Gazeta das Caldas

02-10-2010
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Pág. 1 de 20 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág. Caldenses "viajaram" até S. Tomé e Príncipe pela Rua Claudina Chamiço Gazeta das Caldas / Fátima Ferreira 15:56 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Dezenas de pessoas reuniram-se na noite de sexta-feira, 24 de Setembro, no Museu do Ciclismo, para descobrirem mais sobre S. Tomé e Príncipe e também sobre Claudina Chamiço, uma filantropa do século XIX, que deixou obra nas Caldas da Rainha e naquele país africano de expressão portuguesa. O mote foi dado pelo livro de Mário Lino "Das Caldas da Rainha a S. Tomé e Príncipe" lançado naquele dia e, noite fora, não faltou a música, canções e o bom café de origem santomense. Hoje a festa continua com um jantar de calulu no restaurante Zé do Barrete. Foi ao som do hino de S. Tomé e Príncipe, seguido pelo hino de Portugal, que começou o evento, que incluiu a inauguração de uma exposição, patente no Museu do Ciclismo e a apresentação do livro de Mário Lino. O Orfeão Caldense - que ali ensaiava até passar, recentemente, para o Centro da Juventude -, juntou-se à festa, interpretando três temas do seu repertório. Pelas pareces do Museu do Ciclismo encontram-se expostos bilhetes-postais ampliados em grandes dimensões, fotografias, documentos e livros, que dão conta da realidade daquele país africano no início do século XIX, e uma maquete que tenta reproduzir uma roça santomense. Referindo-se à sua mais recente obra, Mário Lino disse tratar-se de um "trabalho um pouco ousado", uma vez que faz uma "viagem" das Caldas a S. Tomé sem sair da Rua Claudina Chamiço. Aliás, o autor disse mesmo que seria pouco provável visitar aquele país africano, confessando o seu medo em viajar de avião. Convidado a apresentar a obra, o director da Gazeta das Caldas, José Luís de Almeida e Silva, destacou a pro-actividade e originalidade do autor, que "já nos habituou a de uma coisa sem importância fazer um acontecimento". Na sua opinião, trata-se de um evento que vai motivar as pessoas a descobrir S. Tomé e uma oportunidade de juntar portugueses com santomenses. José Luís de Almeida e Silva deixou ainda o desejo que estas parcerias se transformem em geminações, dado que S. Tomé e Príncipe é um país que atravessa dificuldades e Caldas poderia contribuir com uma pequena ajuda para o desenvolvimento de uma cidade daquele país. "Só é pena que na cidade não existam muitos Mários Linos porque acho que as Caldas seria muito mais projectada", referiu o orador, acrescentando que o autor "merece o nosso reconhecimento". Também presente no evento, Célio Santiago, vereador da Câmara de Trindade (a segunda maior cidade de S. Tomé) informou os presentes que existe na Roça Monte Café, que era propriedade de Claudina Chamiço, desde o século XIX, uma rua com o nome Caldas da Rainha. O autarca santomense já elaborou um projecto para a recuperação daquela rua, que faz a ligação entre as cidades de Trindade e a capital, e agora pretende entregá-lo ao governo central, de modo a tentar obter um apoio. O vice-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, destacou as várias iniciativas culturais que se realizam no Museu, que desta forma não fica confinado ao ciclismo. Acrescentou ainda que os eventos dinamizados por Mário Lino têm permitido fomentar amizades com várias cidades de Espanha, dando o exemplo de La Cososera, cujo alcaide também fez questão de marcar presença na passada sexta-feira. "Esta aproximação tem permitido conhecer o país irmão, mas também fazer com que muitas pessoas venham às Caldas", disse o autarca. Na opinião de Jorge Sobral, representante do Governo Civil de Leiria, Mário Lino tem a "capacidade de aproximar os povos e surpreender-nos a cada dia", pelo que quer continuar a contar com o seu trabalho em prol do distrito. Na apresentação que fez de Claudina Chamiço, Mário Lino disse que esta chegou a ser a senhora mais rica de Portugal no final do século XIX, e que tinha a faculdade de fazer o bem. "Preocupou-se acima de tudo com a lepra e a tuberculose", disse, dando os exemplos do Hospital de Santana, em Cascais, ou o balneário das Águas Santas, que mandou erigir de modo a ajudar os mais necessitados. Mário Lino procurou homenagear a vertente solidária de Claudina Chamiço dedicando o livro à Santa Casa da Misericórdia das Caldas, por aquela instituição ser a que mais se assemelha actualmente a esse espírito. A iniciativa, integrada também nas comemorações do I Centenário da República, contou também com o contributo da presidente do PH - Património Histórico e responsável local pelas comemorações, Isabel Xavier, que se referiu a Claudina Chamiço como alguém com "capacidade de intervenção". Isabel Xavier lembrou ainda que o Bairro da Ponte nasceu na altura da implantação da República e que em 1914 foram dados os nomes às suas ruas. No dia seguinte a festa transferiu-se para o Largo Frederico Pinto Basto (Bairro da Ponte), frente à Rua Claudina Chamiço, onde foi feita uma homenagem junto à placa toponímica. A Junta de Freguesia de Santo Onofre ofereceu o livro de Mário Lino às primeiras 10 pessoas que se apresentaram no largo trajadas à século XIX e depois houve música. À noite o café e a saúde estiveram em destaque numa conferência proferida pelos médicos Luís Pisco e António Figueiredo. O evento termina hoje à noite com um jantar de calulu (comida típica de S. Tomé) no restaurante Zé do Barrete. Petição pela Linha do Oeste vai ser entregue na Assembleia da República Gazeta das Caldas / Joana Fialho 15:54 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Está marcada para a próxima quarta-feira, dia 6 de Outubro, a entrega na Assembleia da República da petição "Pela requalificação e modernização da infra-estrutura e pela introdução de um serviço ferroviário de qualidade na Linha do Oeste". Pelas 10h30, conforme divulgou o Bloco de Esquerda, o presidente da Assembleia, Jaime Gama, deverá receber uma delegação de peticionários composta por uma dezena de membros da comissão promotora do documento, entre os quais o professor Moisés Espírito Santo e o engenheiro Henrique Neto, o presidente da distrital do PSD e da autarquia caldense, Fernando Costa. A eles dever-se-ão juntar os deputados eleitos à Assembleia da República pelo círculo de Leiria, Teresa Morais (PSD), Paulo Pedrosa (PS), Assunção Cristas (CDS-PP) e Heitor de Sousa (BE), sendo este último o mais empenhado em recolher as assinaturas necessárias para levar a missiva ao Parlamento. Na Internet foram recolhidas cerca de 2.210 assinaturas, às quais se juntam 2.500 recolhidas em diversas campanhas pelo Bloco de Esquerda. Desconhece-se quantas assinaturas terão, e se terão, sido recolhidas pelos outros partidos, aos quais Heitor de Sousa chegou muitas vezes a criticar o afastamento desta luta. Loja das Sopas encerrada no Vivaci das Caldas da Rainha deixa funcionárias surpresas Gazeta das Caldas / Carlos Cipriano 15:49 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 O Centro Comercial Vivaci encerrou subitamente a Loja das Sopas, localizado no 3º piso na zona de restauração, tendo os seguranças impedido as funcionárias daquela loja de aceder ao seu local de trabalho. A denúncia vem numa carta publicada esta semana no Correio dos Leitores, na qual as funcionárias demonstram a sua estupefacção por, de repente, chegarem ao trabalho e verem que este já não existe. As mesmas ficaram ainda indignadas por tal ter acontecido numa manhã de sábado, impedindo-as de actuar junto das autoridades competentes. Neste momento as quatro ex-empregadas da Loja das Sopas mantém-se no centro comercial a cumprir o horário de trabalho, à espera que a sua entidade patronal reabra o estabelecimento ou, então, lhes comunique a cessação do contrato. Uma fonte oficial da Starfoods, SA, que detém a marca Loja das Sopas e possui sede na Cruz Quebrada, disse à Gazeta das Caldas que a loja do Vivaci é um franchising explorado pela empresa Requinte das Sopas, Unipessoal, Lda. pelo que é alheia a este problema. Aquela marca possui meia centena de lojas deste tipo em Portugal, das quais 16 são próprias e 34 franchisadas. Por sua vez, o Centro Comercial Vivaci - que só presta declarações através da agência Central de Comunicação - respondeu a um mail do nosso jornal com um breve comunicado no qual confirma o fecho da loja e que transcrevemos na secção Correio dos Leitores. Gazeta das Caldas apurou que este encerramento se deveu a incumprimento do pagamento da renda por parte