O Quatro: A propósito da queda do muro e 20 anos depois

22-12-2009
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O abastecimento público de água voltou à agenda de debate político.Para garantir a resposta às necessidades de modernização das infra-estruturas de água a Câmara Municipal de Évora estuda a possibilidade de se associar a outras sete Câmaras Municipais e, através de um concurso público, vir a concessionar a distribuição da água em baixa, para acautelar a universalidade no abastecimento da água, a sua qualidade, a sustentabilidade do sistema e a protecção dos valores ambientais na exploração e consumo deste bem essencial.Os resultados desta parceria pública permitirão em economia de escala garantir o fornecimento de água com qualidade e proteger os cidadãos enquanto consumidores, por via do controlo dos preços.A reacção dos comunistas, na voz de um dos seus vereadores, foi a de demagogicamente agitar o fantasma da privatização da água, um recurso que, vindo de quem vem, já não é nem ideológico nem sério.A governação comunista da Câmara de Évora nunca garantiu o fornecimento regular da água à população do Concelho e esta chegou a ser racionada, sobretudo até finais da década de 70, quando se inaugurou o “complexo de abastecimento de água à cidade”. Nessa altura e porque o consumo de água estava a aumentar, o PCP já sabia da necessidade de construir uma nova conduta adutora da Barragem do Monte Novo a Évora. Não o fez e por isso viu-se forçado a servir à população água imprópria para consumo vinda da Barragem do Divor.Depois de ganharem a Câmara Municipal e perante uma situação de falta de meios financeiros, os socialistas, entre outras vantagens, recolheram da parceria com as Águas do Centro Alentejo o financiamento da obra.Assim acabou por ser construída uma nova conduta de cerca de 25 km para reforçar e qualificar o abastecimento de água à cidade e freguesias. A mesma parceria permitiu a recuperação de 14 etar’s nas freguesias rurais, uma nova na Vendinha e a requalificação da Etar de Évora. Hoje o fornecimento de água aos eborenses é regular e de qualidade.Os aumentos do custo da água não se deram agora, conforme querem fazer crer os comunistas. O PCP fê-lo em 1981 para resolver problemas de défice entre os custos e os proveitos de exploração. Nesse ano o 1º escalão sofreu aumentos de 100% e o 2.º escalão de 233%.Com estes aumentos inverteu-se um ciclo de prejuízos dos Serviços de “Água e Saneamento”, que decorria desde 1972. A água, apesar de pouca e de má qualidade, passou a dar lucros à gestão comunista, que obteve margens de exploração superiores a 4 milhões de euros no seu último mandato. A sua gestão, socialmente insensível, fez com que entre 1981 e 2001 os consumidores do primeiro escalão, de menores recursos, pagassem mais 6,1% pela água enquanto que os maiores consumidores apenas pagaram mais 4,5%. Se ao longo deste período tivesse havido tratamento igual entre os que consomem mais e os que consomem menos, a grande maioria de eborenses, com menores recursos, teria pago menos 24% do que pagou pela água que consumiu.Hoje e na oposição a sua atitude nem sequer é coerente com o que defendeu e praticou durante quase três décadas à frente da Câmara Municipal de Évora e já não tem nada de ideológica ou sequer de realista. Não os ouço a defender por exemplo que deva ser definido um valor mínimo de consumo, que supra as necessidades básicas de cada pessoa. Até esse valor mínimo a água podia ser gratuita. Isso sim seria um debate ideológico.As opções actuais têm protegido os mais desfavorecidos por via dos benefícios e descontos já atribuídos às famílias mais numerosas e ou carenciadas em Évora e limitam o consumo socialmente irresponsável da água. Eis o verdadeiro estado Social, sustentável e responsável. A atitude de estar gratuitamente contra tudo não só é incoerente como irresponsável. E demonstra que os comunistas não só não têm solução para o problema da água (porque nunca tiveram) como nem sequer estão interessados em procurar uma. Nota: texto publicado em crónica na Rádio Diana.


