Uma Nova Miranda: Metro Mondego

28-05-2010
marcar artigo

«O presidente da sociedade Metro Mondego manifestou-se ontem convicto que, nas próximas semanas, haverá decisões do Governo de modo a por a funcionar o metro em 2012. O responsável, Álvaro Maia Seco, que falava no final de um encontro com deputados do PCP, revelou à Lusa que espera que a secretária de Estado do Transportes, Ana Paula Vitorino, aprove em breve um conjunto de propostas apresentadas pela sociedade para execução dos projectos calendarizados. Este ano, e no próximo, deverão ficar concluídos os processos para a libertação do “canal” através da zona histórica na Baixa da cidade, com as aquisições ou expropriações de edifícios, seguindo-se as intervenções de requalificação necessárias em conjugação com as actividades camarárias e da Sociedade de Reabilitação Urbana, uma entidade criada entre o Estado e a autarquia. De acordo com o responsável, esse processo deverá ficar concluído quando for lançado o concurso público internacional do “canal de metropolitano até aos Hospitais da Universidade de Coimbra”, no próximo ano, para estar a funcionar em 2012. Álvaro Maia Seco adiantou que, até ao final deste ano, deverão ficar concluídos as interfaces da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, para a execução do projecto nesse ramal ferroviário. A intervenção no ramal ferroviário Coimbra-Lousã, a iniciar em 2008 e que obrigará a uma interrupção da circulação durante dois anos, deverá ficar concluída em 2010, com a entrada em funcionamento do serviço de metropolitano ligeiro de superfície. Em 2012, espera-se que esteja em funcionamento o troço entre Coimbra e Lousã, a aproveitar o ramal ferroviário, e o troço urbano até aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), um projecto que custará mais de 300 milhões de euros, o maior empreendimento público lançado nesta zona, segundo Álvaro Maia Seco.O presidente da Metro Mondego adiantou que, no próximo ano, será delineado com os Serviços de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) um sistema integrado de mobilidade na cidade. Embora o projecto ainda esteja a mais de quatro anos de se tornar realidade, a sociedade já está a estudar eventuais possibilidades para a expansão da rede de metropolitano do Mondego.Ontem, o deputado do PCP Bruno Dias reuniu-se com os presidentes da Metro Mondego e da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD), para melhor se inteirar do projecto, e no final manifestou-se contra a possibilidade de a rede do metropolitano implicar o fim do ramal ferroviário da Lousã.“Comboio é comboio. Metropolitano é metropolitano”, declarou o deputado, observando que não está a ver “um alfa pendular a passar pelo centro de Coimbra nem um metropolitano a subir para Serpins”, uma pequena localidade no concelho da Lousã. Na sua opinião, o metropolitano ligeiro de superfície tem um “carácter estruturante na zona de malha urbana”, enquanto o comboio é um factor de desenvolvimento, pela possibilidade de transporte de mercadorias e interligação à rede ferroviária nacional. Nesse sentido, defendeu a construção de um túnel entre a estação de Coimbra-Parque (Ramal da Lousã) e Coimbra-B (Linha do Norte), que elimine os constrangimentos no atravessamento da Baixa da cidade, um projecto posto de lado pelos elevados custos.Bruno Dias adiantou que o seu grupo parlamentar irá interpelar na Assembleia da República o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, sobre esta opção. A interpelação, no âmbito da discussão sobre o Orçamento de Estado para 2008, incidirá ainda sobre a ausência de verbas no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para a rede ferroviária e a indefinição quando ao custo do serviço de metropolitano para as populações da zona de Coimbra, tendo em atenção a realidade verificada com o Metro do Porto nas ligações em que este transporte substituiu o comboio.» In As BeirasEtiquetas: Transportes

«O presidente da sociedade Metro Mondego manifestou-se ontem convicto que, nas próximas semanas, haverá decisões do Governo de modo a por a funcionar o metro em 2012. O responsável, Álvaro Maia Seco, que falava no final de um encontro com deputados do PCP, revelou à Lusa que espera que a secretária de Estado do Transportes, Ana Paula Vitorino, aprove em breve um conjunto de propostas apresentadas pela sociedade para execução dos projectos calendarizados. Este ano, e no próximo, deverão ficar concluídos os processos para a libertação do “canal” através da zona histórica na Baixa da cidade, com as aquisições ou expropriações de edifícios, seguindo-se as intervenções de requalificação necessárias em conjugação com as actividades camarárias e da Sociedade de Reabilitação Urbana, uma entidade criada entre o Estado e a autarquia. De acordo com o responsável, esse processo deverá ficar concluído quando for lançado o concurso público internacional do “canal de metropolitano até aos Hospitais da Universidade de Coimbra”, no próximo ano, para estar a funcionar em 2012. Álvaro Maia Seco adiantou que, até ao final deste ano, deverão ficar concluídos as interfaces da Lousã, Miranda do Corvo e Coimbra, para a execução do projecto nesse ramal ferroviário. A intervenção no ramal ferroviário Coimbra-Lousã, a iniciar em 2008 e que obrigará a uma interrupção da circulação durante dois anos, deverá ficar concluída em 2010, com a entrada em funcionamento do serviço de metropolitano ligeiro de superfície. Em 2012, espera-se que esteja em funcionamento o troço entre Coimbra e Lousã, a aproveitar o ramal ferroviário, e o troço urbano até aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), um projecto que custará mais de 300 milhões de euros, o maior empreendimento público lançado nesta zona, segundo Álvaro Maia Seco.O presidente da Metro Mondego adiantou que, no próximo ano, será delineado com os Serviços de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) um sistema integrado de mobilidade na cidade. Embora o projecto ainda esteja a mais de quatro anos de se tornar realidade, a sociedade já está a estudar eventuais possibilidades para a expansão da rede de metropolitano do Mondego.Ontem, o deputado do PCP Bruno Dias reuniu-se com os presidentes da Metro Mondego e da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD), para melhor se inteirar do projecto, e no final manifestou-se contra a possibilidade de a rede do metropolitano implicar o fim do ramal ferroviário da Lousã.“Comboio é comboio. Metropolitano é metropolitano”, declarou o deputado, observando que não está a ver “um alfa pendular a passar pelo centro de Coimbra nem um metropolitano a subir para Serpins”, uma pequena localidade no concelho da Lousã. Na sua opinião, o metropolitano ligeiro de superfície tem um “carácter estruturante na zona de malha urbana”, enquanto o comboio é um factor de desenvolvimento, pela possibilidade de transporte de mercadorias e interligação à rede ferroviária nacional. Nesse sentido, defendeu a construção de um túnel entre a estação de Coimbra-Parque (Ramal da Lousã) e Coimbra-B (Linha do Norte), que elimine os constrangimentos no atravessamento da Baixa da cidade, um projecto posto de lado pelos elevados custos.Bruno Dias adiantou que o seu grupo parlamentar irá interpelar na Assembleia da República o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, sobre esta opção. A interpelação, no âmbito da discussão sobre o Orçamento de Estado para 2008, incidirá ainda sobre a ausência de verbas no PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) para a rede ferroviária e a indefinição quando ao custo do serviço de metropolitano para as populações da zona de Coimbra, tendo em atenção a realidade verificada com o Metro do Porto nas ligações em que este transporte substituiu o comboio.» In As BeirasEtiquetas: Transportes

marcar artigo