da empresa Requinte das Sopas, Unipessoal, Lda. que pertence a Paulo Assunção. Contactado pelo nosso jornal, este empresário disse que também ele ficou surpreso com o encerramento da loja, feito sem aviso prévio pois só na segunda-feira seguinte recebeu uma carta da FDO (empresa detentora do Vivaci) a comunicar que esta iria fechar. Uma afirmação que, contudo, não é corroborada pelas suas funcionárias que dizem ter este tido conhecimento antes de sábado por ter ido na véspera à loja buscar as chaves. Paulo Assunção reconhece que havia uma dívida - cujo montante não quis divulgar -, mas contou que propôs à FDO o seu pagamento integral para poder reabrir a Loja das Sopas, mas que a direcção do Vivaci recusou alegando que as negociações se encontravam encerradas. "Não percebo porquê porque se todos os problemas fossem rendas em atraso, o centro comercial já estava fechado. Toda a gente sabe que aquilo não está a correr bem", disse o empresário. A mesma fonte disse ainda que, apesar da loja ter sido encerrada, a empresa Requinte das Sopas - Unipessoal Lda. não fechou continuando a ser responsável pelas suas funcionárias. "Era fácil para mim mandar-lhes uma carta para receberem o subsídio de desemprego, mas a empresa não fechou. Alguém vai ter de lhes pagar os salários", disse Paulo Assunção referindo-se às funcionárias e assumindo o início de um processo litigioso com o Vivaci. A Loja das Sopas existia no centro comercial desde 2008 e, segundo o empresário, representou um investimento de 200 mil euros. Universidade Corporativa propõe doutoramentos em sectores tradicionais da região das Caldas da Rainha Gazeta das Caldas / Joana Fialho 15:45 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Foi com o objectivo de promover a especialização e a qualificação dos quadros das empresas da região que a Associação Industrial da Região Oeste (AIRO) e a Universidade Fernando Pessoa (UFP) assinaram no passado dia 22 de Setembro o protocolo que dá origem à Universidade Corporativa UFP/AIRO. Turismo - Marketing das Cidades, Termalismo/Saúde e Bem-Estar, Indústria Cerâmica e Indústria Alimentar são os programas de doutoramento que compõem a oferta formativa desta nova Universidade. As Universidades Corporativas não são novas, tendo a primeira sido criada em Portugal no início de 2007 pela UFP em parceria com Conselho Empresarial dos Vales de Lima e Minho. O conceito chega agora à Região Oeste com planos de formação "devidamente adaptados ao perfil dos destinatários e aos objectivos estratégicos e especificidades dos sectores de actividade onde se inserem os associados da AIRO", conforme se lê no protocolo. Na cerimónia de assinatura do protocolo, o reitor da UFP, Salvato trigo, afirmou que hoje, "o ensino é um bem de primeira necessidade e sem conhecimento não se sobrevive". É por isso, que a instituição que lidera se associou à AIRO para "construir projectos de formação verdadeiramente úteis". Garantindo que a UFP não vem competir com nenhuma entidade, mas apenas "acrescentar valor", o reitor defendeu que é preciso "descortinar formas de conhecimento que contribuam para a valorização das pessoas da região", tendo em conta os sectores mais tradicionais da região. Uma opinião partilhada por Ana Maria Pacheco, presidente da AIRO, que sublinhou o facto de que "as empresas são um viveiro de conhecimentos". E é neste contexto que, acredita, as universidades corporativas fazem sentido. Já no ano passado a AIRO tinha lançado os Cursos de Especialização Tecnológica. Num futuro próximo, acredita Almerindo Almeida, director da AIRO, deverão ser lançadas licenciaturas, mestrados e pós-graduações. O responsável crê que os primeiros cursos de doutoramento arrancarão ainda este ano e salienta que, apesar de esta ser uma iniciativa da AIRO, a Universidade Cooperativa foi pensada para todas as organizações e empresas da região. Como a mais-valia de um curso como estes, sublinha que "os doutoramentos aqui são feitos dentro das organizações e não em contexto meramente académico", pelo que uma parte do curso vai decorrer nas instalações da Universidade Fernando Pessoa e a outra vai consistir em trabalho académico e de investigação a desenvolver no terreno. A frequência dos doutoramentos na Universidade Corporativa UFP/AIRO serão, à partida, financiados através de bolsas da Fundação para a Ciência e Tecnologia a que os interessados ter-se-ão de candidatar. O restante deverá ser assegurado pelas empresas, garante o responsável, que não divulgou quanto custam os cursos. Todos os interessados devem dirigir-se à AIRO, que depois canalizará os processos para a UFP. O protocolo assinado na passada semana tem uma duração de três anos, após os quais a cooperação deve ser avaliada. Recorde-se que já há alguns anos foi lançado uma iniciativa similar para a formação doutoral pela Câmara e por uma universidade espanhola, intermediada com uma portuguesa, que viria a desaparecer, iniciativa que também não teve continuidade. Rede Leonardo defende esterilização de animais abandonados Gazeta das Caldas / Marina Araújo 15:42 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Nos meses de Verão o número de animais abandonados aumenta porque estes ou estão demasiado grandes para serem levados de férias, ou porque os donos já não têm um local para os deixar durante os dias que vão passar fora. O problema é maior quando os animais procriam e o número volta a aumentar. Um grupo de amigas propôs-se encarar esta situação de frente e criou a Rede Leonardo destinada a prevenir a reprodução dos animais abandonados. Carla Soares e Fernanda Nazaré são voluntárias no canil municipal das Caldas e dizem que este é um projecto que procura evoluir para uma associação de defesa de animais abandonados. De momento a principal iniciativa é a sensibilização dos donos de animais e pessoas que venham a adoptá-los para procederem à esterilização. "As pessoas acabam por não adoptar os animais dos canis porque já têm uma cria que lhes foi dada por algum amigo", diz Carla Soares. "Há muitos animais e queremos fazer um controlo de população." Ela própria tem 17 animais abrigados em sua casa e a sua colega, Fernanda Nazaré, tem 30. A Rede Leonardo, que sobrevive do dinheiro vindo directamente do rendimento voluntárias, não esteriliza apenas os animais que já encontraram um lar ou que estão no canil. Tem um protocolo com veterinários das Caldas e de Torres Vedras, onde levam os animais para serem esterilizados. Têm ainda um asilo para gatas em recuperação. "O controlo dos animais de rua é um dever nosso, já que não há entidades que o façam. Não custa assim tanto esterelizar a gata da rua que passa a vida a ter crias.", diz Carla Soares. A Rede Leonardo é assim chamada em homenagem a Leonardo da Vinci, que proferiu as palavras que servem de lema para o grupo: "Haverá um dia, em que o homem conhecerá o íntimo dos animais. Neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade". Este grupo possui também um sítio no Facebook, onde colocam informações sobre animais desaparecidos, que estão no canil e prontos para a adopção, e ainda outros em risco de abate. No município caldense existe também - de forma mais organizada e com maior visibilidade - a Caldas da Rainha Associação Protectora dos Animais Abandonados (CRAPAA) que também se esforça para, segundo o seu site na Internet, "dar abrigo, alimento, cuidados veterinários e carinho" aos animais que possuem no seu canil até serem adoptados. A sua actividade mais conhecida é a campanha semanal (ao sábado) na rua das Montras (entre as 10h00 e as 14h00) onde as pessoas que ali passam podem adoptar animais, comprar pequenas lembranças ou simplesmente fazer um donativo para a associação. Pedalar 500 quilómetros pelo Caminho de Santiago desde as Caldas da Rainha Gazeta das Caldas / Marina Araújo, Carlos Cipriano 15:26 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 De Caldas da Rainha a Santiago de Compostela são 500 quilómetros, um percurso que em carro exige pouco mais de quatro horas. Três caldenses percorreram este caminho ancestral de bicicleta, numa viagem que levou apenas quatro dias. Um verdadeiro feito, sobretudo porque nenhum dos três tem propriamente 20 anos. Já o regresso, em comboio, pareceu demasiado longo devido aos transbordos e à dificuldade em transportar as bicicletas. A ideia surgiu numa conversa entre Álvaro Nogueira e Armando Silva, de 51 e 59 anos, entusiastas do cicloturismo, quando o segundo referiu que pensava ir um dia a Santiago de Compostela de bicicleta. Apesar de já ter adiado este