João Salgueiro elogia Pedro Passos Coelho

19-04-2011
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Ex-ministro diz que líder do PSD se destaca por "não facilitar para chegar ao poder"

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, tem tido "posições" que são "inspiradas numa preocupação" que é "genuína de não facilitar para chegar ao poder". A afirmação parte de João Salgueiro, que, em declarações ao PÚBLICO, admite que o "teste final" só acontece quando se assumem responsabilidades governativas.

"Há várias características na sua vida [de Pedro Passos Coelho] e no seu comportamento que aprecio", explicou ao PÚBLICO o ex-ministro das Finanças do PSD, João Salgueiro, em entrevista publicada hoje na secção de Economia, onde se debruça ainda, entre outros pontos, sobre o futuro do país, as actuais lideranças europeias, em relação às quais tece duras críticas, e o euro, que afirma estar a ser alvo de um ataque.

Para o economista, e ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Passos Coelho dispõe a seu favor "da coerência" revelada "enquanto foi candidato e depois líder destacado da JSD", das posições que assumiu "no Parlamento", que considera terem sido "inspiradas numa preocupação que me parece genuína de não facilitar para chegar ao poder".

João Salgueiro defende que Passos Coelho "tem vindo a ajudar a clarificar a verdadeira dimensão dos problemas" do país, na medida em que "podia tentar chegar ao poder com facilidades como outros têm feito, fazendo promessas e depois, chegado ao poder, dizer que a situação não é boa e é até muito pior do que ele estava à espera."

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Por isso, o economista acredita que "pela forma como tem actuado", o líder social-democrata não se deixará condicionar por uma agenda pessoal e partidária, como aconteceu com outros, mas, à cautela, vai lembrando que "o teste final" dá-se "quando se assumem as responsabilidades". "Ele fez um enorme esforço para se abster em relação ao Orçamento do Estado de 2011, apesar de considerar que este não devia ser aprovado. E assumiu esse risco."

João Salgueiro admite que "não se sabe" se Passos não teria subido mais nas sondagens eleitorais, que dão o PSD próximo da maioria absoluta, "se tivesse entrado num caminho mais duro", ou seja, chumbando o projecto do Governo. "Ele tem mantido um equilíbrio difícil entre ser optimista e cortar a direito, independentemente das consequências."

Mas conclui: "Os indícios que temos da sua actuação nos últimos meses e a experiência de anos noutras situações são de molde a dar-nos confiança de que não se deixará instrumentalizar."

Ex-ministro diz que líder do PSD se destaca por "não facilitar para chegar ao poder"

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, tem tido "posições" que são "inspiradas numa preocupação" que é "genuína de não facilitar para chegar ao poder". A afirmação parte de João Salgueiro, que, em declarações ao PÚBLICO, admite que o "teste final" só acontece quando se assumem responsabilidades governativas.

"Há várias características na sua vida [de Pedro Passos Coelho] e no seu comportamento que aprecio", explicou ao PÚBLICO o ex-ministro das Finanças do PSD, João Salgueiro, em entrevista publicada hoje na secção de Economia, onde se debruça ainda, entre outros pontos, sobre o futuro do país, as actuais lideranças europeias, em relação às quais tece duras críticas, e o euro, que afirma estar a ser alvo de um ataque.

Para o economista, e ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Passos Coelho dispõe a seu favor "da coerência" revelada "enquanto foi candidato e depois líder destacado da JSD", das posições que assumiu "no Parlamento", que considera terem sido "inspiradas numa preocupação que me parece genuína de não facilitar para chegar ao poder".

João Salgueiro defende que Passos Coelho "tem vindo a ajudar a clarificar a verdadeira dimensão dos problemas" do país, na medida em que "podia tentar chegar ao poder com facilidades como outros têm feito, fazendo promessas e depois, chegado ao poder, dizer que a situação não é boa e é até muito pior do que ele estava à espera."

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Por isso, o economista acredita que "pela forma como tem actuado", o líder social-democrata não se deixará condicionar por uma agenda pessoal e partidária, como aconteceu com outros, mas, à cautela, vai lembrando que "o teste final" dá-se "quando se assumem as responsabilidades". "Ele fez um enorme esforço para se abster em relação ao Orçamento do Estado de 2011, apesar de considerar que este não devia ser aprovado. E assumiu esse risco."

João Salgueiro admite que "não se sabe" se Passos não teria subido mais nas sondagens eleitorais, que dão o PSD próximo da maioria absoluta, "se tivesse entrado num caminho mais duro", ou seja, chumbando o projecto do Governo. "Ele tem mantido um equilíbrio difícil entre ser optimista e cortar a direito, independentemente das consequências."

Mas conclui: "Os indícios que temos da sua actuação nos últimos meses e a experiência de anos noutras situações são de molde a dar-nos confiança de que não se deixará instrumentalizar."

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