PS acusa oposição de "golpe de secretaria" contra obras públicas

12-05-2010
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"Os partidos da direita, o CDS e o PSD, que não conseguiram ganhar com as regras da democracia, isto é, nas eleições, querem agora dar este grande golpe na secretaria, tentando claramente violar o princípio da separação de poderes", disse a deputada socialista Ana Paula Vitorino, numa intervenção que provocou depois um debate intenso na Assembleia da República sobre obras públicas em Portugal.

Logo na primeira resposta, o deputado do PSD Jorge Costa lamentou que a ex-secretária de Estado socialista "chame golpe de secretaria" a iniciativas legislativas, o que configura "um desrespeito pelo Parlamento".

O presidente do Grupo Parlamentar do CDS, Pedro Mota Soares, concordou com o deputado do PSD, mas foi mais longe, contrapondo que o Governo, com o seu programa de obras públicas, na actual conjuntura financeira do país, "está a dar um golpe de tesouraria".

Ana Paula Vitorino abriu o debate com um discurso de ataque aos opositores das obras públicas, considerando que "Portugal foi palco nos últimos dias de um dos maiores ataques ao investimento público de que há memória".

"É a mesma visão pequenina de uma direita de vistas curtas que no século XIX se opôs à ferrovia, invocando o perigo da invasão espanhola ou francesa, e que no século XX falava num Portugal orgulhosamente só", afirmou a ex-secretária de Estado dos Transportes.

Segundo Ana Paula Vitorino, as concessões rodoviárias envolvem mais de 1500 empresas e perfazem um total de dez mil empregos em 2010; o novo aeroporto de Lisboa poderá criar 66 mil empregos e o comboio de alta velocidade (TGV) mais de cem mil.

"Então porque é que se insiste na tese de que estamos perante um investimento de capital intensivo sem impacto significativo no emprego? Será que 100 mil é pouco? Será que há investimentos alternativos prontos a arrancar que criam mais empregos?", questionou Ana Paula Vitorino.

Em conclusão, a deputada do PS defendeu que o TGV aponta para uma incorporação nacional entre 80 e 85 por cento, beneficiando especialmente as pequenas e médias empresas.

O deputado do PCP Bruno Dias defendeu a realização de investimento público, mas demarcou-se do modelo de negócios seguido pelo executivo, que considerou lesivo das estruturas produtivas nacionais.

José Guilherme Gusmão, pelo Bloco de Esquerda, criticou o discurso do PSD e do CDS contra a o investimento público, mas advertiu o executivo para a importância da reabilitação urbana.

Em total oposição à intervenção da deputada socialista, esteve o social-democrata Jorge Costa, dizendo que "não vale a pena atirar areia para os olhos" ao confundir-se estes grandes investimentos com os investimentos de proximidade.

"Estes grandes investimentos têm o efeito de impedir que o crédito chegue às empresas portuguesas", considerou Jorge Costa.

Pedro Mota Soares confrontou Ana Paula Vitorino com a actual situação de endividamento do país e com as dúvidas sobre o modelo de construção do novo aeroporto.

Neste contexto, o líder parlamentar do CDS disse temer que o novo aeroporto acabe por ser construído apenas com "dinheiro do erário público".

"Os partidos da direita, o CDS e o PSD, que não conseguiram ganhar com as regras da democracia, isto é, nas eleições, querem agora dar este grande golpe na secretaria, tentando claramente violar o princípio da separação de poderes", disse a deputada socialista Ana Paula Vitorino, numa intervenção que provocou depois um debate intenso na Assembleia da República sobre obras públicas em Portugal.

Logo na primeira resposta, o deputado do PSD Jorge Costa lamentou que a ex-secretária de Estado socialista "chame golpe de secretaria" a iniciativas legislativas, o que configura "um desrespeito pelo Parlamento".

O presidente do Grupo Parlamentar do CDS, Pedro Mota Soares, concordou com o deputado do PSD, mas foi mais longe, contrapondo que o Governo, com o seu programa de obras públicas, na actual conjuntura financeira do país, "está a dar um golpe de tesouraria".

Ana Paula Vitorino abriu o debate com um discurso de ataque aos opositores das obras públicas, considerando que "Portugal foi palco nos últimos dias de um dos maiores ataques ao investimento público de que há memória".

"É a mesma visão pequenina de uma direita de vistas curtas que no século XIX se opôs à ferrovia, invocando o perigo da invasão espanhola ou francesa, e que no século XX falava num Portugal orgulhosamente só", afirmou a ex-secretária de Estado dos Transportes.

Segundo Ana Paula Vitorino, as concessões rodoviárias envolvem mais de 1500 empresas e perfazem um total de dez mil empregos em 2010; o novo aeroporto de Lisboa poderá criar 66 mil empregos e o comboio de alta velocidade (TGV) mais de cem mil.

"Então porque é que se insiste na tese de que estamos perante um investimento de capital intensivo sem impacto significativo no emprego? Será que 100 mil é pouco? Será que há investimentos alternativos prontos a arrancar que criam mais empregos?", questionou Ana Paula Vitorino.

Em conclusão, a deputada do PS defendeu que o TGV aponta para uma incorporação nacional entre 80 e 85 por cento, beneficiando especialmente as pequenas e médias empresas.

O deputado do PCP Bruno Dias defendeu a realização de investimento público, mas demarcou-se do modelo de negócios seguido pelo executivo, que considerou lesivo das estruturas produtivas nacionais.

José Guilherme Gusmão, pelo Bloco de Esquerda, criticou o discurso do PSD e do CDS contra a o investimento público, mas advertiu o executivo para a importância da reabilitação urbana.

Em total oposição à intervenção da deputada socialista, esteve o social-democrata Jorge Costa, dizendo que "não vale a pena atirar areia para os olhos" ao confundir-se estes grandes investimentos com os investimentos de proximidade.

"Estes grandes investimentos têm o efeito de impedir que o crédito chegue às empresas portuguesas", considerou Jorge Costa.

Pedro Mota Soares confrontou Ana Paula Vitorino com a actual situação de endividamento do país e com as dúvidas sobre o modelo de construção do novo aeroporto.

Neste contexto, o líder parlamentar do CDS disse temer que o novo aeroporto acabe por ser construído apenas com "dinheiro do erário público".

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