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01-02-2010
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Futebol «Sexy»

Foi um Sporting autoritário aquele que se deslocou ontem ao Estádio De Kuip para vencer um acanhado Feyenoord que não fez jus à fama de melhor ataque europeu. A equipa do Sporting foi capaz de controlar tranquilamente o tão aguardado arrebatamento ofensivo da formação do Feyenoord e nem precisou de torcer muito o seu jogo para oferecer um "banho de bola" a Ruud Gullit e aos seus violentos adeptos. Os críticos do senhor Peseiro, como eu, devem ter a humildade para reconhecer que o técnico português engendrou a melhor estratégia para derrotar o Feyonoord. Sem opções duvidosas, esteve muito bem ao recuar Fábio Rochemback tendo em atenção para que este não perdesse a criatividade que lhe é conhecida, e foi corajoso ao oferecer a titularidade ao "puto" Moutinho em detrimento de Hugo Viana. Este jovem da "fornada" de Alcochete esteve sublime ao emprestar uma raça que é por certo ímpar nos campos de futebol. Pena que este Sporting não seja capaz – por razões ocultamente desconhecidas – de manter a regularidade exibicional necessária para diferenciar os "grandes" dos "pequenos", porque quando isso vier a acontecer, então sim, teremos uma autêntica máquina de jogar futebol, não só para consumo interno, mas que ameaçará a conquista de todas as competições onde está inserido. Aliado à juventude de João Moutinho, Peseiro colocou o "capitão" Barbosa que foi incansável nas movimentações defensivas e no apoio ao ataque. Os pupilos de Ruud Gullit nunca conseguiram pensar o seu jogo tal era a dimensão maior a que Sporting se elevou em plena "Banheira" de Roterdão. Era então chegada a altura dos "Hooligans" holandeses começarem a incendiar o jogo colocando seriamente em causa a integridade física de Ricardo após o lançamento de um petardo. A hostilidade da claque holandesa foi simplesmente repugnante durante todo o encontro. Na primeira parte o domínio do Sporting foi inconstante durante alguns minutos com os holandeses a usufruírem de duas boas oportunidades de golo por intermédio do ponta-de-lança Kuyt. O tempo escasseava, a ansiedade e o nervosismo dos holandeses aumentava, e o Sporting controlava o desafio a seu belo prazer. A segunda parte chegou acompanhada pelo perigo constante que o Sporting representava para a baliza do Feyenoord: Liedson - que foi vítima de uma marcação impiedosa na primeira parte - ao minuto 55' quase marca o primeiro após um livre de Rui Jorge; aos 57', o mesmo Liedson pressionou o guardião Lodewijks e, não fosse o mau passe de Sá Pinto, e o golo poderia ter surgido. Não foi aos 57' mas foi aos 62' que, em posição regular, Liedson recebe uma bola de Carlos Martins e é mais rápido que toda a gente para posteriormente executar um chapéu perfeito ao guarda-redes holandês. Não estando contentes com o petardo que enviaram a Ricardo, os adeptos holandeses - em todo o esplendor do seu mau perder - optaram desta vez por arremessar todo e qualquer objecto que fosse pequeno e causasse graves danos (isqueiros, pilhas...) aos jogadores do Sporting que se encontravam então a festejar o golo do "levezinho. Uma situação lamentável que deve obrigatoriamente passar pela alçada da UEFA. O árbitro do encontro, o senhor Meyer, optou por mandar toda a gente para os balneários por entender que não estavam mais reunidas as condições essenciais para a organização de uma partida de futebol. Volvidos quinze minutos, o jogo foi reatado e autoridade do Sporting foi então imperial até ao apito final do árbitro. Houve ainda tempo para o regresso aos golos de Rochemback através de um livre superiormente apontado e para o golo de honra dos holandeses, ao cair do pano, por intermédio de Hofs. O Sporting carrega as baterias para os oitavos-de-final da prova onde vai defrontar o sexto classificado da Premier League, os ingleses do Middlesbrough.

