A União Europeia (UE) prepara-se alargar a todas as companhias de transportes aéreos de Angola a proibição de voar na Europa que até agora apenas incluía a TAAG. O que estará a motivar esta estratégia europeia?O Comité de Segurança Aérea da UE, reunido de segunda a quarta-feira na capital belga, concordou com a proposta da Comissão Europeia de adicionar à "lista negra" de transportadoras proibidas de voar na Europa todas as empresas angolanas que ainda não fazem parte dessa lista.O comissário Europeu responsável pelo Transporte Antonio Tajani vai notificar hoje o Parlamento Europeu da posição assumida pelos especialistas europeus e esta instituição deverá dar o seu parecer antes da medida entrar em vigor "nas próximas semanas".A mesma fonte explicou que o executivo comunitário concluiu que os problemas de segurança detectados na TAAG ainda não foram corrigidos e que são comuns a todas as empresas de transportes aéreos de Angola.Segundo fonte do Eurocontrol, a organização europeia responsável pela segurança aérea no espaço dos 27, a transportadora angolana SonAir é a que mais voos realiza para o espaço europeu. Trata-se de voos "não regulares", principalmente relacionados com a deslocação de pessoas e entidades públicas à Europa.Na lista de empresas de transporte aéreo angolanas, que na sua maior parte apenas realizam voos locais no país ou regionais em África, fazem parte a Aeronáutica, Aero Tropical, Air 26, Air Gemini, Alada, Angola Air Charter, Diexim Expresso, Planar, SAL e Transafrik International.Em 4 de Julho de 2007, Bruxelas anunciou a inclusão da TAAG na lista negra das empresas interditas de operar na Europa, por motivos de falta de segurança, depois de o Comité de Segurança Aéreo, uma semana antes, ter aprovado por unanimidade uma decisão nesse sentido.O processo relativo à TAAG remonta a Abril de 2006, tendo sido a França a detectar "sérias deficiências" ao nível de segurança na frota da transportadora angolana.A "lista negra" da Comissão Europeia inclui cerca de uma centena de companhias aéreas proibidas de voar no espaço europeu por não aplicarem as normas de segurança e constituírem um perigo para os passageiros.A lista é elaborada com base em contribuições nacionais dos Estados-membros, que comunicam a Bruxelas quais as companhias com eventuais problemas.A Comissão Europeia tinha decidido a 11 de Abril último manter a TAAG na "lista negra", considerando que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança"."A decisão tem em conta os esforços envidados pela companhia aérea e pelas autoridades angolanas", reconheceu a Comissão Europeia na altura, num comunicado divulgado em Bruxelas, acrescentando, no entanto, que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança que ambas as entidades deverão corrigir para que a TAAG possa ser retirada da lista".A "lista negra" das companhias de aviação proibidas de operar no espaço aéreo dos 27 é actualizada trimestralmente.
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A União Europeia (UE) prepara-se alargar a todas as companhias de transportes aéreos de Angola a proibição de voar na Europa que até agora apenas incluía a TAAG. O que estará a motivar esta estratégia europeia?O Comité de Segurança Aérea da UE, reunido de segunda a quarta-feira na capital belga, concordou com a proposta da Comissão Europeia de adicionar à "lista negra" de transportadoras proibidas de voar na Europa todas as empresas angolanas que ainda não fazem parte dessa lista.O comissário Europeu responsável pelo Transporte Antonio Tajani vai notificar hoje o Parlamento Europeu da posição assumida pelos especialistas europeus e esta instituição deverá dar o seu parecer antes da medida entrar em vigor "nas próximas semanas".A mesma fonte explicou que o executivo comunitário concluiu que os problemas de segurança detectados na TAAG ainda não foram corrigidos e que são comuns a todas as empresas de transportes aéreos de Angola.Segundo fonte do Eurocontrol, a organização europeia responsável pela segurança aérea no espaço dos 27, a transportadora angolana SonAir é a que mais voos realiza para o espaço europeu. Trata-se de voos "não regulares", principalmente relacionados com a deslocação de pessoas e entidades públicas à Europa.Na lista de empresas de transporte aéreo angolanas, que na sua maior parte apenas realizam voos locais no país ou regionais em África, fazem parte a Aeronáutica, Aero Tropical, Air 26, Air Gemini, Alada, Angola Air Charter, Diexim Expresso, Planar, SAL e Transafrik International.Em 4 de Julho de 2007, Bruxelas anunciou a inclusão da TAAG na lista negra das empresas interditas de operar na Europa, por motivos de falta de segurança, depois de o Comité de Segurança Aéreo, uma semana antes, ter aprovado por unanimidade uma decisão nesse sentido.O processo relativo à TAAG remonta a Abril de 2006, tendo sido a França a detectar "sérias deficiências" ao nível de segurança na frota da transportadora angolana.A "lista negra" da Comissão Europeia inclui cerca de uma centena de companhias aéreas proibidas de voar no espaço europeu por não aplicarem as normas de segurança e constituírem um perigo para os passageiros.A lista é elaborada com base em contribuições nacionais dos Estados-membros, que comunicam a Bruxelas quais as companhias com eventuais problemas.A Comissão Europeia tinha decidido a 11 de Abril último manter a TAAG na "lista negra", considerando que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança"."A decisão tem em conta os esforços envidados pela companhia aérea e pelas autoridades angolanas", reconheceu a Comissão Europeia na altura, num comunicado divulgado em Bruxelas, acrescentando, no entanto, que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança que ambas as entidades deverão corrigir para que a TAAG possa ser retirada da lista".A "lista negra" das companhias de aviação proibidas de operar no espaço aéreo dos 27 é actualizada trimestralmente.