O Cachimbo de Magritte: Jornalistas zangados com Pedro Passos Coelho. Ainda bem.

07-08-2010
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Não posso deixar de ler com um sorriso as queixas do Nuno e do Paulo pela reacção da maioria dos jornalistas à proposta de revisão constitucional do PSD. É certo que Pedro Passos Coelho tem sido tratado pela comunicação social com uma bonomia nunca dispensada a outro presidente do PSD (pelo menos na minha memória, que vai até aos inícios de Cavaco Silva). Contudo não se deveria esperar que a nossa comunicação social, politicamente alinhada, esquerdista, disposta a fazer política através dos jornais, rádios e televisões - excepções como as do 'nosso' PPM só confirmam a regra - tivesse mudado radicalmente devido aos esforços meritórios da equipa passista para conquistar também os corações jornalísticos, mudança agradável depois de Manuela Ferreira Leite com a sua hostilidade para com os jornalistas. Os jornalistas deram boa imprensa a Passos Coelho (e ao PSD) enquanto o viram como um sucedâneo de José Sócrates, que nada mudaria neste nosso podre regime socialista. Quando Passos Coelho propôs (bem ou mal, e eu inclino-me para o mal) mudar alguma coisa, mesmo que levemente, os media mostraram-lhe as suas garras. E será sempre assim. Desenganem-se os que pensam que o PSD poderá ter o tratamento deluxe do PS com esta comunicação social. Nada que deva preocupar excessivamente o líder do PSD; PPC é bom comunicador, tem boa imagem e todas as condições para conseguir fazer como Cavaco Silva sempre fez: falar aos portugueses directamente, por cima dos jornalistas. E, para mim, mesmo considerando abstrusa a proposta de revisão constitucional, a zanga dos jornalista com PPC é um bom sinal; algo está muito errado com um líder político querido pela classe profissional que levou Sócrates ao colo para São Bento em 2005, que tanto se indignou com as 'trapalhadas' de Santana Lopes e tanto assobiou para o lado com as bem piores 'trapalhadas' de Sócrates e sus muchachos, que suportou resignadamente e confiante no bem maior todas as pressões sobre a comunicação social, que não poupou esforços para ajudar a reeleger Sócrates em 2009, que trata como credível um ministro das finanças que enganou deliberadamente os eleitores, que viu com normalidade este actual governo de pesos-extra-pluma políticos (chamaram-lhe governo 'técnico' e pronto para a negociação) e que, mesmo depois destes alucinantes dez meses após eleições, ainda tenta dar a Sócrates uns golinhos de oxigénio.


Não posso deixar de ler com um sorriso as queixas do Nuno e do Paulo pela reacção da maioria dos jornalistas à proposta de revisão constitucional do PSD. É certo que Pedro Passos Coelho tem sido tratado pela comunicação social com uma bonomia nunca dispensada a outro presidente do PSD (pelo menos na minha memória, que vai até aos inícios de Cavaco Silva). Contudo não se deveria esperar que a nossa comunicação social, politicamente alinhada, esquerdista, disposta a fazer política através dos jornais, rádios e televisões - excepções como as do 'nosso' PPM só confirmam a regra - tivesse mudado radicalmente devido aos esforços meritórios da equipa passista para conquistar também os corações jornalísticos, mudança agradável depois de Manuela Ferreira Leite com a sua hostilidade para com os jornalistas. Os jornalistas deram boa imprensa a Passos Coelho (e ao PSD) enquanto o viram como um sucedâneo de José Sócrates, que nada mudaria neste nosso podre regime socialista. Quando Passos Coelho propôs (bem ou mal, e eu inclino-me para o mal) mudar alguma coisa, mesmo que levemente, os media mostraram-lhe as suas garras. E será sempre assim. Desenganem-se os que pensam que o PSD poderá ter o tratamento deluxe do PS com esta comunicação social. Nada que deva preocupar excessivamente o líder do PSD; PPC é bom comunicador, tem boa imagem e todas as condições para conseguir fazer como Cavaco Silva sempre fez: falar aos portugueses directamente, por cima dos jornalistas. E, para mim, mesmo considerando abstrusa a proposta de revisão constitucional, a zanga dos jornalista com PPC é um bom sinal; algo está muito errado com um líder político querido pela classe profissional que levou Sócrates ao colo para São Bento em 2005, que tanto se indignou com as 'trapalhadas' de Santana Lopes e tanto assobiou para o lado com as bem piores 'trapalhadas' de Sócrates e sus muchachos, que suportou resignadamente e confiante no bem maior todas as pressões sobre a comunicação social, que não poupou esforços para ajudar a reeleger Sócrates em 2009, que trata como credível um ministro das finanças que enganou deliberadamente os eleitores, que viu com normalidade este actual governo de pesos-extra-pluma políticos (chamaram-lhe governo 'técnico' e pronto para a negociação) e que, mesmo depois destes alucinantes dez meses após eleições, ainda tenta dar a Sócrates uns golinhos de oxigénio.

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