Foi lançada em Leiria, esta semana, uma petição por um serviço ferroviário de qualidade na Linha do Oeste que conta já com o apoio de deputados, professores, autarcas e empresários do distrito.
"A linha ferroviária do Oeste corre o risco de
desaparecer", é o alerta que não sendo novo, move a iniciativa cidadã da
petição lançada em Leiria, na passada terça-feira, dia 26
Os promotores da petição dizem-se preocupados com o estado
em que a ferrovia se encontra e a petição conta já com o apoio de personalidades
conhecidas de vários quadrantes políticos do distrito, deputados parlamentares,
professores, autarcas e empresários. No documento queixam-se que "a Linha
do Oeste nunca se modernizou e a CP tem vindo a reduzir serviços, a pretexto da
sua fraca utilização".
A petição é apoiada pelo Bloco de Esquerda cujo deputado Heitor
de Sousa integra a lista de promotores a par de outros deputados eleitos à
Assembleia da República pelo círculo de Leiria, como Assunção Cristas (CDS-PP),
Teresa Morais (PSD) e Paulo Pedrosa (PS).
Entre os promotores estão também o presidente do Turismo
Leiria-Fátima, o presidente da Comunidade Intermunicipal de Pinhal Litoral e da
Câmara da Batalha, António Lucas (vice-presidente da Comunidade Intermunicipal
do Oeste), o presidente da autarquia de Alcobaça, Paulo Inácio, e o presidente
da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa. Vários professores de pontos
distintos do distrito de Leiria, advogados, médicos e deputados municipais
compõem também a lista de cerca de meia centena de promotores.
O convite à assinatura da petição foi também alargado a representantes
da CDU no distrito mas este foi negado, tal como foi recusado o convite feito a
José Fernandes (Coordenador da União Sindicatos de Leiria).
Entre os principais problemas da infra-estrutura a petição
aponta a degradação constante dos padrões da oferta, limitando a frequência a
dois comboios/dia, o que, consideram os promotores, "apenas tem
contribuído para tornar esta linha cada vez mais obsoleta para passageiros, sendo
apenas absolutamente residual nas mercadorias".
Preocupados, também, com o impacto ambiental, nomeadamente
com as emissões de gases com efeito de estufa por parte dos outros transportes,
o grupo defende que "é inaceitável que se assista, silenciosamente, ao
estrangulamento de uma linha ferroviária, que poderia e deveria ser uma
alternativa às várias opções rodoviárias de qualidade, que as actuais
auto-estradas A1 e A8 constituem".
Em suma, a petição clama pela requalificação da
infra-estrutura, o que passa pela duplicação, electrificação e correcção de
traçado, visando, no futuro, a circulação de comboios rápidos, inter-cidades,
de passageiros e um serviço de mercadorias eficiente.
O aumento da qualidade do serviço, "com adequados
níveis de frequência e conforto" é outra intenção dos promotores, que
reclamam a garantia de que "pelo menos entre Lisboa-Leiria, o tempo de
viagem (directa) não ultrapasse os 70 minutos", a uma velocidade média de
113 km/h. Por fim, pede-se "um serviço de transporte regular para as
cidades, nomeadamente, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Óbidos, Alcobaça,
Marinha Grande, Leiria, Figueira da Foz".
Segundo o Gazeta das Caldas, o professor universitário
Moisés Espírito Santo também esteve no lançamento da petição e destacou a
importância de uma iniciativa como esta numa altura em que há tanta preocupação
com os transportes ecológicos. Para o professor "o comboio é o transporte
do futuro" e a Linha do Oeste tem uma importância acrescida porque
"serve cidades prósperas".
A petição vai estar pelas ruas da região na próxima semana e disponível para
ser assinada na Internet. O objectivo é recolher um mínimo de quatro mil
assinaturas, de forma a que o documento seja incluído na discussão do OE’2010
na Assembleia da República.
Ler e assinar a petição.