projecto várias vezes, finalmente conseguiram combinar uma data, tendo-se-lhes juntado Afonso Vieira, de 71 anos. Os três partiram das Caldas da Rainha no dia 13 de Setembro. "No primeiro dia, foi de Caldas até Mira, o que dá 150 quilómetros, e dormimos em Mira no parque de campismo" relatou Armando Silva. "No segundo dia fomos até Vila do Conde, mas antes tivemos de parar no Porto para irmos buscar os nossos passaportes" relembrou Álvaro Nogueira. Os passaportes, ou credenciais, são obrigatórias para quem quer receber, quando chegar a Santiago, um certificado em latim de que percorreu o caminho e é um peregrino. Para isto é preciso que tenha vários carimbos que comprovem que a pessoa percorreu mais de 100 quilómetros a pé, ou mais de 200 de bicicleta ou a cavalo. Este passaporte também identifica a pessoa como um peregrino nos diferentes albergues, na Cruz Vermelha e nos serviços de apoio ao peregrino. Apoios, contudo, que não se revelaram necessários. "Nós fomos completamente auto-suficientes, sem carro de apoio nem nada. Levámos uma média de 15 quilos cada um nas bicicletas" disse Álvaro Nogueira, mas Armando Silva lembra que ele levou 27 quilos de bagagem. "Foi um erro, mas da primeira vez cometem-se erros e da próxima vez já sei." Ambos estão prontos para fazer o caminho outra vez, mas por um percurso diferente, pois existem vários, desde caminhos que partem da Rússia, ou mesmo ali do Porto. E garantem que da próxima vez que fizerem o caminho, será novamente de bicicleta e igualmente auto-suficientes. "É engraçado porque é a aventura e forma-se aquela equipa, com as pequenas zangas e alegrias" comentou Armando. Porém, ir de bicicleta até Santiago de Compostela é uma viagem que pode ser considerada perigosa. Apesar de existirem muitas estradas com ciclovia em Portugal, circularam durante a maior parte do caminho por estradas com carros. "As pessoas na Sportzone foram atenciosas e, em jeito de patrocínio, ofereceram-nos uns blusões reflectores, o que veio ajudar e dar-nos visibilidade na estrada" comentou Álvaro, que tratou desta parte logística. Hoje em dia os peregrinos não vão a Santiago de Compostela apenas por motivos religiosos. Mesmo assim os peregrinos experienciam as mesmas emoções de terem cumprido um objectivo e de se terem conseguido superar a eles mesmos, neste caso, percorrendo um longo caminho de bicicleta. "Quando chegamos lá parece que está tudo bem, que se acabou o cansaço" relatou Armando. "Mas a minha ideia era principalmente andar de bicicleta. Fui a Santiago como iria a Paris ou a Faro" acrescentou Álvaro. O caminho de regresso foi feito de comboio, tendo o grupo encontrando várias facilidades ao viajarem com as bicicletas em Espanha, cujos comboios já estavam preparados para receber este meio de transporte com segurança e funcionalidade. Já em Portugal, só era permitido andar com bicicletas nos comboios regionais. "Para chegarmos às Caldas tivemos de apanhar um comboio de Santiago para Vigo, de Vigo para o Porto, do Porto para Aveiro, daí para Coimbra, de Coimbra para a Figueira da Foz e finalmente daí para as Caldas", enumerou Armando. Todas estas viagens duraram 12 horas e para não falar de todo este tempo ainda surgiram contratempos. Por vezes, os comboios que estavam preparados para levar bicicletas eram substituídos por outros que não estavam, mas como os bilhetes já tinham sido vendidos, permitiam que eles entrassem no comboio. "Mas aí as bicicletas iam soltas, a incomodar os outros passageiros" criticou Álvaro. Finalmente em casa, admitem que desde que voltaram, vários amigos já estão interessados em juntar-se a eles na próxima viagem e Álvaro confessa que um dia "gostava de fazer esta viagem com um filho meu". O percurso é cansativo e é necessária muita preparação, tirar uns dias de férias para se poder efectuar esta viagem. O orçamento fica por volta dos 150 euros. Mas o passeio compensa e pode-se ter a sorte destes três ciclistas e conseguir uma viagem de ida em que nem sequer aconteceram aqueles contratempos quase normais - quedas e furos. A CP e as bicicletas Enquanto nos comboios espanhóis os três cicloturistas não só não tiveram quaisquer problemas para transportar as bicicletas como ainda tiveram um bónus por parte da Renfe, no percurso português, entre Valença do Minho e as Caldas da Rainha, a viagem transformou-se numa autêntica odisseia. Diga-se que já sem os veículos de duas rodas a acompanhar, este percurso sobre carris era difícil devido aos imensos transbordos com que a CP presenteia os sues passageiros. Mas pior ainda quando se trata de transportar as bicicletas que só podem circular em alguns comboios. Daí que do Minho ao Oeste a coisa demorasse 12 longas horas com mudança de composição no Porto, Aveiro, Coimbra e Figueira da foz. Pior: a CP é incapaz de vender um bilhete único com destino às Caldas da Rainha e os três passageiros foram saltitando, tirando o bilhete nas estações e muitas vezes com dificuldades porque os próprios ferroviários nas bilheteiras não sabiam se o material que efectuaria determinado comboio tinha ou não espaço para as bicicletas. Curiosamente, a CP tornou público na semana passada que uma das suas unidades de negócios - a CP Lisboa - foi distinguida com o Prémio Nacional de Mobilidade em Bicicleta pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB). Esta federação galardoou a CP Lisboa pelo "esforço continuado de promoção da mobilidade sustentável" e por ter vindo a adoptar "sucessivas medidas para incentivar o uso da bicicleta, quer nas deslocações diárias quer ocasionais, na área da Grande Lisboa (Linhas de Sintra, Cascais, Azambuja e Sado)". Destas medidas, a FPCUB destaca a instalação de parques para bicicletas em 23 estações de comboios desta área, na sequência da oferta de transporte gratuito de bicicletas sem restrição de horário ou sentido em todas as suas linhas. Sede do da PSP inaugurada na Fanadia (Caldas da Rainha) por Paulo Portas Gazeta das Caldas / Pedro Antunes 15:21 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 A antiga escola primária da Fanadia, desactivada há três anos, foi transformada na sede do Motoclube dos Profissionais da PSP. Para a inauguração, a 25 de Setembro, foi convidado o presidente do CDS/PP, Paulo Portas, que teve direito ao seu nome na placa de inauguração. Na cerimónia estiveram presentes o vereador da Educação, Tinta Ferreira, e o presidente da Junta de São Gregório, Filipe Ernesto Sousa, para além de um grupo de 130 motards polícias que nesse dia participou num passeio organizado pela associação. Na sua maioria oriundos de Espanha, os polícias (e alguns bombeiros portugueses) partiram de manhã do hotel dos Serviços Sociais da PSP na Praia do Baleal e percorreram a região. O almoço teve lugar no pátio da antiga escola da Fanadia, altura em que foi inaugurada a nova sede do motoclube. Este clube foi criado em 1997, na sequência de um passeio de motociclistas da PSP a Peniche, e já teve a sua sede nas antigas instalações da Matel. Devido ao crescimento da delegação do Cenfim nas Caldas, a associação teve que sair daquele local. "Também nos agrada esta sede, mas precisamos de investir muito em obras e agora não temos verbas para isso", referiu Rogério Coelho, presidente do motoclube. Para já, apenas deram uma limpeza geral ao espaço para a inauguração. Rogério Coelho, que é da PSP das Caldas, pretende continuar a organizar eventos de âmbito nacional e internacional, nomeadamente passeios motards e acções de beneficência, entre outras actividades. O presidente da Junta de São Gregório comentou que "é melhor que o edifício esteja a ser útil do que ficar abandonada, mas o melhor é que nunca tivesse deixado de ser escola". O vereador da Educação explicou que estas escolas estão a ser encerradas por decisão do Ministério da Educação, principalmente por falta de alunos, mas que os edifícios estão a ser utilizados por outras entidades. No início do seu discurso, Tinta Ferreira assinalou que Paulo Portas já foi governante e que "será com certeza novamente, porque o futuro assim o permitirá". Paulo Portas não quis comentar este aparte do discurso do vereador do PSD e destacou que veio à cerimónia porque foi convidado por Manuel Isaac (vereador do seu partido na Câmara das Caldas) a quem teceu rasgados elogios. "É uma pessoa extraordinária e fez crescer muito este partido, ao nível das Caldas e do distrito de Leiria", disse. O líder dos centristas não perdeu a oportunidade para se declarar um grande apoiante das autoridades policiais portuguesas. "Sou o único líder partidário