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15-07-2010
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A deputada do CDS-PP Assunção Cristas acusou hoje o primeiro ministro de "tapar o sol com a peneira" ao transmitir pouco "realismo" sobre a economia nacional na entrevista concedida ao "Financial Times" .

"Para fora é bom darmos uma visão, claro, de empenho e de algum otimismo, mas também é bom dar uma visão muito realista", afirmou Assunção Cristas à Lusa.

A deputada democrata cristã argumentou que o que se sabe sobre a economia portuguesa, "os mercados também sabem e sabem muito bem".

"Querer, de alguma forma, tapar o sol com a peneira, pode não ser a melhor receita para convencer os mercados do nosso empenho, da nossa determinação e do nosso bom caminho", sustentou.

José Sócrates "omitiu a parte menos boa"

De acordo com Assunção Cristas, José Sócrates "omitiu a parte menos boa, centrou-se na execução do primeiro trimestre de 2010, mas esqueceu-se de falar das suas próprias projeções para 2011, que são projeções graves,

preocupantes, ao nível do crescimento económico".

Referindo-se às projeções do relatório de orientação da política orçamental e do Banco de Portugal, Assunção Cristas sublinhou que um crescimento entre 0,2 e 0,5 por cento "não é crescimento económico que se veja" e, sobretudo, está "em divergência com a Europa".

"Enquanto que até aqui o senhor primeiro ministro se escudava com a Europa, dizendo até que estávamos a fazer melhor, as previsões para a União Europeia são de crescimento sustentado e para Portugal, em 2010 são números mais animadores do que inicialmente esperado, mas o que se prevê são números piores ao nível do crescimento económico", afirmou.

Para a deputada do CDS, isto significa que "as medidas de austeridade, nomeadamente o aumento de impostos, conduzem à recessão económica" e que o objetivo do PEC II, de "dar confiança e acalmar os mercados" não foi alcançado, dada a baixa de rating por parte da agência Moody's.

Primeiro ministro confiante

Em declarações a um suplemento especial sobre Portugal que o "Financial Times" publicou hoje, o primeiro ministro revelou-se confiante no futuro, sustentando que nenhum país procedeu a mais reformas nos últimos cinco anos e que as medidas de austeridade surtirão bom efeito.

O chefe do Executivo congratulou-se com os cortes na Administração Pública, referindo-se à redução de 73.000 funcionários (10 por cento) entre 2005 e 2009.

"Desafio qualquer pessoa a mostrar-me um país que tenha sido mais reformista nos últimos cinco anos", afirmou José Sócrates, reconhecendo, todavia, que Portugal ainda não está acima da média europeia em termos de padrão de vida e de competitividade.

A deputada do CDS-PP Assunção Cristas acusou hoje o primeiro ministro de "tapar o sol com a peneira" ao transmitir pouco "realismo" sobre a economia nacional na entrevista concedida ao "Financial Times" .

"Para fora é bom darmos uma visão, claro, de empenho e de algum otimismo, mas também é bom dar uma visão muito realista", afirmou Assunção Cristas à Lusa.

A deputada democrata cristã argumentou que o que se sabe sobre a economia portuguesa, "os mercados também sabem e sabem muito bem".

"Querer, de alguma forma, tapar o sol com a peneira, pode não ser a melhor receita para convencer os mercados do nosso empenho, da nossa determinação e do nosso bom caminho", sustentou.

José Sócrates "omitiu a parte menos boa"

De acordo com Assunção Cristas, José Sócrates "omitiu a parte menos boa, centrou-se na execução do primeiro trimestre de 2010, mas esqueceu-se de falar das suas próprias projeções para 2011, que são projeções graves,

preocupantes, ao nível do crescimento económico".

Referindo-se às projeções do relatório de orientação da política orçamental e do Banco de Portugal, Assunção Cristas sublinhou que um crescimento entre 0,2 e 0,5 por cento "não é crescimento económico que se veja" e, sobretudo, está "em divergência com a Europa".

"Enquanto que até aqui o senhor primeiro ministro se escudava com a Europa, dizendo até que estávamos a fazer melhor, as previsões para a União Europeia são de crescimento sustentado e para Portugal, em 2010 são números mais animadores do que inicialmente esperado, mas o que se prevê são números piores ao nível do crescimento económico", afirmou.

Para a deputada do CDS, isto significa que "as medidas de austeridade, nomeadamente o aumento de impostos, conduzem à recessão económica" e que o objetivo do PEC II, de "dar confiança e acalmar os mercados" não foi alcançado, dada a baixa de rating por parte da agência Moody's.

Primeiro ministro confiante

Em declarações a um suplemento especial sobre Portugal que o "Financial Times" publicou hoje, o primeiro ministro revelou-se confiante no futuro, sustentando que nenhum país procedeu a mais reformas nos últimos cinco anos e que as medidas de austeridade surtirão bom efeito.

O chefe do Executivo congratulou-se com os cortes na Administração Pública, referindo-se à redução de 73.000 funcionários (10 por cento) entre 2005 e 2009.

"Desafio qualquer pessoa a mostrar-me um país que tenha sido mais reformista nos últimos cinco anos", afirmou José Sócrates, reconhecendo, todavia, que Portugal ainda não está acima da média europeia em termos de padrão de vida e de competitividade.

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