O abastecimento público de água voltou à agenda de debate político.Para garantir a resposta às necessidades de modernização das infra-estruturas de água a Câmara Municipal de Évora estuda a possibilidade de se associar a outras sete Câmaras Municipais e, através de um concurso público, vir a concessionar a distribuição da água em baixa, para acautelar a universalidade no abastecimento da água, a sua qualidade, a sustentabilidade do sistema e a protecção dos valores ambientais na exploração e consumo deste bem essencial.Os resultados desta parceria pública permitirão em economia de escala garantir o fornecimento de água com qualidade e proteger os cidadãos enquanto consumidores, por via do controlo dos preços.A reacção dos comunistas, na voz de um dos seus vereadores, foi a de demagogicamente agitar o fantasma da privatização da água, um recurso que, vindo de quem vem, já não é nem ideológico nem sério.A governação comunista da Câmara de Évora nunca garantiu o fornecimento regular da água à população do Concelho e esta chegou a ser racionada, sobretudo até finais da década de 70, quando se inaugurou o “complexo de abastecimento de água à cidade”. Nessa altura e porque o consumo de água estava a aumentar, o PCP já sabia da necessidade de construir uma nova conduta adutora da Barragem do Monte Novo a Évora. Não o fez e por isso viu-se forçado a servir à população água imprópria para consumo vinda da Barragem do Divor.Depois de ganharem a Câmara Municipal e perante uma situação de falta de meios financeiros, os socialistas, entre outras vantagens, recolheram da parceria com as Águas do Centro Alentejo o financiamento da obra.Assim acabou por ser construída uma nova conduta de cerca de 25 km para reforçar e qualificar o abastecimento de água à cidade e freguesias. A mesma parceria permitiu a recuperação de 14 etar’s nas freguesias rurais, uma nova na Vendinha e a requalificação da Etar de Évora. Hoje o fornecimento de água aos eborenses é regular e de qualidade.Os aumentos do custo da água não se deram agora, conforme querem fazer crer os comunistas. O PCP fê-lo em 1981 para resolver problemas de défice entre os custos e os proveitos de exploração. Nesse ano o 1º escalão sofreu aumentos de 100% e o 2.º escalão de 233%.Com estes aumentos inverteu-se um ciclo de prejuízos dos Serviços de “Água e Saneamento”, que decorria desde 1972. A água, apesar de pouca e de má qualidade, passou a dar lucros à gestão comunista, que obteve margens de exploração superiores a 4 milhões de euros no seu último mandato. A sua gestão, socialmente insensível, fez com que entre 1981 e 2001 os consumidores do primeiro escalão, de menores recursos, pagassem mais 6,1% pela água enquanto que os maiores consumidores apenas pagaram mais 4,5%. Se ao longo deste período tivesse havido tratamento igual entre os que consomem mais e os que consomem menos, a grande maioria de eborenses, com menores recursos, teria pago menos 24% do que pagou pela água que consumiu.Hoje e na oposição a sua atitude nem sequer é coerente com o que defendeu e praticou durante quase três décadas à frente da Câmara Municipal de Évora e já não tem nada de ideológica ou sequer de realista. Não os ouço a defender por exemplo que deva ser definido um valor mínimo de consumo, que supra as necessidades básicas de cada pessoa. Até esse valor mínimo a água podia ser gratuita. Isso sim seria um debate ideológico.As opções actuais têm protegido os mais desfavorecidos por via dos benefícios e descontos já atribuídos às famílias mais numerosas e ou carenciadas em Évora e limitam o consumo socialmente irresponsável da água. Eis o verdadeiro estado Social, sustentável e responsável. A atitude de estar gratuitamente contra tudo não só é incoerente como irresponsável. E demonstra que os comunistas não só não têm solução para o problema da água (porque nunca tiveram) como nem sequer estão interessados em procurar uma. Nota: texto publicado em crónica na Rádio Diana.

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