que desassombradamente apoia a polícia", declarou ao nosso jornal. "Indigna-me que o trabalho da polícia, que muitas vezes envolve risco de vida, seja desfeito nos tribunais porque os juízes aplicam leis que são disparatadas", afirmou. Isto porque acha que há leis que defendem mais nas garantias do delinquente do que na autoridade da polícia. "São leis que não pensam, como deviam pensar, na segurança das pessoas e na defesa das vítimas", considera. Antigas escolas primárias estão a ser utilizadas Segundo Tinta Ferreira, mais de metade dos edifícios das antigas escolas primárias que foram encerradas estão a ser utilizados. O objectivo é que as escolas sejam conservadas e utilizadas em actividades para o bem comum. Para isso, têm sido estabelecidos protocolos com diversas instituições. A escola das Bairradas está ocupada pela secção de cicloturismo do Grupo Desportivo do Landal. Na escola da sede dessa freguesia existe um museu escolar e a dos Rostos já foi solicitada pela associação local para desenvolver acções de formação. É também a associação local da Carrasqueira (Vidais) que está a dar uso ao antigo edifício escolar. Em Vila Nova funciona a sede da Associação de Caçadores de Alvorninha. Na Laranjeira, o espaço está a ser utilizado como armazém pela Junta de Freguesia. Para a dos Lobeiros existe também um pedido de utilização por parte da associação. Na freguesia de Santa Catarina, a escola do Casal do Bicho foi entregue à associação local e a do Casal da Coita também. No Casal das Freiras o edifício é a sede da Associação de Caçadores de Santa Catarina e Carvalhal Benfeito. Na Espinheira (Serra do Bouro) deverá ser instalado um museu de comboios em miniatura, a partir da colecção de um morador. A Associação para o Jardim de Infância de Salir de Matos, que construiu um centro de dia junto à escola, está a utilizar esse edifício. Na mesma freguesia a associação São Portugal ocupa a escola Guisado e a dos Infantes é a sede da associação de caçadores. Em Vila Verde (A-dos-Francos) há um grupo de jovens que utiliza a escola para fazer anualmente uma festa e poderão em breve constituir uma associação. A Câmara das Caldas prefere ceder as escolas a estas entidades, em vez de as vender a particulares para habitação. "Há uma relação muito próxima das pessoas, porque foi nessas escolas onde estudaram", disse. Para Paulo Portas, é bom que se dêem novas utilizações aos edifícios das escolas desactivadas no país. Principalmente se forem cedidas a entidades que as utilizem para fins que traga movimento às aldeias. Na sua opinião, é preferível que sejam as câmaras municipais a decidirem o destino dos edifícios porque têm uma melhor percepção da realidade local. O dirigente partidário aceita que existam critérios para o encerramento destas escolas, desde que sejam razoáveis. "É preciso saber se há boas alternativas e com transportes", referiu. Por outro lado, não percebe como é que ao mesmo tempo se autorizam turmas com mais de 30 alunos nas outras escolas. "Isso já não é bom que aconteça", disse. Paulo Portas criticou também o facto de este ano ter havido muita precipitação no encerramento de escolas, sem que fosse feita uma preparação antecipada. Unidade de Saúde do Bairro (Óbidos) aconselha idosos Gazeta das Caldas / Pedro Antunes 15:18 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 A conjugação de esforços de alguns habitantes do Bairro da Senhora da Luz e das entidades locais possibilitou a criação de um serviço de apoio à saúde para os mais idosos. Todos os primeiros domingos de cada mês, entre as 10h30 e as 12h30, uma médica realiza rastreios gratuitos (medição de colesterol, glicemia, IMC e tensão arterial) à população daquele bairro, na sequência do projecto "Unidade de Saúde do Bairro", que funciona no Centro de Dia "Melhor Idade", instalado na antiga escola primária. Trata-se de uma parceria entre o Sport Clube do Bairro (SCB), a Associação Nacional de Animação e Educação (ANAE), e a Câmara de Óbidos, mas a ideia surgiu da boa vontade de um casal que habita no Bairro da Senhora da Luz - a médica Luísa Heleno e o professor Miguel Oliveira (também dirigente da ANAE) "Há muitos idosos com carências económicas e desempregados a habitar aqui no bairro, por isso quisemos implementar um serviço comunitário de saúde", explicou Miguel Oliveira. Segundo o também deputado independente eleito pelo PSD na Assembleia Municipal de Óbidos, após o fecho de várias empresas das Caldas, houve muitos moradores que ficaram desempregados. "Com a falência da Secla houve até famílias em que os dois membros do casal que perderam o emprego", referiu. Quem quiser pode contribuir para o projecto com algum donativo. As verbas angariadas servem para pagar algumas despesas, principalmente as tiras para a medição do colesterol e que são caras. Luísa Heleno é médica interna no Hospital das Caldas e quando se mudou para o bairro sentiu-se muito bem recebida. Natural de Leiria, ficou surpreendida com a forma como as pessoas se relacionam neste bairro. Embora não seja uma consulta médica, muitas vezes Luísa Heleno acaba por dar alguns conselhos importantes, nomeadamente ao nível dos hábitos alimentares e do exercício físico. "É importante fazer um despiste das pessoas que possam ter diabetes ou colesterol alto e não o sabem", afirmou. Quando detecta casos mais preocupantes, encaminha-os para o médico de família. Luís Osório, presidente do SCB, está muito orgulhoso com este projecto, que considera ser muito importante para a associação e para a comunidade. "Principalmente para os idosos, é muito bom que possamos ter este serviço aqui no bairro", disse. Com um atendimento máximo de 12 pessoas por cada domingo, a médica tem atendido em média 10 habitantes do bairro por mês. Caminhada pelos direitos dos idosos na Foz do Arelho Gazeta das Caldas / Marina Araújo 15:16 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 No próximo domingo, 3 de Outubro, vai realizar-se na Foz do Arelho a primeira caminhada "Por um Futuro Onde as Pessoas Idosas terão Direitos" em comemoração do Dia Internacional do Idoso. Esta iniciativa tem como objectivo virar as atenções para a problemática de ser idoso na sociedade actual e dos seus direitos. A organização - composta, entre outras entidades, pelas juntas de freguesia da Foz do Arelho e do Nadadouro e o Núcleo da Região Oeste da Amnistia Internacional - espera que esta caminhada atinja o seu objectivo sensibilizar para a aprovação da "Carta dos Direitos da Pessoa Idosa". Este documento procura relembrar a todos que as pessoas idosas são um espólio da riqueza cultural e humana dum país e que sem elas não haveria história para contar. Os participantes deverão concentrar-se às 9h30, junto ao Cais para que a partida aconteça às 10h00. O percurso inclui passagem pelo Penedo Furado, Escola de Vela e chegada junto ao Cais Ponta da Ardonha, prevista para as 11h30. Foz do Arelho recebe encontro internacional de estudantes angolanos Gazeta das Caldas / Pedro Antunes 15:14 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 A Inatel da Foz do Arelho vai receber, de 22 a 24 de Outubro, um encontro internacional de estudantes angolanos na diáspora. Organizado pela Associação de Estudantes Angolanos em Portugal, o encontro tem como objectivo a unificação destes alunos e é alusivo às festividades dos 35 anos de independência de Angola. Estão previstos para este encontro cerca de 250 delegados, entre governantes, diplomatas, deputados, académicos e estudantes, provenientes de Angola, Portugal, Espanha e Reino Unido. O certame tem como tema "Contributo dos Quadros Angolanos na Reconstrução Nacional de Angola" e prevê que os conferencistas debatam assuntos inerentes à actual situação do estudante angolano no estrangeiro, oportunidades de emprego e o contributo dos estudantes no processo de reconstrução do país. Serão também feitas análises de políticas de carácter unificador para as associações estudantis e troca de experiência, entre outros temas. Consta ainda da agenda de trabalho a realização de actividades desportivas e culturais, envolvendo estudantes e outros convidados. A associação tem realizado, com frequência, jornadas técnicas, científicas e académicas, bem como uma gala anual, na qual se distinguem as personalidades e instituições nacionais que mais se destacaram a actuarem no país ou no estrangeiro. A AEA-Portugal é uma organização apartidária. Existe há cerca de 19 anos e tem cerca de 2700 alunos associados. Pág. 1 de 20 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág.

