hermesnews: PSD convida Pacheco Pereira para liderar Aveiro

19-12-2009
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A hipótese de Pedro Passos Coelho ficar fora das listas é cada vez mais fortepor Carlos Madeira in i onlineHoje fica tudo decidido no PSD. Quando começar a reunião magna do conselho nacional do partido, ao fim da tarde, a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, pretende apresentar um nome de peso para as listas de candidatos a deputados à Assembleia da República: Pacheco Pereira. O convite da direcção nacional já chegou ao destinatário. Falta saber se o historiador e comentador televisivo aceita liderar a lista do PSD por Aveiro.Na lógica da renovação que Manuela Ferreira Leite pretende impôr nas listas, há nomes que correm o risco da exclusão. O nome de Pedro Passos Coelho está no topo. Fontes da direcção nacional do PSD garantiram ao i que a decisão será tomada hoje, mas a maioria prefere não incluir Passos Coelho no lote apesar da forte insistência de Vila Real.A constituição das listas está concentrada em Manuela Ferreira Leite, José Pedro Aguiar--Branco e Luis Marques Guedes. Mas as federações distritais terão ainda uma palavra a dizer sobre o assunto. Nem todas as federações cumpriram a orientação de Manuela Ferreira Leite, que pediu às estruturas locais para proporem uma lista de nomes segundo dois critérios: primeiro renovação, depois competência - e por ordem alfabética.A distrital de Lisboa - tradicionalmente mais permeável às decisões impostas pela direcção nacional - apresentou uma sugestão de nomes ignorando a dita ordem. A distrital do Porto assumiu uma posição de força e, apesar de seguir a lógica da renovação, ordenou os seus candidatos por ordem de importância política. Nas federações distritais que apoiaram Passos Coelho na corrida à liderança do partido, como Leiria e Santarém, a expectativa é elevada. Santarém escolheu o antigo ministro Miguel Relvas para liderar a lista de candidatos do distrito e, segundo fontes do partido, é provável que a direcção aceite a sugestão.Onde haverá renovação certa será nas federações de Viana do Castelo, Aveiro e Braga, diz uma fonte do partido. A estratégia da direcção nacional consistiu em adiar para o conselho nacional as decisões mais importantes. Manuela Ferreira Leite prepara há duas semanas os nomes para as listas mas, até agora, não entrou em negociações com nenhuma distrital. "Não está obrigada a aceitar os nomes propostos", disse ao i Sofia Galvão, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD. "Não é que se passasse algo de mal [no PSD] mas a ideia é que pode passar-se melhor", acrescenta.A actual bancada parlamentar do PSD foi formada à imagem Pedro Santana Lopes no poder. E a actual direcção pretende constituir um grupo da sua confiança política na próxima legislatura. Em todo o caso, leais santanistas como Rui Gomes da Silva e Pedro Pinto devem ser incluídos nas listas.A grande novidade no PSD, que decorre da lei da paridade, surgirá no número de mulheres candidatas ao Parlamento. Na última legislatura, o PSD estava muito atrás do PS: 9,3% contra 43% de deputadas socialistas. Mas nem todos os deputados concordam com este processo. Montalvão Machado, vice-presidente da bancada parlamentar, diz ao i que "a lei da paridade é uma subversão do sistema. As mulheres não precisam de uma lei para ascender a cargos políticos. Com o tempo, o sistema encarregar-se-ia de vir a corrigir a desigualdade que existe. Basta prestarmos atenção ao que aconteceu nas faculdades." O deputado Agostinho Branquinho não acha "saudável" esta lei. E Zita Seabra, também deputada do PSD, votou contra o diploma. Mas o facto é que a inclusão das mulheres no PSD, forçada ou não, começa a fazer o seu caminho no quadro da estratégia da renovação.Em algumas das distritais, os novos nomes ultrapassam os 50%. Em Faro, por exemplo "apenas três dos 13 nomes estavam na lista anterior", disse ao i o presidente da distrital Mendes Bota. E, desses 13, quatro são mulheres. A renovação rondará os 80% no Porto, distrito encabeçado por José Pedro Aguiar--Branco, vice-presidente do PSD. O Porto já apresentou a sua lista: Jorge Costa, Agostinho Branquinho, Miguel Santos e Sérgio Vieira. Ficaram de fora Montalvão Machado, Pedro Duarte, Jorge Neto, Miguel Pignateli Queirós, José Raul dos Santos e Ana Zita, entre outros. Mas ao que o i apurou podem ser impostos pela direcção nacional alguns nomes, por exemplo, o de Montalvão Machado.Ferreira Leite será a cabeça-de-lista pela capital, um desejo manifestado pelo presidente Carlos Carreiras. Nuno Morais Sarmento, Luís Marques Guedes, Sofia Galvão, Susana Toscano, Pedro Lynce e Pedro Afonso Paulo são os outros nomes que constam na lista por Lisboa. António Silva Preto, o homem que montou a campanha de Ferreira Leite para as directas, poderá entrar na listas por imposição da líder.Paulo Rangel fez uma avaliação dos deputados nesta legislatura e relatou-o em conversas à líder do partido. A assiduidade, os deputados mais activos, com mais requerimentos e perguntas ao governo e mais propostas são alguns dos aspectos tidos em conta, para o bem e para o mal, por Ferreira Leite.


