Recupero aqui o post de um bom amigo, escrito em Junho de 2004.
Este post é respeitante às últimas eleições europeias, todavia a sua mensagem de fundo mantém-se (infelizmente) actual. Esperemos que a situação não se repita em Fevereiro...
"Muita gente não vota, pois entende o acto eleitoral como uma benesse que é dada, um favorecimento ou reconhecimento da classe política. Este eleitor julga que a abstenção traduz desagrado pela parte do cidadão face aos titulares de cargos políticos.
Nada mais ERRADO!!!!!!!!!!!!
A abstenção é lida como laicismo, comodismo e irresponsabilidade de quem vota. O laicismo e o comodismo são discutíveis, mas a irresponsabilidade é clara e inequívoca.
Mais uma vez os Portugueses perderam a oportunidade que tinham para manifestar o seu ponto de vista sobre a política nacional, desta feita, na Europa. O Português e, de um modo geral, o europeu mostraram-se irresponsáveis e ignorantes neste último dia 13.
A História está repleta de episódios em que povos lutaram para terem acesso a um direito fundamental em democracia, o voto. Os Portugueses comportaram-se como uma criança que pede, incessantemente, um brinquedo novo e, depois de o ter, o arruma a um canto!
O voto em branco é a solução para o problema. Este sim é o espelho do desagrado, da inexistência de empatia entre o político e o eleitor.
Se 53% dos votos tivessem sido em branco, os eleitores não poderiam ser acusados de comodismo, pois deslocaram-se às urnas e, de facto, demonstraram o que pensam, fazendo uso do direito que os assiste, o voto. As forças derrotadas não poderiam desculpar a sua derrota, tirando validade ao processo eleitoral e, os vencedores, não poderiam atribuir à abstenção o sentido de voto que lhes convém. Mais. A fuga á evidência da falência do sistema político seria bem mais difícil, bem como rebuscada.
É claro que o poder político tem responsabilidade, mas o principal responsável é o eleitorado!
Desta forma, os problemas persistirão, os “tachos” e a inércia política continuarão, e a culpa é nossa..."
- Al-caparra -
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Recupero aqui o post de um bom amigo, escrito em Junho de 2004.
Este post é respeitante às últimas eleições europeias, todavia a sua mensagem de fundo mantém-se (infelizmente) actual. Esperemos que a situação não se repita em Fevereiro...
"Muita gente não vota, pois entende o acto eleitoral como uma benesse que é dada, um favorecimento ou reconhecimento da classe política. Este eleitor julga que a abstenção traduz desagrado pela parte do cidadão face aos titulares de cargos políticos.
Nada mais ERRADO!!!!!!!!!!!!
A abstenção é lida como laicismo, comodismo e irresponsabilidade de quem vota. O laicismo e o comodismo são discutíveis, mas a irresponsabilidade é clara e inequívoca.
Mais uma vez os Portugueses perderam a oportunidade que tinham para manifestar o seu ponto de vista sobre a política nacional, desta feita, na Europa. O Português e, de um modo geral, o europeu mostraram-se irresponsáveis e ignorantes neste último dia 13.
A História está repleta de episódios em que povos lutaram para terem acesso a um direito fundamental em democracia, o voto. Os Portugueses comportaram-se como uma criança que pede, incessantemente, um brinquedo novo e, depois de o ter, o arruma a um canto!
O voto em branco é a solução para o problema. Este sim é o espelho do desagrado, da inexistência de empatia entre o político e o eleitor.
Se 53% dos votos tivessem sido em branco, os eleitores não poderiam ser acusados de comodismo, pois deslocaram-se às urnas e, de facto, demonstraram o que pensam, fazendo uso do direito que os assiste, o voto. As forças derrotadas não poderiam desculpar a sua derrota, tirando validade ao processo eleitoral e, os vencedores, não poderiam atribuir à abstenção o sentido de voto que lhes convém. Mais. A fuga á evidência da falência do sistema político seria bem mais difícil, bem como rebuscada.
É claro que o poder político tem responsabilidade, mas o principal responsável é o eleitorado!
Desta forma, os problemas persistirão, os “tachos” e a inércia política continuarão, e a culpa é nossa..."
- Al-caparra -