O Quatro: Cui prodest (a quem beneficia)?

22-12-2009
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A expressão latina constitui uma regra de bom senso, com o intuito de compreender os objectivos ou a finalidade de uma determinada acção.A Câmara Municipal de Évora criou a empresa municipal Habévora para gerir o parque habitacional social da Cidade, grande parte dele herdado do IGAPHE.Esta empresa tem o objectivo social de, entre outros, através das receitas próprias (rendas) e orçamento da Câmara, reeinvestir na recuperação e manutenção de um parque que está, efectivamente, degradado. Beneficiam os moradores.A Câmara Municipal assinou entretanto um acordo com o Governo e com o INH para financiamento de 4 milhões de euros, com o intuito de proceder à requalificação de uma das zonas mais degradadas da cidade. A Sr.ª Presidente da Junta de Freguesia da referida zona (Malagueira) ignorou o convite para estar presente. A coerência de se estar sempre do lado dos problemas e nunca das soluções foi respeitada. Beneficiam, no caso, os moradores.A actualização das rendas sociais (de Lei) gerou contestação um pouco por todo o país. Em Évora o tema foi discutido, algumas vezes de forma acalorada. Mas a calma voltou aos mais exaltados. Fiquei com dúvidas se alguém beneficiou da exaltação, com excepção do PCP local e do populismo fácil.A Câmara tem feito um esforço consistente no realojamento de famílias carenciadas. No passado dia 29 de Junho entregou casas a mais 13 famílias. Entretanto concentraram-se no Largo da Câmara cerca de 40 pessoas para contestar o atraso nas obras nas suas casas e o valores de rendas cobrados (que ninguém contesta a sua legitimidade). A exaltação voltou a instalar-se. A Sr.ª Presidente da Junta da Malagueira estava presente entre os protestantes e, fiel à sua coerência, não foi capaz de conseguir razoabilidade às pessoas que ali estavam. O PCP disse hoje estar preocupado com a situação, perante uma sala com a presença os manifestantes. Preocupado. O José Ernesto diz não admitir o uso político populista da situação das pessoas e que o problema é da Câmara e não de partidos políticos. Tenho a convicção que todos os que pretendem fazer carreira na política deviam por cá passar. O poder autárquico é um poder de proximidade. As acções têm efeito sobre pessoas que conhecem quem as pratica. Beneficiam as populações e os políticos responsáveis. Beneficia a democracia.


A expressão latina constitui uma regra de bom senso, com o intuito de compreender os objectivos ou a finalidade de uma determinada acção.A Câmara Municipal de Évora criou a empresa municipal Habévora para gerir o parque habitacional social da Cidade, grande parte dele herdado do IGAPHE.Esta empresa tem o objectivo social de, entre outros, através das receitas próprias (rendas) e orçamento da Câmara, reeinvestir na recuperação e manutenção de um parque que está, efectivamente, degradado. Beneficiam os moradores.A Câmara Municipal assinou entretanto um acordo com o Governo e com o INH para financiamento de 4 milhões de euros, com o intuito de proceder à requalificação de uma das zonas mais degradadas da cidade. A Sr.ª Presidente da Junta de Freguesia da referida zona (Malagueira) ignorou o convite para estar presente. A coerência de se estar sempre do lado dos problemas e nunca das soluções foi respeitada. Beneficiam, no caso, os moradores.A actualização das rendas sociais (de Lei) gerou contestação um pouco por todo o país. Em Évora o tema foi discutido, algumas vezes de forma acalorada. Mas a calma voltou aos mais exaltados. Fiquei com dúvidas se alguém beneficiou da exaltação, com excepção do PCP local e do populismo fácil.A Câmara tem feito um esforço consistente no realojamento de famílias carenciadas. No passado dia 29 de Junho entregou casas a mais 13 famílias. Entretanto concentraram-se no Largo da Câmara cerca de 40 pessoas para contestar o atraso nas obras nas suas casas e o valores de rendas cobrados (que ninguém contesta a sua legitimidade). A exaltação voltou a instalar-se. A Sr.ª Presidente da Junta da Malagueira estava presente entre os protestantes e, fiel à sua coerência, não foi capaz de conseguir razoabilidade às pessoas que ali estavam. O PCP disse hoje estar preocupado com a situação, perante uma sala com a presença os manifestantes. Preocupado. O José Ernesto diz não admitir o uso político populista da situação das pessoas e que o problema é da Câmara e não de partidos políticos. Tenho a convicção que todos os que pretendem fazer carreira na política deviam por cá passar. O poder autárquico é um poder de proximidade. As acções têm efeito sobre pessoas que conhecem quem as pratica. Beneficiam as populações e os políticos responsáveis. Beneficia a democracia.

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