobre a famigerada lotaria dos professores titulares, sobre o novo modelo de gestão e sobre a formação contínua (quase inexistente).Isabel Alçada defende o aprofundamento e a consolidação das sete medidas por si enfatizadas, das quais excluiu aquelas que constituíram o centro do finca-pé e da actuação incompetente de Maria de Lurdes Rodrigues. Nenhuma referência estratégica (eleitoralismo ou convicção?) às medidas que indignaram e contaram com a rejeição dos professores.Em relação a muitas das medidas elencadas, é conveniente que Isabel Alçada ultrapasse a fase do deslumbramento e do marketing, procurando conhecer as limitações e os problemas no terreno, pois em algumas das medidas os níveis e as condições de concretização são verdadeiramente decepcionantes.7 de Setembro de 2009 – Convenção Nacional do PS Elencar (remakes do mesmo discurso nas diferentes intervenções) de medidas estruturantes e bem acolhidas pelos professores (dixit): plano nacional de leitura; plano da matemática; constelação de medidas relativas ao 1º ciclo (novas tecnologias, inglês e educação musical); cursos profissionais; programa novas oportunidades (resultados muitíssimo encorajadores?!...); requalificação das escolas; alargamento da rede do pré-escolar; escola a tempo inteiro e turno único; rede de bibliotecas escolares; plano tecnológico da educação e distribuição de computadores; escolaridade obrigatória até ao 12º ano.Sobre o Estatuto e a Avaliação dos professores nenhum comprometimento com o universo impositivo e errático de Maria de Lurdes Rodrigues, apontando para reajustamentos no sentido da simplicidade e exequibilidade, onde os professores se possam rever. Falta claramente, neste âmbito, o sentido da reposição da justiça e da seriedade nas escolas, o qual passa incontornavelmente pela eliminação da divisão da carreira - medida arbitrária e injusta que avilta as escolas e desacredita qualquer modelo de avaliação montado sobre esta fractura.Curiosamente, nem uma palavra, mais uma vez, sobre o novo modelo de gestão das escolas.26 de Setembro de 2009 – Comício em LisboaIntervenção comicieira de apelo ao voto no PS.Trata-se de um breve discurso político generalista e abstracto, assente numa espécie de alegoria do caminho certo.De salientar apenas a referência à necessidade de se investir numa sociedade mais educada, culta e competente. Para tal, é imprescindível preparar todos os jovens para um futuro exigente e competitivo.Aqui reside um equívoco fundamental em Isabel Alçada: será o facilitismo introduzido e pressionado pelas políticas educativas de Sócrates e de Maria de Lurdes Rodrigues, tanto ao nível das Novas Oportunidades, como nos contextos da escolaridade obrigatória e de muito ensino profissional que vão garantir a preparação para esse futuro exigente e competitivo?Evidentemente que não!


O que estará além e aquém do chavão "prossecução e aprofundamento" das políticas educativas? Uma coisa é certa: nenhum diálogo e entendimento serão possíveis sem a eliminação incondicional da divisão da carreira e sem a substituição do modelo de avaliação ainda em vigor.30 de Julho de 2009 – Apresentação do Programa Eleitoral do PS 2009/2013 Estranhamente, nem uma palavra sobre a avaliação dos professores, considerada por Sócrates como o "desígnio" da governação, sobre o ECD e especificamente sobre a famigerada lotaria dos professores titulares, sobre o novo modelo de gestão e sobre a formação contínua (quase inexistente).Isabel Alçada defende o aprofundamento e a consolidação das sete medidas por si enfatizadas, das quais excluiu aquelas que constituíram o centro do finca-pé e da actuação incompetente de Maria de Lurdes Rodrigues. Nenhuma referência estratégica (eleitoralismo ou convicção?) às medidas que indignaram e contaram com a rejeição dos professores.Em relação a muitas das medidas elencadas, é conveniente que Isabel Alçada ultrapasse a fase do deslumbramento e do marketing, procurando conhecer as limitações e os problemas no terreno, pois em algumas das medidas os níveis e as condições de concretização são verdadeiramente decepcionantes.7 de Setembro de 2009 – Convenção Nacional do PS Elencar (remakes do mesmo discurso nas diferentes intervenções) de medidas estruturantes e bem acolhidas pelos professores (dixit): plano nacional de leitura; plano da matemática; constelação de medidas relativas ao 1º ciclo (novas tecnologias, inglês e educação musical); cursos profissionais; programa novas oportunidades (resultados muitíssimo encorajadores?!...); requalificação das escolas; alargamento da rede do pré-escolar; escola a tempo inteiro e turno único; rede de bibliotecas escolares; plano tecnológico da educação e distribuição de computadores; escolaridade obrigatória até ao 12º ano.Sobre o Estatuto e a Avaliação dos professores nenhum comprometimento com o universo impositivo e errático de Maria de Lurdes Rodrigues, apontando para reajustamentos no sentido da simplicidade e exequibilidade, onde os professores se possam rever. Falta claramente, neste âmbito, o sentido da reposição da justiça e da seriedade nas escolas, o qual passa incontornavelmente pela eliminação da divisão da carreira - medida arbitrária e injusta que avilta as escolas e desacredita qualquer modelo de avaliação montado sobre esta fractura.Curiosamente, nem uma palavra, mais uma vez, sobre o novo modelo de gestão das escolas.26 de Setembro de 2009 – Comício em LisboaIntervenção comicieira de apelo ao voto no PS.Trata-se de um breve discurso político generalista e abstracto, assente numa espécie de alegoria do caminho certo.De salientar apenas a referência à necessidade de se investir numa sociedade mais educada, culta e competente. Para tal, é imprescindível preparar todos os jovens para um futuro exigente e competitivo.Aqui reside um equívoco fundamental em Isabel Alçada: será o facilitismo introduzido e pressionado pelas políticas educativas de Sócrates e de Maria de Lurdes Rodrigues, tanto ao nível das Novas Oportunidades, como nos contextos da escolaridade obrigatória e de muito ensino profissional que vão garantir a preparação para esse futuro exigente e competitivo?Evidentemente que não!

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