Octávio V Gonçalves: Só não vê quem não quer ver

03-08-2010
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In Expresso, 13/03/2010“O pior cego é o que não quer ver”, José Saramago, em “Ensaio sobre a cegueira”
De acordo com a responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança Escolar, Paula Peneda, o número de agressões em / nas salas de aulas está a aumentar, tal como aumentaram as injúrias contra professores. Como razão principal esta responsável aponta o fim dos chamados “furos” e a implementação das aulas de substituição, uma das bandeiras do governo anterior (cujo líder é o mesmo do governo actual) em matéria de Educação. Ainda de acordo com esta responsável, estes problemas agudizar-se-ão com o alargamento da escolaridade obrigatória ao 12.º ano; perante a pergunta “O alargamento até ao 12.º ano vai então trazer mais problemas?”, a resposta é clara: “Vai com certeza”. Estas declarações foram feitas ao jornal “Expresso” de Sábado passado (13 de Março de 2010).
Quem passou por qualquer Escola do "antigamente", e não é preciso ter memória de elefante para se lembrar, sabe que nunca veio mal algum ao mundo, nem foi por causa dos “furos” e dos “feriados” que os meninos e as meninas ficaram menos preparados para aprenderem, para o sucesso escolar e afins. Muito menos traumatizados... Antes pelo contrário, havia até algum efeito terapêutico, de algum alívio da pressão, de descompressão e momentos de felicidade quando tal acontecia.
Quando se discutem alterações / reformas para os próximos tempos em termos do que se pretende para a Educação e até pela actualidade do fenómeno real da violência escolar, talvez fosse uma ideia o Ministério ouvir o que pensa quem anda no terreno acerca destas “ocupações”. Quem já fez substituições (a grande maioria dos professores) certamente não deixaria de exprimir o que pensa e, até, de apresentar sugestões. Por que não, por exemplo, um simples inquérito “online” como ponto de partida?
Manuel Salgueiro


In Expresso, 13/03/2010“O pior cego é o que não quer ver”, José Saramago, em “Ensaio sobre a cegueira”
De acordo com a responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança Escolar, Paula Peneda, o número de agressões em / nas salas de aulas está a aumentar, tal como aumentaram as injúrias contra professores. Como razão principal esta responsável aponta o fim dos chamados “furos” e a implementação das aulas de substituição, uma das bandeiras do governo anterior (cujo líder é o mesmo do governo actual) em matéria de Educação. Ainda de acordo com esta responsável, estes problemas agudizar-se-ão com o alargamento da escolaridade obrigatória ao 12.º ano; perante a pergunta “O alargamento até ao 12.º ano vai então trazer mais problemas?”, a resposta é clara: “Vai com certeza”. Estas declarações foram feitas ao jornal “Expresso” de Sábado passado (13 de Março de 2010).
Quem passou por qualquer Escola do "antigamente", e não é preciso ter memória de elefante para se lembrar, sabe que nunca veio mal algum ao mundo, nem foi por causa dos “furos” e dos “feriados” que os meninos e as meninas ficaram menos preparados para aprenderem, para o sucesso escolar e afins. Muito menos traumatizados... Antes pelo contrário, havia até algum efeito terapêutico, de algum alívio da pressão, de descompressão e momentos de felicidade quando tal acontecia.
Quando se discutem alterações / reformas para os próximos tempos em termos do que se pretende para a Educação e até pela actualidade do fenómeno real da violência escolar, talvez fosse uma ideia o Ministério ouvir o que pensa quem anda no terreno acerca destas “ocupações”. Quem já fez substituições (a grande maioria dos professores) certamente não deixaria de exprimir o que pensa e, até, de apresentar sugestões. Por que não, por exemplo, um simples inquérito “online” como ponto de partida?
Manuel Salgueiro

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