Governo prepara resposta a prejuízos dos cancelamentos

22-04-2010
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A expectativa era de regresso à normalidade, ainda que com alguma turbulência, mas o dia de ontem mostrou que Portugal continua muito exposto à nuvem de cinzas libertada pelo vulcão Eyjafjallajokull. O Governo garante que está a preparar um plano de contingência para fazer face aos prejuízos e constrangimentos que afectam o país, em especial o sector do turismo. Perto de 230 voos foram cancelados e, só no Algarve, há 15 mil a 20 mil passageiros retidos.

O secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, garantiu, ontem, que está a trabalhar num "plano de contingência" para salvaguardar os turistas retidos devido ao cancelamento de voos. "Não sabemos quanto mais tempo esta situação vai durar e é por isso que estamos a trabalhar" afirmou, durante a sessão comemorativa do início de obras do complexo turístico do Parque Alqueva.

Os aeroportos portugueses continuam a lidar com o sucessivo cancelamento de voos. Ontem, até ao final da tarde, contabilizavam-se 227 suspensões. De acordo com a gestora aeroportuária ANA, o aeroporto de Lisboa foi o mais afectado (90 voos cancelados), seguindo-se o de Faro (83) e o do Porto (38). Apesar de terem sido levantadas algumas restrições, a operação das transportadoras aéreas continua a ser muito afectada.

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A TAP, por exemplo, apenas esperava ter limitações nas ligações à Alemanha e ao Norte de Itália, mas foi forçada a interromper outras rotas. "Tivemos 25 cancelamentos até agora. Ao contrário do que esperávamos, os aeroportos do Reino Unido voltaram a ser encerrados e também não estamos a conseguir chegar à Escandinávia, nem a Varsóvia (Polónia)", explicou fonte oficial, ontem, ao final do dia (ver caixa).

É no Algarve que o cancelamento de voos tem tido maiores repercussões. Estima-se que se encontrem 15 mil a 20 mil passageiros retidos na região e que cerca de 40 mil turistas esperados não tenham conseguido chegar ao destino. Cenário que levou os operadores de autocarros, cujos serviços se encontram esgotados, a pedir a cooperação da CP, à margem de uma reunião promovida pelo Turismo do Algarve.

Ainda não há uma estimativa definitiva sobre o impacto financeiro em Portugal da nuvem de cinzas libertada pelo vulcão da Islândia. Bernardo Trindade disse apenas que essa avaliação só será feita a posteriori. O secretário de Estado do Turismo acrescentou que esses cálculos devem ter em conta que "não só não vieram turistas, como houve turistas que ficaram retidos e, portanto, representam receita por essa via". R.A.C.

A expectativa era de regresso à normalidade, ainda que com alguma turbulência, mas o dia de ontem mostrou que Portugal continua muito exposto à nuvem de cinzas libertada pelo vulcão Eyjafjallajokull. O Governo garante que está a preparar um plano de contingência para fazer face aos prejuízos e constrangimentos que afectam o país, em especial o sector do turismo. Perto de 230 voos foram cancelados e, só no Algarve, há 15 mil a 20 mil passageiros retidos.

O secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, garantiu, ontem, que está a trabalhar num "plano de contingência" para salvaguardar os turistas retidos devido ao cancelamento de voos. "Não sabemos quanto mais tempo esta situação vai durar e é por isso que estamos a trabalhar" afirmou, durante a sessão comemorativa do início de obras do complexo turístico do Parque Alqueva.

Os aeroportos portugueses continuam a lidar com o sucessivo cancelamento de voos. Ontem, até ao final da tarde, contabilizavam-se 227 suspensões. De acordo com a gestora aeroportuária ANA, o aeroporto de Lisboa foi o mais afectado (90 voos cancelados), seguindo-se o de Faro (83) e o do Porto (38). Apesar de terem sido levantadas algumas restrições, a operação das transportadoras aéreas continua a ser muito afectada.

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A TAP, por exemplo, apenas esperava ter limitações nas ligações à Alemanha e ao Norte de Itália, mas foi forçada a interromper outras rotas. "Tivemos 25 cancelamentos até agora. Ao contrário do que esperávamos, os aeroportos do Reino Unido voltaram a ser encerrados e também não estamos a conseguir chegar à Escandinávia, nem a Varsóvia (Polónia)", explicou fonte oficial, ontem, ao final do dia (ver caixa).

É no Algarve que o cancelamento de voos tem tido maiores repercussões. Estima-se que se encontrem 15 mil a 20 mil passageiros retidos na região e que cerca de 40 mil turistas esperados não tenham conseguido chegar ao destino. Cenário que levou os operadores de autocarros, cujos serviços se encontram esgotados, a pedir a cooperação da CP, à margem de uma reunião promovida pelo Turismo do Algarve.

Ainda não há uma estimativa definitiva sobre o impacto financeiro em Portugal da nuvem de cinzas libertada pelo vulcão da Islândia. Bernardo Trindade disse apenas que essa avaliação só será feita a posteriori. O secretário de Estado do Turismo acrescentou que esses cálculos devem ter em conta que "não só não vieram turistas, como houve turistas que ficaram retidos e, portanto, representam receita por essa via". R.A.C.

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