Cuidados Continuados: Coordenadora defende dedução nos impostos dos gastos das famílias com dependentes

27-05-2011
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Inês Guerreiro, que foi hoje ouvida na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do PSD, adiantou que Portugal é o segundo país (a seguir à Grécia), num total de 16 estados da União Europeia, em que as famílias mais cuidam dos seus dependentes. "E ninguém pode descontar se tiver uma pessoa em casa a cuidar de um familiar, como acontece quando se paga um lar”, disse.

Questionada pelo deputado Serpa Oliva, do CDS-PP, se o “ideal” não seria os idosos morrerem no “domicílio rodeados pelos familiares”, Inês Guerreiro afirmou que “não é possível todas as pessoas ficarem em casa”.

Há muitas pessoas que vivem sozinhas, sem apoio, em casas sem condições, e muitas vezes as famílias não têm possibilidade de tomar conta dos familiares debilitados, justificou.

Assim, o hospital continua a ser a “grande porta” onde vão procurar apoio. “Temos um bom Serviço Nacional da Saúde porque, de alguma forma, dá resposta a estas pessoas”, frisou, explicando que são estes doentes que vão para a rede.

O último relatório da RNCCI indica que a família é o principal suporte dos utentes referenciados (52 por cento em 2009), seguido da ajuda de técnicos de saúde (11 por cento).

A ajuda domiciliária, que representava 24 por cento em 2008, é agora 11 por cento. Em 2008, os utentes apoiados em Centro de Dia representavam 10 por cento e eram metade em 2009. Os principais tipos de apoio estão relacionados com a alimentação, a higiene pessoal, a roupa de casa e os medicamentos.

A deputada do PSD Maria José Nogueira Pinto questionou sobre a cobertura prevista para 2013 a nível de camas e se o crescimento da rede assenta no terceiro sector (social).

Os deputados João Semedo (BE) e Bernardino Soares (PCP) disseram recear que a rede fique dependente dos privados e do sector social.

“O crescimento da rede pública é incomensuravelmente mais pequeno do que o da rede privada”, observou Bernardino Soares, questionando ainda a responsável sobre se existem recursos financeiros e humanos para continuar a desenvolver o trabalho.

Inês Guerreiro frisou que a aposta, a nível dos meios humanos, tem sido reorganizar os recursos dos cuidados primários.

“É verdade que temos dificuldades de recursos humanos”, admitiu, explicando que a rede tem recorrido a parcerias com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social para colmatar este obstáculo. Mas frisou não estarem previstos "contratos com os privados e o sector social para recursos humanos”.

Sobre o peso da rede pública, explicou que vai crescer este ano com o reaproveitamento de alguns hospitais para unidades de convalescença e cuidados paliativos.

O número de utentes assistidos na rede cresceu de 13 457 (2008) para 20 692 (2009), representando um aumento de 54 por cento.

Inês Guerreiro, que foi hoje ouvida na Comissão Parlamentar de Saúde a pedido do PSD, adiantou que Portugal é o segundo país (a seguir à Grécia), num total de 16 estados da União Europeia, em que as famílias mais cuidam dos seus dependentes. "E ninguém pode descontar se tiver uma pessoa em casa a cuidar de um familiar, como acontece quando se paga um lar”, disse.

Questionada pelo deputado Serpa Oliva, do CDS-PP, se o “ideal” não seria os idosos morrerem no “domicílio rodeados pelos familiares”, Inês Guerreiro afirmou que “não é possível todas as pessoas ficarem em casa”.

Há muitas pessoas que vivem sozinhas, sem apoio, em casas sem condições, e muitas vezes as famílias não têm possibilidade de tomar conta dos familiares debilitados, justificou.

Assim, o hospital continua a ser a “grande porta” onde vão procurar apoio. “Temos um bom Serviço Nacional da Saúde porque, de alguma forma, dá resposta a estas pessoas”, frisou, explicando que são estes doentes que vão para a rede.

O último relatório da RNCCI indica que a família é o principal suporte dos utentes referenciados (52 por cento em 2009), seguido da ajuda de técnicos de saúde (11 por cento).

A ajuda domiciliária, que representava 24 por cento em 2008, é agora 11 por cento. Em 2008, os utentes apoiados em Centro de Dia representavam 10 por cento e eram metade em 2009. Os principais tipos de apoio estão relacionados com a alimentação, a higiene pessoal, a roupa de casa e os medicamentos.

A deputada do PSD Maria José Nogueira Pinto questionou sobre a cobertura prevista para 2013 a nível de camas e se o crescimento da rede assenta no terceiro sector (social).

Os deputados João Semedo (BE) e Bernardino Soares (PCP) disseram recear que a rede fique dependente dos privados e do sector social.

“O crescimento da rede pública é incomensuravelmente mais pequeno do que o da rede privada”, observou Bernardino Soares, questionando ainda a responsável sobre se existem recursos financeiros e humanos para continuar a desenvolver o trabalho.

Inês Guerreiro frisou que a aposta, a nível dos meios humanos, tem sido reorganizar os recursos dos cuidados primários.

“É verdade que temos dificuldades de recursos humanos”, admitiu, explicando que a rede tem recorrido a parcerias com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social para colmatar este obstáculo. Mas frisou não estarem previstos "contratos com os privados e o sector social para recursos humanos”.

Sobre o peso da rede pública, explicou que vai crescer este ano com o reaproveitamento de alguns hospitais para unidades de convalescença e cuidados paliativos.

O número de utentes assistidos na rede cresceu de 13 457 (2008) para 20 692 (2009), representando um aumento de 54 por cento.

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