Oposição acusa Governo de encerrar escolas de forma “unilateral”

13-06-2010
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Na abertura do debate parlamentar de actualidade, pedido pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV), a deputada Heloísa Apolónia classificou o encerramento das escolas como “inaceitável”. “Alguém nesta câmara iria viver para um concelho em que as crianças levam mais de uma hora no caminho, percorrem quase todo o concelho para chegar às oito horas da manhã e esperarem à porta da escola?”, questionou a deputada do PEV.

O deputado do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, sublinhou que foi uma decisão “por decreto”, sem consultar os municípios, pais e professores: “A fúria do encerramento das escolas está orientada por critérios financeiros de curto prazo, não levando em conta o ordenamento do território nem as implicações que isto pode ter nas crianças”.

O carácter “unilateral” da medida também foi sublinhado por Pedro Duarte, do PSD: “Não é aceitável que se encerre escolas sem que estejam envolvidas as comunidades locais e quando não representam a melhoria de condições para os alunos”.

Miguel Tiago, do PCP, considera que a medida é tomada “à revelia da Lei de Bases do Sistema Educativo”. “Poupa-se dinheiro, desertifica-se o interior, que não interessa, não é, senhor ministro?”, ironizou o deputado comunista.

Pelo PS, o deputado Bravo Nico argumentou que a probabilidade de insucesso escolar é maior em escolas sem bibliotecas, sem centros de recursos, sem refeitórios adequados. “Há crianças nas mesmas escolas dos pais, ainda a escrever nas ardósias dos seus pais e com as suas réguas”, referiu. Na mesma linha, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, sustentou que a medida “contribui para a qualidade pedagógica das escolas” e que apenas abrange “três ou quatro por cento dos alunos do ensino básico”.

Para a deputada do BE, Ana Drago, até o timming do anúncio tem uma “ironia”: “Foi no dia da Criança que o ministério da Educação resolve dizer a dez mil crianças que as suas escolas não têm viabilidade educativa”.

Na abertura do debate parlamentar de actualidade, pedido pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV), a deputada Heloísa Apolónia classificou o encerramento das escolas como “inaceitável”. “Alguém nesta câmara iria viver para um concelho em que as crianças levam mais de uma hora no caminho, percorrem quase todo o concelho para chegar às oito horas da manhã e esperarem à porta da escola?”, questionou a deputada do PEV.

O deputado do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, sublinhou que foi uma decisão “por decreto”, sem consultar os municípios, pais e professores: “A fúria do encerramento das escolas está orientada por critérios financeiros de curto prazo, não levando em conta o ordenamento do território nem as implicações que isto pode ter nas crianças”.

O carácter “unilateral” da medida também foi sublinhado por Pedro Duarte, do PSD: “Não é aceitável que se encerre escolas sem que estejam envolvidas as comunidades locais e quando não representam a melhoria de condições para os alunos”.

Miguel Tiago, do PCP, considera que a medida é tomada “à revelia da Lei de Bases do Sistema Educativo”. “Poupa-se dinheiro, desertifica-se o interior, que não interessa, não é, senhor ministro?”, ironizou o deputado comunista.

Pelo PS, o deputado Bravo Nico argumentou que a probabilidade de insucesso escolar é maior em escolas sem bibliotecas, sem centros de recursos, sem refeitórios adequados. “Há crianças nas mesmas escolas dos pais, ainda a escrever nas ardósias dos seus pais e com as suas réguas”, referiu. Na mesma linha, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, sustentou que a medida “contribui para a qualidade pedagógica das escolas” e que apenas abrange “três ou quatro por cento dos alunos do ensino básico”.

Para a deputada do BE, Ana Drago, até o timming do anúncio tem uma “ironia”: “Foi no dia da Criança que o ministério da Educação resolve dizer a dez mil crianças que as suas escolas não têm viabilidade educativa”.

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