A institucionalização por decreto de tendências dentro de um partido é uma prática de referências duvidosas. É semelhante a um Bloco de Esquerda, mas invertido, ou seja, este último resultou da fusão de um conjunto de partidos que representavam tendências, fossem elas Marxistas, Leninistas, Maoistas ou Trotskistas. Por uma opção mista de evolução e de estratégia eleitoral (consequencialismo obriga) estas tendências optaram por federar-se e mais tarde fundir-se, procedendo-se à dissolução das forças políticas constituintes do Bloco.Mas a criação artificial, de cima para baixo, de tendências, associações, movimentos, devidamente concertados com um orgão ou partido político maior que a criação, soa a pura instrumentalização e cosmética eleitoral. A extrema esquerda usou e abusou da técnica no passado, sem qualquer tipo de resultado duradouro, não obstante a multiplicação de todo o tipo de agremiações que enchiam listagens e impressionavam quem fosse impressionável com a dimensão do maço de notas numa carteira recheada de liras turcas.Que livros andará o nosso segundo maior partido da direita a ler?
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A institucionalização por decreto de tendências dentro de um partido é uma prática de referências duvidosas. É semelhante a um Bloco de Esquerda, mas invertido, ou seja, este último resultou da fusão de um conjunto de partidos que representavam tendências, fossem elas Marxistas, Leninistas, Maoistas ou Trotskistas. Por uma opção mista de evolução e de estratégia eleitoral (consequencialismo obriga) estas tendências optaram por federar-se e mais tarde fundir-se, procedendo-se à dissolução das forças políticas constituintes do Bloco.Mas a criação artificial, de cima para baixo, de tendências, associações, movimentos, devidamente concertados com um orgão ou partido político maior que a criação, soa a pura instrumentalização e cosmética eleitoral. A extrema esquerda usou e abusou da técnica no passado, sem qualquer tipo de resultado duradouro, não obstante a multiplicação de todo o tipo de agremiações que enchiam listagens e impressionavam quem fosse impressionável com a dimensão do maço de notas numa carteira recheada de liras turcas.Que livros andará o nosso segundo maior partido da direita a ler?