Pág. 1 de 20 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág. Caldenses "viajaram" até S. Tomé e Príncipe pela Rua Claudina Chamiço Gazeta das Caldas / Fátima Ferreira 15:56 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Dezenas de pessoas reuniram-se na noite de sexta-feira, 24 de Setembro, no Museu do Ciclismo, para descobrirem mais sobre S. Tomé e Príncipe e também sobre Claudina Chamiço, uma filantropa do século XIX, que deixou obra nas Caldas da Rainha e naquele país africano de expressão portuguesa. O mote foi dado pelo livro de Mário Lino "Das Caldas da Rainha a S. Tomé e Príncipe" lançado naquele dia e, noite fora, não faltou a música, canções e o bom café de origem santomense. Hoje a festa continua com um jantar de calulu no restaurante Zé do Barrete. Foi ao som do hino de S. Tomé e Príncipe, seguido pelo hino de Portugal, que começou o evento, que incluiu a inauguração de uma exposição, patente no Museu do Ciclismo e a apresentação do livro de Mário Lino. O Orfeão Caldense - que ali ensaiava até passar, recentemente, para o Centro da Juventude -, juntou-se à festa, interpretando três temas do seu repertório. Pelas pareces do Museu do Ciclismo encontram-se expostos bilhetes-postais ampliados em grandes dimensões, fotografias, documentos e livros, que dão conta da realidade daquele país africano no início do século XIX, e uma maquete que tenta reproduzir uma roça santomense. Referindo-se à sua mais recente obra, Mário Lino disse tratar-se de um "trabalho um pouco ousado", uma vez que faz uma "viagem" das Caldas a S. Tomé sem sair da Rua Claudina Chamiço. Aliás, o autor disse mesmo que seria pouco provável visitar aquele país africano, confessando o seu medo em viajar de avião. Convidado a apresentar a obra, o director da Gazeta das Caldas, José Luís de Almeida e Silva, destacou a pro-actividade e originalidade do autor, que "já nos habituou a de uma coisa sem importância fazer um acontecimento". Na sua opinião, trata-se de um evento que vai motivar as pessoas a descobrir S. Tomé e uma oportunidade de juntar portugueses com santomenses. José Luís de Almeida e Silva deixou ainda o desejo que estas parcerias se transformem em geminações, dado que S. Tomé e Príncipe é um país que atravessa dificuldades e Caldas poderia contribuir com uma pequena ajuda para o desenvolvimento de uma cidade daquele país. "Só é pena que na cidade não existam muitos Mários Linos porque acho que as Caldas seria muito mais projectada", referiu o orador, acrescentando que o autor "merece o nosso reconhecimento". Também presente no evento, Célio Santiago, vereador da Câmara de Trindade (a segunda maior cidade de S. Tomé) informou os presentes que existe na Roça Monte Café, que era propriedade de Claudina Chamiço, desde o século XIX, uma rua com o nome Caldas da Rainha. O autarca santomense já elaborou um projecto para a recuperação daquela rua, que faz a ligação entre as cidades de Trindade e a capital, e agora pretende entregá-lo ao governo central, de modo a tentar obter um apoio. O vice-presidente da Câmara, Tinta Ferreira, destacou as várias iniciativas culturais que se realizam no Museu, que desta forma não fica confinado ao ciclismo. Acrescentou ainda que os eventos dinamizados por Mário Lino têm permitido fomentar amizades com várias cidades de Espanha, dando o exemplo de La Cososera, cujo alcaide também fez questão de marcar presença na passada sexta-feira. "Esta aproximação tem permitido conhecer o país irmão, mas também fazer com que muitas pessoas venham às Caldas", disse o autarca. Na opinião de Jorge Sobral, representante do Governo Civil de Leiria, Mário Lino tem a "capacidade de aproximar os povos e surpreender-nos a cada dia", pelo que quer continuar a contar com o seu trabalho em prol do distrito. Na apresentação que fez de Claudina Chamiço, Mário Lino disse que esta chegou a ser a senhora mais rica de Portugal no final do século XIX, e que tinha a faculdade de fazer o bem. "Preocupou-se acima de tudo com a lepra e a tuberculose", disse, dando os exemplos do Hospital de Santana, em Cascais, ou o balneário das Águas Santas, que mandou erigir de modo a ajudar os mais necessitados. Mário Lino procurou homenagear a vertente solidária de Claudina Chamiço dedicando o livro à Santa Casa da Misericórdia das Caldas, por aquela instituição ser a que mais se assemelha actualmente a esse espírito. A iniciativa, integrada também nas comemorações do I Centenário da República, contou também com o contributo da presidente do PH - Património Histórico e responsável local pelas comemorações, Isabel Xavier, que se referiu a Claudina Chamiço como alguém com "capacidade de intervenção". Isabel Xavier lembrou ainda que o Bairro da Ponte nasceu na altura da implantação da República e que em 1914 foram dados os nomes às suas ruas. No dia seguinte a festa transferiu-se para o Largo Frederico Pinto Basto (Bairro da Ponte), frente à Rua Claudina Chamiço, onde foi feita uma homenagem junto à placa toponímica. A Junta de Freguesia de Santo Onofre ofereceu o livro de Mário Lino às primeiras 10 pessoas que se apresentaram no largo trajadas à século XIX e depois houve música. À noite o café e a saúde estiveram em destaque numa conferência proferida pelos médicos Luís Pisco e António Figueiredo. O evento termina hoje à noite com um jantar de calulu (comida típica de S. Tomé) no restaurante Zé do Barrete. Petição pela Linha do Oeste vai ser entregue na Assembleia da República Gazeta das Caldas / Joana Fialho 15:54 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Está marcada para a próxima quarta-feira, dia 6 de Outubro, a entrega na Assembleia da República da petição "Pela requalificação e modernização da infra-estrutura e pela introdução de um serviço ferroviário de qualidade na Linha do Oeste". Pelas 10h30, conforme divulgou o Bloco de Esquerda, o presidente da Assembleia, Jaime Gama, deverá receber uma delegação de peticionários composta por uma dezena de membros da comissão promotora do documento, entre os quais o professor Moisés Espírito Santo e o engenheiro Henrique Neto, o presidente da distrital do PSD e da autarquia caldense, Fernando Costa. A eles dever-se-ão juntar os deputados eleitos à Assembleia da República pelo círculo de Leiria, Teresa Morais (PSD), Paulo Pedrosa (PS), Assunção Cristas (CDS-PP) e Heitor de Sousa (BE), sendo este último o mais empenhado em recolher as assinaturas necessárias para levar a missiva ao Parlamento. Na Internet foram recolhidas cerca de 2.210 assinaturas, às quais se juntam 2.500 recolhidas em diversas campanhas pelo Bloco de Esquerda. Desconhece-se quantas assinaturas terão, e se terão, sido recolhidas pelos outros partidos, aos quais Heitor de Sousa chegou muitas vezes a criticar o afastamento desta luta. Loja das Sopas encerrada no Vivaci das Caldas da Rainha deixa funcionárias surpresas Gazeta das Caldas / Carlos Cipriano 15:49 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 O Centro Comercial Vivaci encerrou subitamente a Loja das Sopas, localizado no 3º piso na zona de restauração, tendo os seguranças impedido as funcionárias daquela loja de aceder ao seu local de trabalho. A denúncia vem numa carta publicada esta semana no Correio dos Leitores, na qual as funcionárias demonstram a sua estupefacção por, de repente, chegarem ao trabalho e verem que este já não existe. As mesmas ficaram ainda indignadas por tal ter acontecido numa manhã de sábado, impedindo-as de actuar junto das autoridades competentes. Neste momento as quatro ex-empregadas da Loja das Sopas mantém-se no centro comercial a cumprir o horário de trabalho, à espera que a sua entidade patronal reabra o estabelecimento ou, então, lhes comunique a cessação do contrato. Uma fonte oficial da Starfoods, SA, que detém a marca Loja das Sopas e possui sede na Cruz Quebrada, disse à Gazeta das Caldas que a loja do Vivaci é um franchising explorado pela empresa Requinte das Sopas, Unipessoal, Lda. pelo que é alheia a este problema. Aquela marca possui meia centena de lojas deste tipo em Portugal, das quais 16 são próprias e 34 franchisadas. Por sua vez, o Centro Comercial Vivaci - que só presta declarações através da agência Central de Comunicação - respondeu a um mail do nosso jornal com um breve comunicado no qual confirma o fecho da loja e que transcrevemos na secção Correio dos Leitores. Gazeta das Caldas apurou que este encerramento se deveu a incumprimento do pagamento da renda por parte da empresa Requinte das Sopas, Unipessoal, Lda. que pertence a Paulo Assunção. Contactado pelo