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Foi lançada em Leiria, esta semana, uma petição por um serviço ferroviário de qualidade na Linha do Oeste que conta já com o apoio de deputados, professores, autarcas e empresários do distrito.
"A linha ferroviária do Oeste corre o risco de
desaparecer", é o alerta que não sendo novo, move a iniciativa cidadã da
petição lançada em Leiria, na passada terça-feira, dia 26
Os promotores da petição dizem-se preocupados com o estado
em que a ferrovia se encontra e a petição conta já com o apoio de personalidades
conhecidas de vários quadrantes políticos do distrito, deputados parlamentares,
professores, autarcas e empresários. No documento queixam-se que "a Linha
do Oeste nunca se modernizou e a CP tem vindo a reduzir serviços, a pretexto da
sua fraca utilização".
A petição é apoiada pelo Bloco de Esquerda cujo deputado Heitor
de Sousa integra a lista de promotores a par de outros deputados eleitos à
Assembleia da República pelo círculo de Leiria, como Assunção Cristas (CDS-PP),
Teresa Morais (PSD) e Paulo Pedrosa (PS).
Entre os promotores estão também o presidente do Turismo
Leiria-Fátima, o presidente da Comunidade Intermunicipal de Pinhal Litoral e da
Câmara da Batalha, António Lucas (vice-presidente da Comunidade Intermunicipal
do Oeste), o presidente da autarquia de Alcobaça, Paulo Inácio, e o presidente
da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa. Vários professores de pontos
distintos do distrito de Leiria, advogados, médicos e deputados municipais
compõem também a lista de cerca de meia centena de promotores.
O convite à assinatura da petição foi também alargado a representantes
da CDU no distrito mas este foi negado, tal como foi recusado o convite feito a
José Fernandes (Coordenador da União Sindicatos de Leiria).
Entre os principais problemas da infra-estrutura a petição
aponta a degradação constante dos padrões da oferta, limitando a frequência a
dois comboios/dia, o que, consideram os promotores, "apenas tem
contribuído para tornar esta linha cada vez mais obsoleta para passageiros, sendo
apenas absolutamente residual nas mercadorias".
Preocupados, também, com o impacto ambiental, nomeadamente
com as emissões de gases com efeito de estufa por parte dos outros transportes,
o grupo defende que "é inaceitável que se assista, silenciosamente, ao
estrangulamento de uma linha ferroviária, que poderia e deveria ser uma
alternativa às várias opções rodoviárias de qualidade, que as actuais
auto-estradas A1 e A8 constituem".
Em suma, a petição clama pela requalificação da
infra-estrutura, o que passa pela duplicação, electrificação e correcção de
traçado, visando, no futuro, a circulação de comboios rápidos, inter-cidades,
de passageiros e um serviço de mercadorias eficiente.
O aumento da qualidade do serviço, "com adequados
níveis de frequência e conforto" é outra intenção dos promotores, que
reclamam a garantia de que "pelo menos entre Lisboa-Leiria, o tempo de
viagem (directa) não ultrapasse os 70 minutos", a uma velocidade média de
113 km/h. Por fim, pede-se "um serviço de transporte regular para as
cidades, nomeadamente, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Óbidos, Alcobaça,
Marinha Grande, Leiria, Figueira da Foz".
Segundo o Gazeta das Caldas, o professor universitário
Moisés Espírito Santo também esteve no lançamento da petição e destacou a
importância de uma iniciativa como esta numa altura em que há tanta preocupação
com os transportes ecológicos. Para o professor "o comboio é o transporte
do futuro" e a Linha do Oeste tem uma importância acrescida porque
"serve cidades prósperas".
A petição vai estar pelas ruas da região na próxima semana e disponível para
ser assinada na Internet. O objectivo é recolher um mínimo de quatro mil
assinaturas, de forma a que o documento seja incluído na discussão do OE’2010
na Assembleia da República.
Ler e assinar a petição.