Televisão Digital Terrestre pode arrancar de forma gratuita

09-04-2011
marcar artigo

http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/televisao_digital_terrestre_pode_arrancar_de_881596.html

Um estudo realizado pela AT Kearney , a pedido da Anacom , revela que a percentagem de utilizadores de televisão analógica que irão migrar para o formato Televisão Digital Terrestre de forma espontânea será bastante reduzido. Apresentado num jantar-debate sobre TDT, inserido num ciclo de encontros sobre o tema, o documento aponta para que menos de meio milhão de lares (cerca de 474 mil) migrem de forma voluntária para a TDT antes da data prevista para o fim das emissões analógicas na Europa, escreve o Público Segundo o jornal, os resultados não surpreendem os principais interessados na plataforma de TDT: o grupo SGC de Pereira Coutinho, que ganhou a única licença atribuída para operar a plataforma digital, entretanto devolvida ao Governo por falta de condições para lançar o serviço e desadequação do modelo económico escolhido e a Media Capital, que também concorreu à licença.Em reacção às conclusões do estudo, Pedro Morais Leitão, administrador do grupo, defendeu o modelo gratuito considerando que essa seria uma forma de incentivar a adesão dos consumidores que só deveriam pagar as(descodificadores). Para o representante da Media Capital, só numa fase posterior o serviço deveria passar a ser cobrado e complementado com outros serviços de telecomunicações, quando já estivesse num estádio mais maduro.Por seu lado, a SGC defende um modelo misto em que os serviços complementares que podem ser fornecidos com a televisão digital - como a telefonia fixa e a Internet - funcionassem como formas de subsidiar o serviço de televisão, resultando num misto entre gratuito e pago.O estudo da consultora aponta para que 75 por cento dos lares com televisão, que rondam os cinco milhões, sejam já clientes de serviços pagos de televisão, como o cabo ou o satélite, enquanto apenas 25 por cento do total de utilizadores são clientes exclusivos do serviço gratuito de televisão.Face a este cenário, a AT Kearney estima que apenas 13,5 por cento dos lares com televisão migrem de forma voluntária para o serviço, até 2007, altura em que será posto termo ao serviço analógico na Europa. Os argumentos que diferenciam os actuais serviços de televisão e a TDT parecem não contribuir significativamente para a opinião dos portugueses e apenas 27 por cento da população é sensível ao facto da TDT oferecer uma melhor qualidade de imagem. Uma percentagem ainda menor, 10 por cento, valorizariam a oferta dos cinco novos canais, que se irão juntar aos actuais quatro.A indiferença às características da oferta farão com que pelo menos metade dos utilizadores de televisão não adiram à TDT antes de serem obrigados a fazê-lo, independentemente das políticas comerciais adoptadas pelos, considera o cenário mais optimista.A AT Kearney vai mais longe e indica que mesmo "com a oferta gratuita de mais cinco canais temáticos, além dos já existentes e com oferta da, apenas cerca de 15 por cento das actuais residências com TV aberta analógica seriam capturadas de forma espontânea", escreve o Público citando o estudo.As conclusões obtidas aconselham a opção por um modelo misto entre serviços gratuitos e pagos, onde se incluam outros serviços de telecomunicações, como única forma de fazer aumentar os índices de adesão espontânea até um máximo de 50 por cento do total de utilizadores.Até Maio, a Anacom deverá apresentar um novo modelo de operação para o serviço de TDT que resultará na atribuição de uma nova licença para operar a tecnologia. À margem do encontro, Pereira Coutinho terá sublinhado a importância de resolver as questões relacionadas com a normalização das caixas descodificadoras a nível europeu, antes que o processo de atribuição de novas licenças seja retomado, evitando investimentos em tecnologias não estabilizadas.

http://tek.sapo.pt/noticias/telecomunicacoes/televisao_digital_terrestre_pode_arrancar_de_881596.html

Um estudo realizado pela AT Kearney , a pedido da Anacom , revela que a percentagem de utilizadores de televisão analógica que irão migrar para o formato Televisão Digital Terrestre de forma espontânea será bastante reduzido. Apresentado num jantar-debate sobre TDT, inserido num ciclo de encontros sobre o tema, o documento aponta para que menos de meio milhão de lares (cerca de 474 mil) migrem de forma voluntária para a TDT antes da data prevista para o fim das emissões analógicas na Europa, escreve o Público Segundo o jornal, os resultados não surpreendem os principais interessados na plataforma de TDT: o grupo SGC de Pereira Coutinho, que ganhou a única licença atribuída para operar a plataforma digital, entretanto devolvida ao Governo por falta de condições para lançar o serviço e desadequação do modelo económico escolhido e a Media Capital, que também concorreu à licença.Em reacção às conclusões do estudo, Pedro Morais Leitão, administrador do grupo, defendeu o modelo gratuito considerando que essa seria uma forma de incentivar a adesão dos consumidores que só deveriam pagar as(descodificadores). Para o representante da Media Capital, só numa fase posterior o serviço deveria passar a ser cobrado e complementado com outros serviços de telecomunicações, quando já estivesse num estádio mais maduro.Por seu lado, a SGC defende um modelo misto em que os serviços complementares que podem ser fornecidos com a televisão digital - como a telefonia fixa e a Internet - funcionassem como formas de subsidiar o serviço de televisão, resultando num misto entre gratuito e pago.O estudo da consultora aponta para que 75 por cento dos lares com televisão, que rondam os cinco milhões, sejam já clientes de serviços pagos de televisão, como o cabo ou o satélite, enquanto apenas 25 por cento do total de utilizadores são clientes exclusivos do serviço gratuito de televisão.Face a este cenário, a AT Kearney estima que apenas 13,5 por cento dos lares com televisão migrem de forma voluntária para o serviço, até 2007, altura em que será posto termo ao serviço analógico na Europa. Os argumentos que diferenciam os actuais serviços de televisão e a TDT parecem não contribuir significativamente para a opinião dos portugueses e apenas 27 por cento da população é sensível ao facto da TDT oferecer uma melhor qualidade de imagem. Uma percentagem ainda menor, 10 por cento, valorizariam a oferta dos cinco novos canais, que se irão juntar aos actuais quatro.A indiferença às características da oferta farão com que pelo menos metade dos utilizadores de televisão não adiram à TDT antes de serem obrigados a fazê-lo, independentemente das políticas comerciais adoptadas pelos, considera o cenário mais optimista.A AT Kearney vai mais longe e indica que mesmo "com a oferta gratuita de mais cinco canais temáticos, além dos já existentes e com oferta da, apenas cerca de 15 por cento das actuais residências com TV aberta analógica seriam capturadas de forma espontânea", escreve o Público citando o estudo.As conclusões obtidas aconselham a opção por um modelo misto entre serviços gratuitos e pagos, onde se incluam outros serviços de telecomunicações, como única forma de fazer aumentar os índices de adesão espontânea até um máximo de 50 por cento do total de utilizadores.Até Maio, a Anacom deverá apresentar um novo modelo de operação para o serviço de TDT que resultará na atribuição de uma nova licença para operar a tecnologia. À margem do encontro, Pereira Coutinho terá sublinhado a importância de resolver as questões relacionadas com a normalização das caixas descodificadoras a nível europeu, antes que o processo de atribuição de novas licenças seja retomado, evitando investimentos em tecnologias não estabilizadas.

marcar artigo