Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: China queixa-se dos Estados Unidos junto da OMC

31-05-2010
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Guerra da exportação de pneus15.09.2009 - 08h29Por Ana Rita FariaPequim apresentou ontem uma queixa oficial contra os Estados Unidos junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), considerando abusiva a imposição por parte de Washington de direitos aduaneiros adicionais sobre as importações de pneus.A agravar a relação entre os dois países, o Ministério do Comércio chinês avançou com inquéritos para apurar se existem práticas de dumping (exportação de bens a um preço inferior ao custo de produção ou ao preço a que são vendidos no mercado nacional) ou de atribuição de subsídios à produção de galinha e de produtos automóveis. Para a China, as “práticas de comércio injusto” dos EUA estão a deitar por terrra o compromisso de evitar o proteccionismo firmado entre as 20 nações industrializadas e emergentes. Uma questão que deverá aquecer os próximos encontros diplomáticos entre o país asiático e os EUA: a cimeira do G20 e a primeira visita oficial do presidente Barack Obama à China, em Novembro.O novo cavalo-de-batalha entre os dois gigantes do comércio internacional rebentou na sexta-feira passada, quando Obama, cedendo a pressões para reduzir as importações chinesas, avançou com tarifas suplementares sobre todas as importações de pneus para veículos provenientes da China, durante três anos. Essas tarifas serão de 35 por cento no primeiro ano, 30 por cento no segundo e 25 por cento no último ano e vêm responder às reivindicações das uniões de trabalhadores norte-americanos, que culpavam o aumento das importações de pneus chineses pelo fecho de fábricas e pela perda de 7000 postos de trabalho nos EUA. Uma justificação que não convenceu a China e que gerou um rol de reacções agitadas.“Os Estados Unidos falharam em relação ao compromisso assumido na cimeira financeira do G20”, sustentou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, caracterizando as barreiras norte-americanas à importação de pneus como “uma grave forma de proteccionismo que mina os laços económicos e comerciais sino-americanos, bem como o início da retoma económica mundial”.Alertas multiplicam-seA guerra dos pneus entre a China e os EUA é a última de uma série de disputas alimentadas pela crise, que levaram as duas nações a acusarem-se mutuamente de ceder ao proteccionismo nas trocas bilaterais. Depois de ter denunciado Pequim por medidas proteccionistas às suas indústrias exportadoras (tais como garantias monetárias, descontos e empréstimos preferenciais), Washington atacou recentemente o gigante asiático por manter deliberadamente a sua moeda (o yuan) subvalorizada para continuar a exportar produtos baratos. Manobras como estas têm encontrado eco em muitos outros países desde o início da crise (ver caixa ao lado) e motivado apelos por parte das organizações internacionais. Na semana passada, o Banco Central Europeu advertiu que o aumento do proteccionismo poderia ser um obstáculo ao comércio internacional e à retoma económica. O último alerta surgiu ontem com um relatório conjunto da OMC, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do organismo de conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD). As conclusões serão apresentadas na próxima semana, na cimeira do G20 nos EUA, mas o cenário não é novo: um pouco por todo o lado, os países continuaram a sucumbir às tentações proteccionistas.Fonte: PUBLICO


Guerra da exportação de pneus15.09.2009 - 08h29Por Ana Rita FariaPequim apresentou ontem uma queixa oficial contra os Estados Unidos junto da Organização Mundial do Comércio (OMC), considerando abusiva a imposição por parte de Washington de direitos aduaneiros adicionais sobre as importações de pneus.A agravar a relação entre os dois países, o Ministério do Comércio chinês avançou com inquéritos para apurar se existem práticas de dumping (exportação de bens a um preço inferior ao custo de produção ou ao preço a que são vendidos no mercado nacional) ou de atribuição de subsídios à produção de galinha e de produtos automóveis. Para a China, as “práticas de comércio injusto” dos EUA estão a deitar por terrra o compromisso de evitar o proteccionismo firmado entre as 20 nações industrializadas e emergentes. Uma questão que deverá aquecer os próximos encontros diplomáticos entre o país asiático e os EUA: a cimeira do G20 e a primeira visita oficial do presidente Barack Obama à China, em Novembro.O novo cavalo-de-batalha entre os dois gigantes do comércio internacional rebentou na sexta-feira passada, quando Obama, cedendo a pressões para reduzir as importações chinesas, avançou com tarifas suplementares sobre todas as importações de pneus para veículos provenientes da China, durante três anos. Essas tarifas serão de 35 por cento no primeiro ano, 30 por cento no segundo e 25 por cento no último ano e vêm responder às reivindicações das uniões de trabalhadores norte-americanos, que culpavam o aumento das importações de pneus chineses pelo fecho de fábricas e pela perda de 7000 postos de trabalho nos EUA. Uma justificação que não convenceu a China e que gerou um rol de reacções agitadas.“Os Estados Unidos falharam em relação ao compromisso assumido na cimeira financeira do G20”, sustentou o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, caracterizando as barreiras norte-americanas à importação de pneus como “uma grave forma de proteccionismo que mina os laços económicos e comerciais sino-americanos, bem como o início da retoma económica mundial”.Alertas multiplicam-seA guerra dos pneus entre a China e os EUA é a última de uma série de disputas alimentadas pela crise, que levaram as duas nações a acusarem-se mutuamente de ceder ao proteccionismo nas trocas bilaterais. Depois de ter denunciado Pequim por medidas proteccionistas às suas indústrias exportadoras (tais como garantias monetárias, descontos e empréstimos preferenciais), Washington atacou recentemente o gigante asiático por manter deliberadamente a sua moeda (o yuan) subvalorizada para continuar a exportar produtos baratos. Manobras como estas têm encontrado eco em muitos outros países desde o início da crise (ver caixa ao lado) e motivado apelos por parte das organizações internacionais. Na semana passada, o Banco Central Europeu advertiu que o aumento do proteccionismo poderia ser um obstáculo ao comércio internacional e à retoma económica. O último alerta surgiu ontem com um relatório conjunto da OMC, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e do organismo de conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD). As conclusões serão apresentadas na próxima semana, na cimeira do G20 nos EUA, mas o cenário não é novo: um pouco por todo o lado, os países continuaram a sucumbir às tentações proteccionistas.Fonte: PUBLICO

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