Panificadoras estão a comprar farinha mais barata às grandes superfícies

19-04-2011
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A subida do preço da farinha de trigo está a levar algumas panificadoras a comprar o produto aos maiores operadores da distribuição, em vez de recorreram aos fornecedores habituais.

Carlos Alberto dos Santos, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), disse ao PÚBLICO que os supermercados e os hipermercados compram matéria-prima para um ano conseguindo, assim, melhores preços. Com o aumento do valor do trigo "chegou-se ao ponto de haver grandes panificadoras a comprar saquetas de cinco quilos à grande distribuição", revelou.

Segunda-feira, as padarias e pastelarias portugueses desembolsaram 333 euros por cada tonelada de farinha de trigo para poderem fazer pão, mais 30 por cento do que na semana passada. A ACIP teme novos aumentos, que, a concretizarem-se, farão com que, em apenas um mês e meio, a farinha possa disparar 50 por cento.

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A alta do trigo no mercado de futuros (mercadorias compradas para serem fornecidas ou pagas mais tarde), as condições climatéricas adversas e a suspensão das exportações russas - em vigor já a partir de domingo - fizeram disparar o preço da matéria-prima. O trigo atingiu o valor mais alto dos últimos dois anos e a quebra de produção na Rússia, um dos gigantes exportadores mundiais, já fez subir os preços 62 por cento desde o início de Junho.

Dos mercados para a carteira do consumidor a distância é curta. O aumento do preço do pão já é uma realidade em algumas lojas e, de acordo com a ACIP, ronda entre os oito e os dez por cento.

"Há panificadoras que estão a esperar para ver como vai evoluir o preço da matéria-prima; há outras, optimistas, que esperam que o preço venha a baixar, e ainda outras que actualizaram valores e temem nova alta", diz Carlos Alberto dos Santos, defendendo que a definição do preço seja feita ao quilo e não à unidade. "Actualmente, o aumento, a ter de existir, terá sempre de ser entre os oito e os dez por cento devido a esta forma de atribuição de preço", diz. A associação já pediu ao Governo para permitir importações dos Estados Unidos e do Canadá e, assim, contornar a alta de preços, à semelhança do que sucedeu durante a crise de 2008. Certo é que os EUA vão poder beneficiar com a proibição russa das exportações. A CHS, a maior cooperativa de venda de cereais norte-americana, acredita que as exportações de trigo dos Estados Unidos podem vir a ser quatro por cento superiores aos mil milhões de bushels (36,48 litros) estimados para este ano pelo Departamento de Agricultura.

A subida do preço da farinha de trigo está a levar algumas panificadoras a comprar o produto aos maiores operadores da distribuição, em vez de recorreram aos fornecedores habituais.

Carlos Alberto dos Santos, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), disse ao PÚBLICO que os supermercados e os hipermercados compram matéria-prima para um ano conseguindo, assim, melhores preços. Com o aumento do valor do trigo "chegou-se ao ponto de haver grandes panificadoras a comprar saquetas de cinco quilos à grande distribuição", revelou.

Segunda-feira, as padarias e pastelarias portugueses desembolsaram 333 euros por cada tonelada de farinha de trigo para poderem fazer pão, mais 30 por cento do que na semana passada. A ACIP teme novos aumentos, que, a concretizarem-se, farão com que, em apenas um mês e meio, a farinha possa disparar 50 por cento.

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A alta do trigo no mercado de futuros (mercadorias compradas para serem fornecidas ou pagas mais tarde), as condições climatéricas adversas e a suspensão das exportações russas - em vigor já a partir de domingo - fizeram disparar o preço da matéria-prima. O trigo atingiu o valor mais alto dos últimos dois anos e a quebra de produção na Rússia, um dos gigantes exportadores mundiais, já fez subir os preços 62 por cento desde o início de Junho.

Dos mercados para a carteira do consumidor a distância é curta. O aumento do preço do pão já é uma realidade em algumas lojas e, de acordo com a ACIP, ronda entre os oito e os dez por cento.

"Há panificadoras que estão a esperar para ver como vai evoluir o preço da matéria-prima; há outras, optimistas, que esperam que o preço venha a baixar, e ainda outras que actualizaram valores e temem nova alta", diz Carlos Alberto dos Santos, defendendo que a definição do preço seja feita ao quilo e não à unidade. "Actualmente, o aumento, a ter de existir, terá sempre de ser entre os oito e os dez por cento devido a esta forma de atribuição de preço", diz. A associação já pediu ao Governo para permitir importações dos Estados Unidos e do Canadá e, assim, contornar a alta de preços, à semelhança do que sucedeu durante a crise de 2008. Certo é que os EUA vão poder beneficiar com a proibição russa das exportações. A CHS, a maior cooperativa de venda de cereais norte-americana, acredita que as exportações de trigo dos Estados Unidos podem vir a ser quatro por cento superiores aos mil milhões de bushels (36,48 litros) estimados para este ano pelo Departamento de Agricultura.

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