Críticas de Dominique Strauss-Khan

18-04-2011
marcar artigo

FMI diz que plano europeu contra a crise da dívida soberana "não está a funcionar bem"

A União Europeia está a abordar de maneira "fragmentada" e ineficaz a crise da dívida soberana europeia, que se estendeu da Grécia à Irlanda e Portugal, afirmou ontem o director do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan.

"Estamos a defender no FMI, há pelo menos há seis meses, que é preciso um plano mais abrangente no lado europeu. Que a abordagem fragmentada de lidar um dia com taxas de juro e outro dia com outra coisa qualquer não está a funcionar bem. Muita coisa tem de ser implementada e ainda estamos à espera que isto apareça realmente", disse.

Em conferência de imprensa nas reuniões de Primavera do FMI, em Washington, Strauss-Khan não falou dos programas de ajuda a Portugal ou Irlanda, mas apenas do da Grécia, que, avisou, mesmo sendo " doloroso", exige que o Governo grego "não perca o gás". Referiu ainda que, "como seria de esperar, parte [do programa acordado com Atenas] não está a ser implementado tão bem como esperado", em particular a taxação dos grandes contribuintes, que "continuam a não pagar impostos".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

"O Governo grego, que foi muito arrojado em implementar muitas medidas no último ano, não deve perder gás", avisou o director do FMI. "Se todos fizerem o trabalho de casa, incluindo o FMI, penso que [o programa de ajuda à Grécia] vai funcionar", adiantou.

As "vulnerabilidades orçamentais e financeiras", juntamente com o desemprego, foram os principais problemas para as economias desenvolvidas identificados por Strauss-Khan no seu balanço sobre o sistema económico e financeiro mundial.

O director do FMI rejeitou que a crise tenha ficado para trás, embora admita que o "pico" desta foi ultrapassado. Avisou para os efeitos da "complacência" dos decisores políticos, perante uma instabilidade que exige "acção urgente". Para as economias avançadas, defendeu, as medidas devem dirigir-se à "reforma e reparação do sector financeiro, nomeadamente na Europa, onde os testes de stress em curso" têm de estar ligados a algum tipo de recapitalização". Lusa

FMI diz que plano europeu contra a crise da dívida soberana "não está a funcionar bem"

A União Europeia está a abordar de maneira "fragmentada" e ineficaz a crise da dívida soberana europeia, que se estendeu da Grécia à Irlanda e Portugal, afirmou ontem o director do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan.

"Estamos a defender no FMI, há pelo menos há seis meses, que é preciso um plano mais abrangente no lado europeu. Que a abordagem fragmentada de lidar um dia com taxas de juro e outro dia com outra coisa qualquer não está a funcionar bem. Muita coisa tem de ser implementada e ainda estamos à espera que isto apareça realmente", disse.

Em conferência de imprensa nas reuniões de Primavera do FMI, em Washington, Strauss-Khan não falou dos programas de ajuda a Portugal ou Irlanda, mas apenas do da Grécia, que, avisou, mesmo sendo " doloroso", exige que o Governo grego "não perca o gás". Referiu ainda que, "como seria de esperar, parte [do programa acordado com Atenas] não está a ser implementado tão bem como esperado", em particular a taxação dos grandes contribuintes, que "continuam a não pagar impostos".

O melhor do Público no email Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Subscrever ×

"O Governo grego, que foi muito arrojado em implementar muitas medidas no último ano, não deve perder gás", avisou o director do FMI. "Se todos fizerem o trabalho de casa, incluindo o FMI, penso que [o programa de ajuda à Grécia] vai funcionar", adiantou.

As "vulnerabilidades orçamentais e financeiras", juntamente com o desemprego, foram os principais problemas para as economias desenvolvidas identificados por Strauss-Khan no seu balanço sobre o sistema económico e financeiro mundial.

O director do FMI rejeitou que a crise tenha ficado para trás, embora admita que o "pico" desta foi ultrapassado. Avisou para os efeitos da "complacência" dos decisores políticos, perante uma instabilidade que exige "acção urgente". Para as economias avançadas, defendeu, as medidas devem dirigir-se à "reforma e reparação do sector financeiro, nomeadamente na Europa, onde os testes de stress em curso" têm de estar ligados a algum tipo de recapitalização". Lusa

marcar artigo