O Quatro: Papéis

22-12-2009
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O que permite à sociedade organizar-se e evoluir é o grau de previsibilidade das acções dos indíviduos entre si, no desempenho dos seus papéis. Repare-se na relação entre vendedor e consumidor, médico e paciente, polícia e condutor, pai e filho, político e eleitor, etc.Quanto maior for o papel desempenhado (depende da abrangência sobre quem se desempenha determinado papel) maiores são as gratificações e honras no bom desempenho, mas maiores e mais severas são as punições no caso de erro. O que nos remete para o facto da sociedade não se deixar depender apenas pela boa vontade dos actores (ela prevê também o erro e possui mecanismos para afastar quem os comete).A linguagem política do século passado preferiu o conceito de instituição ao de estrutura e o de cargo ao de papel. Contudo estrutura e papel são mais abrangentes e permitem comparar sociedades com graus de desenvolvimento diferentes, já que só às mais modernas é possível referenciar instituições e cargos.A previsibilidade existe não só nos papéis dos actores mas na definição das instituições ou estruturas e na suposição que os actores são substituíveis, sem que daí resulte prejuizo do resultado da actividade.Apesar do cunho pessoal que cada indivíduo imprime a cada cargo, este sobrevive sempre ao que o interpreta.Nenhum presidente da república ou primeiro-ministro substituiu por si a ideia de cargo que ocupou, i.é, os presidentes e primeiros-ministros passam mas o conceito da instituição mantém-se.O nosso sistema social constrói-se sobre papéis organizados em estruturas e não sobre a particularidade dos indíviduos. Isto a propósito da fragilização que sofre a sociedade quando as estruturas se personalizam. Sempre que uma instituição ou estrutura se personaliza perde a sua autoridade e ganha em troca as fragilidades do indivíduo.


O que permite à sociedade organizar-se e evoluir é o grau de previsibilidade das acções dos indíviduos entre si, no desempenho dos seus papéis. Repare-se na relação entre vendedor e consumidor, médico e paciente, polícia e condutor, pai e filho, político e eleitor, etc.Quanto maior for o papel desempenhado (depende da abrangência sobre quem se desempenha determinado papel) maiores são as gratificações e honras no bom desempenho, mas maiores e mais severas são as punições no caso de erro. O que nos remete para o facto da sociedade não se deixar depender apenas pela boa vontade dos actores (ela prevê também o erro e possui mecanismos para afastar quem os comete).A linguagem política do século passado preferiu o conceito de instituição ao de estrutura e o de cargo ao de papel. Contudo estrutura e papel são mais abrangentes e permitem comparar sociedades com graus de desenvolvimento diferentes, já que só às mais modernas é possível referenciar instituições e cargos.A previsibilidade existe não só nos papéis dos actores mas na definição das instituições ou estruturas e na suposição que os actores são substituíveis, sem que daí resulte prejuizo do resultado da actividade.Apesar do cunho pessoal que cada indivíduo imprime a cada cargo, este sobrevive sempre ao que o interpreta.Nenhum presidente da república ou primeiro-ministro substituiu por si a ideia de cargo que ocupou, i.é, os presidentes e primeiros-ministros passam mas o conceito da instituição mantém-se.O nosso sistema social constrói-se sobre papéis organizados em estruturas e não sobre a particularidade dos indíviduos. Isto a propósito da fragilização que sofre a sociedade quando as estruturas se personalizam. Sempre que uma instituição ou estrutura se personaliza perde a sua autoridade e ganha em troca as fragilidades do indivíduo.

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