Os líderes europeus temem que um novo Tratado pudesse ser recusado pelos cidadãos. E todos compreendemos – e alguns tememos – o risco de paralisação que tal poderia acarretar para a UE.Mas a ratificação parlamentar do Tratado - depois de um processo referendário que o tinha chumbado em vários Países e depois de ter sido prometido novo referendo em diferentes países - é a pior e a mais cobarde forma de contornar os desafios que se colocavam aos líderes europeus.E deixa passar uma mensagem perigosíssima: a de que o projecto europeu só pode ser construído contra ou à margem dos cidadãos europeus.Só há um risco pior do que ver a UE paralisada: é vê-la desacreditada, sem chama e sem o respeito dos cidadãos e das nações europeias.Para um futuro que não o do curto prazo o que é realmente importante não é saber se determinado Tratado sobrevive ou não para além da vontade dos líderes de um determinado momento. O que realmente importa, quando olharmos para trás, será perceber se contribuímos para afirmar o projecto europeu no contexto mundial em que vivemos. E em matéria de afirmação estamos conversados. É ratificada na secretaria.
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Os líderes europeus temem que um novo Tratado pudesse ser recusado pelos cidadãos. E todos compreendemos – e alguns tememos – o risco de paralisação que tal poderia acarretar para a UE.Mas a ratificação parlamentar do Tratado - depois de um processo referendário que o tinha chumbado em vários Países e depois de ter sido prometido novo referendo em diferentes países - é a pior e a mais cobarde forma de contornar os desafios que se colocavam aos líderes europeus.E deixa passar uma mensagem perigosíssima: a de que o projecto europeu só pode ser construído contra ou à margem dos cidadãos europeus.Só há um risco pior do que ver a UE paralisada: é vê-la desacreditada, sem chama e sem o respeito dos cidadãos e das nações europeias.Para um futuro que não o do curto prazo o que é realmente importante não é saber se determinado Tratado sobrevive ou não para além da vontade dos líderes de um determinado momento. O que realmente importa, quando olharmos para trás, será perceber se contribuímos para afirmar o projecto europeu no contexto mundial em que vivemos. E em matéria de afirmação estamos conversados. É ratificada na secretaria.