nosso jornal, este empresário disse que também ele ficou surpreso com o encerramento da loja, feito sem aviso prévio pois só na segunda-feira seguinte recebeu uma carta da FDO (empresa detentora do Vivaci) a comunicar que esta iria fechar. Uma afirmação que, contudo, não é corroborada pelas suas funcionárias que dizem ter este tido conhecimento antes de sábado por ter ido na véspera à loja buscar as chaves. Paulo Assunção reconhece que havia uma dívida - cujo montante não quis divulgar -, mas contou que propôs à FDO o seu pagamento integral para poder reabrir a Loja das Sopas, mas que a direcção do Vivaci recusou alegando que as negociações se encontravam encerradas. "Não percebo porquê porque se todos os problemas fossem rendas em atraso, o centro comercial já estava fechado. Toda a gente sabe que aquilo não está a correr bem", disse o empresário. A mesma fonte disse ainda que, apesar da loja ter sido encerrada, a empresa Requinte das Sopas - Unipessoal Lda. não fechou continuando a ser responsável pelas suas funcionárias. "Era fácil para mim mandar-lhes uma carta para receberem o subsídio de desemprego, mas a empresa não fechou. Alguém vai ter de lhes pagar os salários", disse Paulo Assunção referindo-se às funcionárias e assumindo o início de um processo litigioso com o Vivaci. A Loja das Sopas existia no centro comercial desde 2008 e, segundo o empresário, representou um investimento de 200 mil euros. Universidade Corporativa propõe doutoramentos em sectores tradicionais da região das Caldas da Rainha Gazeta das Caldas / Joana Fialho 15:45 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Foi com o objectivo de promover a especialização e a qualificação dos quadros das empresas da região que a Associação Industrial da Região Oeste (AIRO) e a Universidade Fernando Pessoa (UFP) assinaram no passado dia 22 de Setembro o protocolo que dá origem à Universidade Corporativa UFP/AIRO. Turismo - Marketing das Cidades, Termalismo/Saúde e Bem-Estar, Indústria Cerâmica e Indústria Alimentar são os programas de doutoramento que compõem a oferta formativa desta nova Universidade. As Universidades Corporativas não são novas, tendo a primeira sido criada em Portugal no início de 2007 pela UFP em parceria com Conselho Empresarial dos Vales de Lima e Minho. O conceito chega agora à Região Oeste com planos de formação "devidamente adaptados ao perfil dos destinatários e aos objectivos estratégicos e especificidades dos sectores de actividade onde se inserem os associados da AIRO", conforme se lê no protocolo. Na cerimónia de assinatura do protocolo, o reitor da UFP, Salvato trigo, afirmou que hoje, "o ensino é um bem de primeira necessidade e sem conhecimento não se sobrevive". É por isso, que a instituição que lidera se associou à AIRO para "construir projectos de formação verdadeiramente úteis". Garantindo que a UFP não vem competir com nenhuma entidade, mas apenas "acrescentar valor", o reitor defendeu que é preciso "descortinar formas de conhecimento que contribuam para a valorização das pessoas da região", tendo em conta os sectores mais tradicionais da região. Uma opinião partilhada por Ana Maria Pacheco, presidente da AIRO, que sublinhou o facto de que "as empresas são um viveiro de conhecimentos". E é neste contexto que, acredita, as universidades corporativas fazem sentido. Já no ano passado a AIRO tinha lançado os Cursos de Especialização Tecnológica. Num futuro próximo, acredita Almerindo Almeida, director da AIRO, deverão ser lançadas licenciaturas, mestrados e pós-graduações. O responsável crê que os primeiros cursos de doutoramento arrancarão ainda este ano e salienta que, apesar de esta ser uma iniciativa da AIRO, a Universidade Cooperativa foi pensada para todas as organizações e empresas da região. Como a mais-valia de um curso como estes, sublinha que "os doutoramentos aqui são feitos dentro das organizações e não em contexto meramente académico", pelo que uma parte do curso vai decorrer nas instalações da Universidade Fernando Pessoa e a outra vai consistir em trabalho académico e de investigação a desenvolver no terreno. A frequência dos doutoramentos na Universidade Corporativa UFP/AIRO serão, à partida, financiados através de bolsas da Fundação para a Ciência e Tecnologia a que os interessados ter-se-ão de candidatar. O restante deverá ser assegurado pelas empresas, garante o responsável, que não divulgou quanto custam os cursos. Todos os interessados devem dirigir-se à AIRO, que depois canalizará os processos para a UFP. O protocolo assinado na passada semana tem uma duração de três anos, após os quais a cooperação deve ser avaliada. Recorde-se que já há alguns anos foi lançado uma iniciativa similar para a formação doutoral pela Câmara e por uma universidade espanhola, intermediada com uma portuguesa, que viria a desaparecer, iniciativa que também não teve continuidade. Rede Leonardo defende esterilização de animais abandonados Gazeta das Caldas / Marina Araújo 15:42 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 Nos meses de Verão o número de animais abandonados aumenta porque estes ou estão demasiado grandes para serem levados de férias, ou porque os donos já não têm um local para os deixar durante os dias que vão passar fora. O problema é maior quando os animais procriam e o número volta a aumentar. Um grupo de amigas propôs-se encarar esta situação de frente e criou a Rede Leonardo destinada a prevenir a reprodução dos animais abandonados. Carla Soares e Fernanda Nazaré são voluntárias no canil municipal das Caldas e dizem que este é um projecto que procura evoluir para uma associação de defesa de animais abandonados. De momento a principal iniciativa é a sensibilização dos donos de animais e pessoas que venham a adoptá-los para procederem à esterilização. "As pessoas acabam por não adoptar os animais dos canis porque já têm uma cria que lhes foi dada por algum amigo", diz Carla Soares. "Há muitos animais e queremos fazer um controlo de população." Ela própria tem 17 animais abrigados em sua casa e a sua colega, Fernanda Nazaré, tem 30. A Rede Leonardo, que sobrevive do dinheiro vindo directamente do rendimento voluntárias, não esteriliza apenas os animais que já encontraram um lar ou que estão no canil. Tem um protocolo com veterinários das Caldas e de Torres Vedras, onde levam os animais para serem esterilizados. Têm ainda um asilo para gatas em recuperação. "O controlo dos animais de rua é um dever nosso, já que não há entidades que o façam. Não custa assim tanto esterelizar a gata da rua que passa a vida a ter crias.", diz Carla Soares. A Rede Leonardo é assim chamada em homenagem a Leonardo da Vinci, que proferiu as palavras que servem de lema para o grupo: "Haverá um dia, em que o homem conhecerá o íntimo dos animais. Neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade". Este grupo possui também um sítio no Facebook, onde colocam informações sobre animais desaparecidos, que estão no canil e prontos para a adopção, e ainda outros em risco de abate. No município caldense existe também - de forma mais organizada e com maior visibilidade - a Caldas da Rainha Associação Protectora dos Animais Abandonados (CRAPAA) que também se esforça para, segundo o seu site na Internet, "dar abrigo, alimento, cuidados veterinários e carinho" aos animais que possuem no seu canil até serem adoptados. A sua actividade mais conhecida é a campanha semanal (ao sábado) na rua das Montras (entre as 10h00 e as 14h00) onde as pessoas que ali passam podem adoptar animais, comprar pequenas lembranças ou simplesmente fazer um donativo para a associação. Pedalar 500 quilómetros pelo Caminho de Santiago desde as Caldas da Rainha Gazeta das Caldas / Marina Araújo, Carlos Cipriano 15:26 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 De Caldas da Rainha a Santiago de Compostela são 500 quilómetros, um percurso que em carro exige pouco mais de quatro horas. Três caldenses percorreram este caminho ancestral de bicicleta, numa viagem que levou apenas quatro dias. Um verdadeiro feito, sobretudo porque nenhum dos três tem propriamente 20 anos. Já o regresso, em comboio, pareceu demasiado longo devido aos transbordos e à dificuldade em transportar as bicicletas. A ideia surgiu numa conversa entre Álvaro Nogueira e Armando Silva, de 51 e 59 anos, entusiastas do cicloturismo, quando o segundo referiu que pensava ir um dia a Santiago de Compostela de bicicleta. Apesar de já ter adiado este projecto várias vezes, finalmente conseguiram combinar uma data, tendo-se-lhes juntado Afonso