O Cachimbo de Magritte: Provocação ao pessoal deste Blog, à Blogosfera e ao Povo em geral

05-08-2010
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Malta: A economia "paralela" em Portugal está em estimada em 20% do PIB. É uma brutalidade. São várias centenas de milhões de contos que não "existem" nas contas públicas. Afinal não somos assim tão pobres. Toma lá Bruxelas. Toma lá Eurostat. Onde é gerado esse dinheiro? Em actividades perfeitamente lícitas (explicações de matemática aos vossos filhos, tascas onde vêm o Glorioso vencer por essa Europa fora, empregadas domésticas etc.), e outras menos bonitas (droga, contrabando, prostituição etc.). Melhor ou pior, lá que ele existe, existe.E aqui começa a provocação, muito politicamente incorrecta e liberal:1. Vamos assumir (todos juntos vá lá) que uma parte substancial desse dinheiro fica "cá" e não foge para "fora" (ok, algum há-de ir para as máfias e companhia) e é gasto na nossa economia, através da aquisição de produtos e serviços que estão em Portugal, em mercados mais ou menos concorrenciais e que fazem uma utilização mais ou menos eficiente de recursos;2. Agora vamos assumir que se pelo menos as actividades lícitas que geram esse dinheiro cairem nas malhas do Sr. Paulo Macedo, duas coisas acontecem desde logo: uma parte do dinheiro desaparece - porque há menos incentivo para gerá-lo (40% ou 50% de carga fiscal é muito pouco estimulante); e a outra é que os milhões que o Sr. Macedo saca vão quase, quase todos para pagar dívidas ou para financiar a máquina do Estado (nada concorrencial e pouco eficiente).3. Ou seja: se o dinheiro circular debaixo da mesa, é bem utilizado (a parte que fica cá) e faz bem à nossa economia. Se o dinheiro entrar nas contas públicas, uma parte desaparece e a outra é mal utilizada.4. Assim, não entrando agora em considerações morais tipo "a César o que é de César" e sabendo que vamos ter impostos pesados durante muito tempo (passivo do metro do Porto: 260 milhões de contos, é só um exemplo), o fim da economia paralela não prejudica gravemente a criação de riqueza em Portugal?5. É preciso ter lata, eu sei.


Malta: A economia "paralela" em Portugal está em estimada em 20% do PIB. É uma brutalidade. São várias centenas de milhões de contos que não "existem" nas contas públicas. Afinal não somos assim tão pobres. Toma lá Bruxelas. Toma lá Eurostat. Onde é gerado esse dinheiro? Em actividades perfeitamente lícitas (explicações de matemática aos vossos filhos, tascas onde vêm o Glorioso vencer por essa Europa fora, empregadas domésticas etc.), e outras menos bonitas (droga, contrabando, prostituição etc.). Melhor ou pior, lá que ele existe, existe.E aqui começa a provocação, muito politicamente incorrecta e liberal:1. Vamos assumir (todos juntos vá lá) que uma parte substancial desse dinheiro fica "cá" e não foge para "fora" (ok, algum há-de ir para as máfias e companhia) e é gasto na nossa economia, através da aquisição de produtos e serviços que estão em Portugal, em mercados mais ou menos concorrenciais e que fazem uma utilização mais ou menos eficiente de recursos;2. Agora vamos assumir que se pelo menos as actividades lícitas que geram esse dinheiro cairem nas malhas do Sr. Paulo Macedo, duas coisas acontecem desde logo: uma parte do dinheiro desaparece - porque há menos incentivo para gerá-lo (40% ou 50% de carga fiscal é muito pouco estimulante); e a outra é que os milhões que o Sr. Macedo saca vão quase, quase todos para pagar dívidas ou para financiar a máquina do Estado (nada concorrencial e pouco eficiente).3. Ou seja: se o dinheiro circular debaixo da mesa, é bem utilizado (a parte que fica cá) e faz bem à nossa economia. Se o dinheiro entrar nas contas públicas, uma parte desaparece e a outra é mal utilizada.4. Assim, não entrando agora em considerações morais tipo "a César o que é de César" e sabendo que vamos ter impostos pesados durante muito tempo (passivo do metro do Porto: 260 milhões de contos, é só um exemplo), o fim da economia paralela não prejudica gravemente a criação de riqueza em Portugal?5. É preciso ter lata, eu sei.

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