Face ao estado de degradação económica, política e moral a que o país chegou, face ao clima de crispação (em algumas escolas chega a ser de coacção e de medo - mas o futuro permitirá o julgamento dos cretinos que agora silenciam e intimidam) que se instalou na sociedade e face ao descrédito político do artífice e responsável por esta miserável herança, imagino (resta-me exercitar esta faculdade mental, pois nem sob tortura votaria em Sócrates) como muitos daqueles que propiciaram a este mestre do ilusionismo político a oportunidade de se tornar líder de um partido político de gente honrada e de se tornar primeiro-ministro de Portugal se devem sentir desiludidos e defraudados, porventura tentados a torcer e a retorcer a orelha de arrependimento.Imagino também que para os lados da Fenprof devam existir alguns tentados a torcer a orelha pelo facto de terem tido a oportunidade de fazer valer as reivindicações dos professores e, por ingenuidade, estupidez ou equívoco estratégico, terem deitado tudo a perder. Todavia, acredito que alguns desses negociadores de bom coração (preferem que seja o ministério da Educação a pôr-lhes a "pata no pescoço" do que serem eles a impor o que era sensato e justo - com os resultados que estão aí à vista) já devem estar, novamente, com saudades de "uma boa negociação", porque as reivindicações da luta dos professores continuam aí (quase) todas por satisfazer.
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Face ao estado de degradação económica, política e moral a que o país chegou, face ao clima de crispação (em algumas escolas chega a ser de coacção e de medo - mas o futuro permitirá o julgamento dos cretinos que agora silenciam e intimidam) que se instalou na sociedade e face ao descrédito político do artífice e responsável por esta miserável herança, imagino (resta-me exercitar esta faculdade mental, pois nem sob tortura votaria em Sócrates) como muitos daqueles que propiciaram a este mestre do ilusionismo político a oportunidade de se tornar líder de um partido político de gente honrada e de se tornar primeiro-ministro de Portugal se devem sentir desiludidos e defraudados, porventura tentados a torcer e a retorcer a orelha de arrependimento.Imagino também que para os lados da Fenprof devam existir alguns tentados a torcer a orelha pelo facto de terem tido a oportunidade de fazer valer as reivindicações dos professores e, por ingenuidade, estupidez ou equívoco estratégico, terem deitado tudo a perder. Todavia, acredito que alguns desses negociadores de bom coração (preferem que seja o ministério da Educação a pôr-lhes a "pata no pescoço" do que serem eles a impor o que era sensato e justo - com os resultados que estão aí à vista) já devem estar, novamente, com saudades de "uma boa negociação", porque as reivindicações da luta dos professores continuam aí (quase) todas por satisfazer.