Vieira, de 71 anos. Os três partiram das Caldas da Rainha no dia 13 de Setembro. "No primeiro dia, foi de Caldas até Mira, o que dá 150 quilómetros, e dormimos em Mira no parque de campismo" relatou Armando Silva. "No segundo dia fomos até Vila do Conde, mas antes tivemos de parar no Porto para irmos buscar os nossos passaportes" relembrou Álvaro Nogueira. Os passaportes, ou credenciais, são obrigatórias para quem quer receber, quando chegar a Santiago, um certificado em latim de que percorreu o caminho e é um peregrino. Para isto é preciso que tenha vários carimbos que comprovem que a pessoa percorreu mais de 100 quilómetros a pé, ou mais de 200 de bicicleta ou a cavalo. Este passaporte também identifica a pessoa como um peregrino nos diferentes albergues, na Cruz Vermelha e nos serviços de apoio ao peregrino. Apoios, contudo, que não se revelaram necessários. "Nós fomos completamente auto-suficientes, sem carro de apoio nem nada. Levámos uma média de 15 quilos cada um nas bicicletas" disse Álvaro Nogueira, mas Armando Silva lembra que ele levou 27 quilos de bagagem. "Foi um erro, mas da primeira vez cometem-se erros e da próxima vez já sei." Ambos estão prontos para fazer o caminho outra vez, mas por um percurso diferente, pois existem vários, desde caminhos que partem da Rússia, ou mesmo ali do Porto. E garantem que da próxima vez que fizerem o caminho, será novamente de bicicleta e igualmente auto-suficientes. "É engraçado porque é a aventura e forma-se aquela equipa, com as pequenas zangas e alegrias" comentou Armando. Porém, ir de bicicleta até Santiago de Compostela é uma viagem que pode ser considerada perigosa. Apesar de existirem muitas estradas com ciclovia em Portugal, circularam durante a maior parte do caminho por estradas com carros. "As pessoas na Sportzone foram atenciosas e, em jeito de patrocínio, ofereceram-nos uns blusões reflectores, o que veio ajudar e dar-nos visibilidade na estrada" comentou Álvaro, que tratou desta parte logística. Hoje em dia os peregrinos não vão a Santiago de Compostela apenas por motivos religiosos. Mesmo assim os peregrinos experienciam as mesmas emoções de terem cumprido um objectivo e de se terem conseguido superar a eles mesmos, neste caso, percorrendo um longo caminho de bicicleta. "Quando chegamos lá parece que está tudo bem, que se acabou o cansaço" relatou Armando. "Mas a minha ideia era principalmente andar de bicicleta. Fui a Santiago como iria a Paris ou a Faro" acrescentou Álvaro. O caminho de regresso foi feito de comboio, tendo o grupo encontrando várias facilidades ao viajarem com as bicicletas em Espanha, cujos comboios já estavam preparados para receber este meio de transporte com segurança e funcionalidade. Já em Portugal, só era permitido andar com bicicletas nos comboios regionais. "Para chegarmos às Caldas tivemos de apanhar um comboio de Santiago para Vigo, de Vigo para o Porto, do Porto para Aveiro, daí para Coimbra, de Coimbra para a Figueira da Foz e finalmente daí para as Caldas", enumerou Armando. Todas estas viagens duraram 12 horas e para não falar de todo este tempo ainda surgiram contratempos. Por vezes, os comboios que estavam preparados para levar bicicletas eram substituídos por outros que não estavam, mas como os bilhetes já tinham sido vendidos, permitiam que eles entrassem no comboio. "Mas aí as bicicletas iam soltas, a incomodar os outros passageiros" criticou Álvaro. Finalmente em casa, admitem que desde que voltaram, vários amigos já estão interessados em juntar-se a eles na próxima viagem e Álvaro confessa que um dia "gostava de fazer esta viagem com um filho meu". O percurso é cansativo e é necessária muita preparação, tirar uns dias de férias para se poder efectuar esta viagem. O orçamento fica por volta dos 150 euros. Mas o passeio compensa e pode-se ter a sorte destes três ciclistas e conseguir uma viagem de ida em que nem sequer aconteceram aqueles contratempos quase normais - quedas e furos. A CP e as bicicletas Enquanto nos comboios espanhóis os três cicloturistas não só não tiveram quaisquer problemas para transportar as bicicletas como ainda tiveram um bónus por parte da Renfe, no percurso português, entre Valença do Minho e as Caldas da Rainha, a viagem transformou-se numa autêntica odisseia. Diga-se que já sem os veículos de duas rodas a acompanhar, este percurso sobre carris era difícil devido aos imensos transbordos com que a CP presenteia os sues passageiros. Mas pior ainda quando se trata de transportar as bicicletas que só podem circular em alguns comboios. Daí que do Minho ao Oeste a coisa demorasse 12 longas horas com mudança de composição no Porto, Aveiro, Coimbra e Figueira da foz. Pior: a CP é incapaz de vender um bilhete único com destino às Caldas da Rainha e os três passageiros foram saltitando, tirando o bilhete nas estações e muitas vezes com dificuldades porque os próprios ferroviários nas bilheteiras não sabiam se o material que efectuaria determinado comboio tinha ou não espaço para as bicicletas. Curiosamente, a CP tornou público na semana passada que uma das suas unidades de negócios - a CP Lisboa - foi distinguida com o Prémio Nacional de Mobilidade em Bicicleta pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (FPCUB). Esta federação galardoou a CP Lisboa pelo "esforço continuado de promoção da mobilidade sustentável" e por ter vindo a adoptar "sucessivas medidas para incentivar o uso da bicicleta, quer nas deslocações diárias quer ocasionais, na área da Grande Lisboa (Linhas de Sintra, Cascais, Azambuja e Sado)". Destas medidas, a FPCUB destaca a instalação de parques para bicicletas em 23 estações de comboios desta área, na sequência da oferta de transporte gratuito de bicicletas sem restrição de horário ou sentido em todas as suas linhas. Sede do da PSP inaugurada na Fanadia (Caldas da Rainha) por Paulo Portas Gazeta das Caldas / Pedro Antunes 15:21 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 A antiga escola primária da Fanadia, desactivada há três anos, foi transformada na sede do Motoclube dos Profissionais da PSP. Para a inauguração, a 25 de Setembro, foi convidado o presidente do CDS/PP, Paulo Portas, que teve direito ao seu nome na placa de inauguração. Na cerimónia estiveram presentes o vereador da Educação, Tinta Ferreira, e o presidente da Junta de São Gregório, Filipe Ernesto Sousa, para além de um grupo de 130 motards polícias que nesse dia participou num passeio organizado pela associação. Na sua maioria oriundos de Espanha, os polícias (e alguns bombeiros portugueses) partiram de manhã do hotel dos Serviços Sociais da PSP na Praia do Baleal e percorreram a região. O almoço teve lugar no pátio da antiga escola da Fanadia, altura em que foi inaugurada a nova sede do motoclube. Este clube foi criado em 1997, na sequência de um passeio de motociclistas da PSP a Peniche, e já teve a sua sede nas antigas instalações da Matel. Devido ao crescimento da delegação do Cenfim nas Caldas, a associação teve que sair daquele local. "Também nos agrada esta sede, mas precisamos de investir muito em obras e agora não temos verbas para isso", referiu Rogério Coelho, presidente do motoclube. Para já, apenas deram uma limpeza geral ao espaço para a inauguração. Rogério Coelho, que é da PSP das Caldas, pretende continuar a organizar eventos de âmbito nacional e internacional, nomeadamente passeios motards e acções de beneficência, entre outras actividades. O presidente da Junta de São Gregório comentou que "é melhor que o edifício esteja a ser útil do que ficar abandonada, mas o melhor é que nunca tivesse deixado de ser escola". O vereador da Educação explicou que estas escolas estão a ser encerradas por decisão do Ministério da Educação, principalmente por falta de alunos, mas que os edifícios estão a ser utilizados por outras entidades. No início do seu discurso, Tinta Ferreira assinalou que Paulo Portas já foi governante e que "será com certeza novamente, porque o futuro assim o permitirá". Paulo Portas não quis comentar este aparte do discurso do vereador do PSD e destacou que veio à cerimónia porque foi convidado por Manuel Isaac (vereador do seu partido na Câmara das Caldas) a quem teceu rasgados elogios. "É uma pessoa extraordinária e fez crescer muito este partido, ao nível das Caldas e do distrito de Leiria", disse. O líder dos centristas não perdeu a oportunidade para se declarar um grande apoiante das autoridades policiais portuguesas. "Sou o único líder partidário que desassombradamente apoia a polícia", declarou ao nosso jornal. "Indigna-me