A hipótese de Pedro Passos Coelho ficar fora das listas é cada vez mais fortepor Carlos Madeira in i onlineHoje fica tudo decidido no PSD. Quando começar a reunião magna do conselho nacional do partido, ao fim da tarde, a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, pretende apresentar um nome de peso para as listas de candidatos a deputados à Assembleia da República: Pacheco Pereira. O convite da direcção nacional já chegou ao destinatário. Falta saber se o historiador e comentador televisivo aceita liderar a lista do PSD por Aveiro.Na lógica da renovação que Manuela Ferreira Leite pretende impôr nas listas, há nomes que correm o risco da exclusão. O nome de Pedro Passos Coelho está no topo. Fontes da direcção nacional do PSD garantiram ao i que a decisão será tomada hoje, mas a maioria prefere não incluir Passos Coelho no lote apesar da forte insistência de Vila Real.A constituição das listas está concentrada em Manuela Ferreira Leite, José Pedro Aguiar--Branco e Luis Marques Guedes. Mas as federações distritais terão ainda uma palavra a dizer sobre o assunto. Nem todas as federações cumpriram a orientação de Manuela Ferreira Leite, que pediu às estruturas locais para proporem uma lista de nomes segundo dois critérios: primeiro renovação, depois competência - e por ordem alfabética.A distrital de Lisboa - tradicionalmente mais permeável às decisões impostas pela direcção nacional - apresentou uma sugestão de nomes ignorando a dita ordem. A distrital do Porto assumiu uma posição de força e, apesar de seguir a lógica da renovação, ordenou os seus candidatos por ordem de importância política. Nas federações distritais que apoiaram Passos Coelho na corrida à liderança do partido, como Leiria e Santarém, a expectativa é elevada. Santarém escolheu o antigo ministro Miguel Relvas para liderar a lista de candidatos do distrito e, segundo fontes do partido, é provável que a direcção aceite a sugestão.Onde haverá renovação certa será nas federações de Viana do Castelo, Aveiro e Braga, diz uma fonte do partido. A estratégia da direcção nacional consistiu em adiar para o conselho nacional as decisões mais importantes. Manuela Ferreira Leite prepara há duas semanas os nomes para as listas mas, até agora, não entrou em negociações com nenhuma distrital. "Não está obrigada a aceitar os nomes propostos", disse ao i Sofia Galvão, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD. "Não é que se passasse algo de mal [no PSD] mas a ideia é que pode passar-se melhor", acrescenta.A actual bancada parlamentar do PSD foi formada à imagem Pedro Santana Lopes no poder. E a actual direcção pretende constituir um grupo da sua confiança política na próxima legislatura. Em todo o caso, leais santanistas como Rui Gomes da Silva e Pedro Pinto devem ser incluídos nas listas.A grande novidade no PSD, que decorre da lei da paridade, surgirá no número de mulheres candidatas ao Parlamento. Na última legislatura, o PSD estava muito atrás do PS: 9,3% contra 43% de deputadas socialistas. Mas nem todos os deputados concordam com este processo. Montalvão Machado, vice-presidente da bancada parlamentar, diz ao i que "a lei da paridade é uma subversão do sistema. As mulheres não precisam de uma lei para ascender a cargos políticos. Com o tempo, o sistema encarregar-se-ia de vir a corrigir a desigualdade que existe. Basta prestarmos atenção ao que aconteceu nas faculdades." O deputado Agostinho Branquinho não acha "saudável" esta lei. E Zita Seabra, também deputada do PSD, votou contra o diploma. Mas o facto é que a inclusão das mulheres no PSD, forçada ou não, começa a fazer o seu caminho no quadro da estratégia da renovação.Em algumas das distritais, os novos nomes ultrapassam os 50%. Em Faro, por exemplo "apenas três dos 13 nomes estavam na lista anterior", disse ao i o presidente da distrital Mendes Bota. E, desses 13, quatro são mulheres. A renovação rondará os 80% no Porto, distrito encabeçado por José Pedro Aguiar--Branco, vice-presidente do PSD. O Porto já apresentou a sua lista: Jorge Costa, Agostinho Branquinho, Miguel Santos e Sérgio Vieira. Ficaram de fora Montalvão Machado, Pedro Duarte, Jorge Neto, Miguel Pignateli Queirós, José Raul dos Santos e Ana Zita, entre outros. Mas ao que o i apurou podem ser impostos pela direcção nacional alguns nomes, por exemplo, o de Montalvão Machado.Ferreira Leite será a cabeça-de-lista pela capital, um desejo manifestado pelo presidente Carlos Carreiras. Nuno Morais Sarmento, Luís Marques Guedes, Sofia Galvão, Susana Toscano, Pedro Lynce e Pedro Afonso Paulo são os outros nomes que constam na lista por Lisboa. António Silva Preto, o homem que montou a campanha de Ferreira Leite para as directas, poderá entrar na listas por imposição da líder.Paulo Rangel fez uma avaliação dos deputados nesta legislatura e relatou-o em conversas à líder do partido. A assiduidade, os deputados mais activos, com mais requerimentos e perguntas ao governo e mais propostas são alguns dos aspectos tidos em conta, para o bem e para o mal, por Ferreira Leite.

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