Bruno Nogueira – A Gíria do Futebol

Posted by sicdiaseguinte at fevereiro 25, 2005 07:33 PM

Futebol «Sexy»

Foi um Sporting autoritário aquele que se deslocou ontem ao Estádio De Kuip para vencer um acanhado Feyenoord que não fez jus à fama de melhor ataque europeu. A equipa do Sporting foi capaz de controlar tranquilamente o tão aguardado arrebatamento ofensivo da formação do Feyenoord e nem precisou de torcer muito o seu jogo para oferecer um "banho de bola" a Ruud Gullit e aos seus violentos adeptos. Os críticos do senhor Peseiro, como eu, devem ter a humildade para reconhecer que o técnico português engendrou a melhor estratégia para derrotar o Feyonoord. Sem opções duvidosas, esteve muito bem ao recuar Fábio Rochemback tendo em atenção para que este não perdesse a criatividade que lhe é conhecida, e foi corajoso ao oferecer a titularidade ao "puto" Moutinho em detrimento de Hugo Viana. Este jovem da "fornada" de Alcochete esteve sublime ao emprestar uma raça que é por certo ímpar nos campos de futebol. Pena que este Sporting não seja capaz – por razões ocultamente desconhecidas – de manter a regularidade exibicional necessária para diferenciar os "grandes" dos "pequenos", porque quando isso vier a acontecer, então sim, teremos uma autêntica máquina de jogar futebol, não só para consumo interno, mas que ameaçará a conquista de todas as competições onde está inserido. Aliado à juventude de João Moutinho, Peseiro colocou o "capitão" Barbosa que foi incansável nas movimentações defensivas e no apoio ao ataque. Os pupilos de Ruud Gullit nunca conseguiram pensar o seu jogo tal era a dimensão maior a que Sporting se elevou em plena "Banheira" de Roterdão. Era então chegada a altura dos "Hooligans" holandeses começarem a incendiar o jogo colocando seriamente em causa a integridade física de Ricardo após o lançamento de um petardo. A hostilidade da claque holandesa foi simplesmente repugnante durante todo o encontro. Na primeira parte o domínio do Sporting foi inconstante durante alguns minutos com os holandeses a usufruírem de duas boas oportunidades de golo por intermédio do ponta-de-lança Kuyt. O tempo escasseava, a ansiedade e o nervosismo dos holandeses aumentava, e o Sporting controlava o desafio a seu belo prazer. A segunda parte chegou acompanhada pelo perigo constante que o Sporting representava para a baliza do Feyenoord: Liedson - que foi vítima de uma marcação impiedosa na primeira parte - ao minuto 55' quase marca o primeiro após um livre de Rui Jorge; aos 57', o mesmo Liedson pressionou o guardião Lodewijks e, não fosse o mau passe de Sá Pinto, e o golo poderia ter surgido. Não foi aos 57' mas foi aos 62' que, em posição regular, Liedson recebe uma bola de Carlos Martins e é mais rápido que toda a gente para posteriormente executar um chapéu perfeito ao guarda-redes holandês. Não estando contentes com o petardo que enviaram a Ricardo, os adeptos holandeses - em todo o esplendor do seu mau perder - optaram desta vez por arremessar todo e qualquer objecto que fosse pequeno e causasse graves danos (isqueiros, pilhas...) aos jogadores do Sporting que se encontravam então a festejar o golo do "levezinho. Uma situação lamentável que deve obrigatoriamente passar pela alçada da UEFA. O árbitro do encontro, o senhor Meyer, optou por mandar toda a gente para os balneários por entender que não estavam mais reunidas as condições essenciais para a organização de uma partida de futebol. Volvidos quinze minutos, o jogo foi reatado e autoridade do Sporting foi então imperial até ao apito final do árbitro. Houve ainda tempo para o regresso aos golos de Rochemback através de um livre superiormente apontado e para o golo de honra dos holandeses, ao cair do pano, por intermédio de Hofs. O Sporting carrega as baterias para os oitavos-de-final da prova onde vai defrontar o sexto classificado da Premier League, os ingleses do Middlesbrough.

Bruno Nogueira – A Gíria do Futebol

Posted by sicdiaseguinte at fevereiro 25, 2005 07:33 PM

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