que o trabalho da polícia, que muitas vezes envolve risco de vida, seja desfeito nos tribunais porque os juízes aplicam leis que são disparatadas", afirmou. Isto porque acha que há leis que defendem mais nas garantias do delinquente do que na autoridade da polícia. "São leis que não pensam, como deviam pensar, na segurança das pessoas e na defesa das vítimas", considera. Antigas escolas primárias estão a ser utilizadas Segundo Tinta Ferreira, mais de metade dos edifícios das antigas escolas primárias que foram encerradas estão a ser utilizados. O objectivo é que as escolas sejam conservadas e utilizadas em actividades para o bem comum. Para isso, têm sido estabelecidos protocolos com diversas instituições. A escola das Bairradas está ocupada pela secção de cicloturismo do Grupo Desportivo do Landal. Na escola da sede dessa freguesia existe um museu escolar e a dos Rostos já foi solicitada pela associação local para desenvolver acções de formação. É também a associação local da Carrasqueira (Vidais) que está a dar uso ao antigo edifício escolar. Em Vila Nova funciona a sede da Associação de Caçadores de Alvorninha. Na Laranjeira, o espaço está a ser utilizado como armazém pela Junta de Freguesia. Para a dos Lobeiros existe também um pedido de utilização por parte da associação. Na freguesia de Santa Catarina, a escola do Casal do Bicho foi entregue à associação local e a do Casal da Coita também. No Casal das Freiras o edifício é a sede da Associação de Caçadores de Santa Catarina e Carvalhal Benfeito. Na Espinheira (Serra do Bouro) deverá ser instalado um museu de comboios em miniatura, a partir da colecção de um morador. A Associação para o Jardim de Infância de Salir de Matos, que construiu um centro de dia junto à escola, está a utilizar esse edifício. Na mesma freguesia a associação São Portugal ocupa a escola Guisado e a dos Infantes é a sede da associação de caçadores. Em Vila Verde (A-dos-Francos) há um grupo de jovens que utiliza a escola para fazer anualmente uma festa e poderão em breve constituir uma associação. A Câmara das Caldas prefere ceder as escolas a estas entidades, em vez de as vender a particulares para habitação. "Há uma relação muito próxima das pessoas, porque foi nessas escolas onde estudaram", disse. Para Paulo Portas, é bom que se dêem novas utilizações aos edifícios das escolas desactivadas no país. Principalmente se forem cedidas a entidades que as utilizem para fins que traga movimento às aldeias. Na sua opinião, é preferível que sejam as câmaras municipais a decidirem o destino dos edifícios porque têm uma melhor percepção da realidade local. O dirigente partidário aceita que existam critérios para o encerramento destas escolas, desde que sejam razoáveis. "É preciso saber se há boas alternativas e com transportes", referiu. Por outro lado, não percebe como é que ao mesmo tempo se autorizam turmas com mais de 30 alunos nas outras escolas. "Isso já não é bom que aconteça", disse. Paulo Portas criticou também o facto de este ano ter havido muita precipitação no encerramento de escolas, sem que fosse feita uma preparação antecipada. Unidade de Saúde do Bairro (Óbidos) aconselha idosos Gazeta das Caldas / Pedro Antunes 15:18 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 A conjugação de esforços de alguns habitantes do Bairro da Senhora da Luz e das entidades locais possibilitou a criação de um serviço de apoio à saúde para os mais idosos. Todos os primeiros domingos de cada mês, entre as 10h30 e as 12h30, uma médica realiza rastreios gratuitos (medição de colesterol, glicemia, IMC e tensão arterial) à população daquele bairro, na sequência do projecto "Unidade de Saúde do Bairro", que funciona no Centro de Dia "Melhor Idade", instalado na antiga escola primária. Trata-se de uma parceria entre o Sport Clube do Bairro (SCB), a Associação Nacional de Animação e Educação (ANAE), e a Câmara de Óbidos, mas a ideia surgiu da boa vontade de um casal que habita no Bairro da Senhora da Luz - a médica Luísa Heleno e o professor Miguel Oliveira (também dirigente da ANAE) "Há muitos idosos com carências económicas e desempregados a habitar aqui no bairro, por isso quisemos implementar um serviço comunitário de saúde", explicou Miguel Oliveira. Segundo o também deputado independente eleito pelo PSD na Assembleia Municipal de Óbidos, após o fecho de várias empresas das Caldas, houve muitos moradores que ficaram desempregados. "Com a falência da Secla houve até famílias em que os dois membros do casal que perderam o emprego", referiu. Quem quiser pode contribuir para o projecto com algum donativo. As verbas angariadas servem para pagar algumas despesas, principalmente as tiras para a medição do colesterol e que são caras. Luísa Heleno é médica interna no Hospital das Caldas e quando se mudou para o bairro sentiu-se muito bem recebida. Natural de Leiria, ficou surpreendida com a forma como as pessoas se relacionam neste bairro. Embora não seja uma consulta médica, muitas vezes Luísa Heleno acaba por dar alguns conselhos importantes, nomeadamente ao nível dos hábitos alimentares e do exercício físico. "É importante fazer um despiste das pessoas que possam ter diabetes ou colesterol alto e não o sabem", afirmou. Quando detecta casos mais preocupantes, encaminha-os para o médico de família. Luís Osório, presidente do SCB, está muito orgulhoso com este projecto, que considera ser muito importante para a associação e para a comunidade. "Principalmente para os idosos, é muito bom que possamos ter este serviço aqui no bairro", disse. Com um atendimento máximo de 12 pessoas por cada domingo, a médica tem atendido em média 10 habitantes do bairro por mês. Caminhada pelos direitos dos idosos na Foz do Arelho Gazeta das Caldas / Marina Araújo 15:16 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 No próximo domingo, 3 de Outubro, vai realizar-se na Foz do Arelho a primeira caminhada "Por um Futuro Onde as Pessoas Idosas terão Direitos" em comemoração do Dia Internacional do Idoso. Esta iniciativa tem como objectivo virar as atenções para a problemática de ser idoso na sociedade actual e dos seus direitos. A organização - composta, entre outras entidades, pelas juntas de freguesia da Foz do Arelho e do Nadadouro e o Núcleo da Região Oeste da Amnistia Internacional - espera que esta caminhada atinja o seu objectivo sensibilizar para a aprovação da "Carta dos Direitos da Pessoa Idosa". Este documento procura relembrar a todos que as pessoas idosas são um espólio da riqueza cultural e humana dum país e que sem elas não haveria história para contar. Os participantes deverão concentrar-se às 9h30, junto ao Cais para que a partida aconteça às 10h00. O percurso inclui passagem pelo Penedo Furado, Escola de Vela e chegada junto ao Cais Ponta da Ardonha, prevista para as 11h30. Foz do Arelho recebe encontro internacional de estudantes angolanos Gazeta das Caldas / Pedro Antunes 15:14 Sexta feira, 1 de Outubro de 2010 A Inatel da Foz do Arelho vai receber, de 22 a 24 de Outubro, um encontro internacional de estudantes angolanos na diáspora. Organizado pela Associação de Estudantes Angolanos em Portugal, o encontro tem como objectivo a unificação destes alunos e é alusivo às festividades dos 35 anos de independência de Angola. Estão previstos para este encontro cerca de 250 delegados, entre governantes, diplomatas, deputados, académicos e estudantes, provenientes de Angola, Portugal, Espanha e Reino Unido. O certame tem como tema "Contributo dos Quadros Angolanos na Reconstrução Nacional de Angola" e prevê que os conferencistas debatam assuntos inerentes à actual situação do estudante angolano no estrangeiro, oportunidades de emprego e o contributo dos estudantes no processo de reconstrução do país. Serão também feitas análises de políticas de carácter unificador para as associações estudantis e troca de experiência, entre outros temas. Consta ainda da agenda de trabalho a realização de actividades desportivas e culturais, envolvendo estudantes e outros convidados. A associação tem realizado, com frequência, jornadas técnicas, científicas e académicas, bem como uma gala anual, na qual se distinguem as personalidades e instituições nacionais que mais se destacaram a actuarem no país ou no estrangeiro. A AEA-Portugal é uma organização apartidária. Existe há cerca de 19 anos e tem cerca de 2700 alunos associados. Pág. 1 de 20 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | ... » Ver 10, 20, 50 resultados por pág.

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