Octávio V Gonçalves: Educação em... Plano Inclinado

03-08-2010
marcar artigo


O Plano Inclinado deste Sábado (28 de Novembro) foi de uma qualidade excepcional, contando com a presença, para além de Mário Crespo (moderador), Medina Carreira e Nuno Crato, de Maria do Carmo Vieira.Defendeu-se, de forma consequente, uma escola pública de qualidade sustentada nos seguintes pilares:- reabilitação da autoridade dos professores, estúpida e indignamente descredibilizada na anterior legislatura;- um ensino exigente que, ao invés de nivelar por baixo, procure elevar as competências e os conhecimentos de todos, sobretudo daqueles que chegam à escola com menos saberes e maiores dificuldades;- a competência científica do docente como o factor que faz toda a diferença no processo de ensino-aprendizagem.Além destas ideias-chave, demonizou-se, e bem, a cultura reinante do facilitismo e do trabalho para as estatísticas, a infantilização dos conteúdos curriculares, a indisciplina nas salas de aula, a tralha pedagógica inútil e o folclore.Como tal, focou-se a necessidade de revisão dos currículos, de forma a que os alunos aprendam conhecimentos essenciais e desenvolvam competências estruturantes e não, propriamente, trivialidades. Tudo isto avaliado na base de exames mais frequentes e dotados de níveis de exigência bem mais elevados que os actuais.Ressaltaram-se as consequências da actual facilitação na progressão dos alunos, como o triunfo generalizado da mediocridade (uma projecção daqueles que, na actualidade, nos governam) e, sobretudo, a ilusão de competência que, de forma fraudulenta, se está a vender aos alunos e às famílias, os quais, só a prazo e em contextos de concorrência aberta, virão, dramaticamente, a descobrir.Único senão: a defesa, por parte de Nuno Crato, de um exame rigoroso de entrada na profissão docente, como forma de contrariar o eduquês e alguma falta de exigência inerente à formação superior recebida e de garantir que aqueles que entram na profissão evidenciem uma robusta formação científica e elevadas competências para a docência.A fraqueza desta tese advém do seguinte: 1) os candidatos a docentes não devem ser avaliados relativamente a algo que não fez parte da sua formação (a qual aparece nesta tese desqualificada), pelo que o caminho correcto é apostar em cursos superiores exigentes e de qualidade, de tal forma que a média final do recém-formado fosse, efectivamente, indicadora da sua preparação e valia; 2) quem vai elaborar o exame de acesso e avaliar os resultados? Aqueles que estão no sistema, impregnados das modernices pedagógicas e de todos os vícios e debilidades do sistema?Vale a pena aguardar pela disponibilização do vídeo do programa AQUI...


O Plano Inclinado deste Sábado (28 de Novembro) foi de uma qualidade excepcional, contando com a presença, para além de Mário Crespo (moderador), Medina Carreira e Nuno Crato, de Maria do Carmo Vieira.Defendeu-se, de forma consequente, uma escola pública de qualidade sustentada nos seguintes pilares:- reabilitação da autoridade dos professores, estúpida e indignamente descredibilizada na anterior legislatura;- um ensino exigente que, ao invés de nivelar por baixo, procure elevar as competências e os conhecimentos de todos, sobretudo daqueles que chegam à escola com menos saberes e maiores dificuldades;- a competência científica do docente como o factor que faz toda a diferença no processo de ensino-aprendizagem.Além destas ideias-chave, demonizou-se, e bem, a cultura reinante do facilitismo e do trabalho para as estatísticas, a infantilização dos conteúdos curriculares, a indisciplina nas salas de aula, a tralha pedagógica inútil e o folclore.Como tal, focou-se a necessidade de revisão dos currículos, de forma a que os alunos aprendam conhecimentos essenciais e desenvolvam competências estruturantes e não, propriamente, trivialidades. Tudo isto avaliado na base de exames mais frequentes e dotados de níveis de exigência bem mais elevados que os actuais.Ressaltaram-se as consequências da actual facilitação na progressão dos alunos, como o triunfo generalizado da mediocridade (uma projecção daqueles que, na actualidade, nos governam) e, sobretudo, a ilusão de competência que, de forma fraudulenta, se está a vender aos alunos e às famílias, os quais, só a prazo e em contextos de concorrência aberta, virão, dramaticamente, a descobrir.Único senão: a defesa, por parte de Nuno Crato, de um exame rigoroso de entrada na profissão docente, como forma de contrariar o eduquês e alguma falta de exigência inerente à formação superior recebida e de garantir que aqueles que entram na profissão evidenciem uma robusta formação científica e elevadas competências para a docência.A fraqueza desta tese advém do seguinte: 1) os candidatos a docentes não devem ser avaliados relativamente a algo que não fez parte da sua formação (a qual aparece nesta tese desqualificada), pelo que o caminho correcto é apostar em cursos superiores exigentes e de qualidade, de tal forma que a média final do recém-formado fosse, efectivamente, indicadora da sua preparação e valia; 2) quem vai elaborar o exame de acesso e avaliar os resultados? Aqueles que estão no sistema, impregnados das modernices pedagógicas e de todos os vícios e debilidades do sistema?Vale a pena aguardar pela disponibilização do vídeo do programa AQUI...

marcar artigo