Octávio V Gonçalves: Que raio de ilusionismo é o deste nosso compatriota?

03-08-2010
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Descontado o semblante em tons de agastamento crispado que marca o novo visual de Sócrates desde a perda da maioria absoluta, o primeiro-ministro mostrou, na sua mensagem de Natal, que continua igual a si próprio.Nenhuma assunção de responsabilidade política pela grave situação que o país atravessa.Continua avesso a qualquer exercício de humildade pessoal e política.Ignora o país real e repete à exaustão cenários virtuais e fantasias.Faz uso prestidigitador das palavras e das circunstâncias de forma a esconder, tanto os verdadeiros problemas e dificuldades do país, como a sua impotência para os resolver.Elogia medidas que na realidade têm eficácia limitada ou fomentam e certificam saberes e competências aparentes ou mesmo inexistentes (veja-se o caso das novas oportunidades).Apregoa uma energia e uma confiança que o seu actual olhar frívolo desmente.No essencial, tratou-se de uma comunicação, embora aqui e ali bem-intencionada, mas cujo sentido geral pareceu alienígena, porque o país de Sócrates não coincide com o país dos seus compatriotas.É politicamente sério um discurso que não assume uma única nesga de responsabilidade na situação em que se encontra a educação, a justiça e a economia?É politicamente sério um discurso que projecta o ano de 2010 e omite a referência e o alerta face às enormes dificuldades que o país e os portugueses vão enfrentar?Sempre que se exagera injustificadamente a esperança, patrocina-se o logro.


Descontado o semblante em tons de agastamento crispado que marca o novo visual de Sócrates desde a perda da maioria absoluta, o primeiro-ministro mostrou, na sua mensagem de Natal, que continua igual a si próprio.Nenhuma assunção de responsabilidade política pela grave situação que o país atravessa.Continua avesso a qualquer exercício de humildade pessoal e política.Ignora o país real e repete à exaustão cenários virtuais e fantasias.Faz uso prestidigitador das palavras e das circunstâncias de forma a esconder, tanto os verdadeiros problemas e dificuldades do país, como a sua impotência para os resolver.Elogia medidas que na realidade têm eficácia limitada ou fomentam e certificam saberes e competências aparentes ou mesmo inexistentes (veja-se o caso das novas oportunidades).Apregoa uma energia e uma confiança que o seu actual olhar frívolo desmente.No essencial, tratou-se de uma comunicação, embora aqui e ali bem-intencionada, mas cujo sentido geral pareceu alienígena, porque o país de Sócrates não coincide com o país dos seus compatriotas.É politicamente sério um discurso que não assume uma única nesga de responsabilidade na situação em que se encontra a educação, a justiça e a economia?É politicamente sério um discurso que projecta o ano de 2010 e omite a referência e o alerta face às enormes dificuldades que o país e os portugueses vão enfrentar?Sempre que se exagera injustificadamente a esperança, patrocina-se o logro.

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