Entroncamento: O Principio do Fim da Ferrovia no Concelho

18-12-2009
marcar artigo


Dizíamos há dias que “O Planeamento e a Gestão do Território têm por finalidade e objecto o ordenamento territorial, com especial atenção na análise da distribuição dos locais destinados à habitação, às actividades produtivas e outras ocupações, bem como das formas de utilização dos espaços”.Mais à frente acrescentávamos que, “Para o PCP, estes instrumentos, como criação política são embebidos de carga ideológica e pendem sempre para um dos lados: os interesses da população ou os interesses particulares dominantes”.Assim, é com especial preocupação que seguimos o desenrolar da Revisão do Plano Director Municipal no que concerne ao território ferroviário do entroncamento gerido pela REFER do Grupo CP, com ou sem projectos Europan ou outros artefactos.A REFER através da sua Empresa INVESFER elaborou um estudo onde diz valorizar o seu património Ferroviário no Entroncamento. Esse mesmo estudo tem uma orientação clara e inequívoca: desafectar 2/3 dos actuais 170 hectares da área ferroviário e destina-los à especulação imobiliária para milhares de fogos.A CDU compreende a necessidade de incluir na malha urbana os 5 hectares do Museu Nacional Ferroviário, assim como os 19 hectares do Bairro Camões, alguns hectares na envolvente à estação para comércio e serviços e até converter algumas áreas por períodos de 30-50 anos a outras actividades produtivas.No entanto, opomo-nos à destruição do complexo de Formação Profissional Ferroviário do Entroncamento (26 hectares), Opomo-nos à desafectação da área de armazenamento de materiais (20 Hectares) e por fim não concordamos que se desafectem terrenos de reserva de expansão ferroviária (39 Hectares) para a especulação imobiliária.Este projecto significa a eliminação das infraestruturas da formação profissional ferroviária, o desaparecimento da triagem da CP/cargas, a deslocalização para Lisboa do Posto de Comando REFER/CP e o encerramento de postos de inspecção diversos, na continuação do encerramento do Intituto Superior de Transportes e Comunicações.Na autarquia, o PSD, e os outros que p´ra lá andam, durante este mandato, esqueceram-se de aprofundar a discussão em torno desta questão. No actual processo de Revisão do Plano Director Municipal é óbvio que o PSD tem disponibilidade para viabilizar o projecto INVESFER - a troco de concessões pontuais à câmara: uma biblioteca “chave em mão”, uns terrenos de cedência obrigatória, uma ligação concelhia norte/sul...Esta "valorização do património da REFER", significa para o futuro da população de Entroncamento: a continuação do processo de desmantelamento do sector ferroviário, o encerramento de postos de trabalho, a destruição de riqueza, o agudizar das dificuldades no comércio e serviços locais e a longo prazo o enfraquecimento, o definhar até o fim da ferrovia no concelho.


Dizíamos há dias que “O Planeamento e a Gestão do Território têm por finalidade e objecto o ordenamento territorial, com especial atenção na análise da distribuição dos locais destinados à habitação, às actividades produtivas e outras ocupações, bem como das formas de utilização dos espaços”.Mais à frente acrescentávamos que, “Para o PCP, estes instrumentos, como criação política são embebidos de carga ideológica e pendem sempre para um dos lados: os interesses da população ou os interesses particulares dominantes”.Assim, é com especial preocupação que seguimos o desenrolar da Revisão do Plano Director Municipal no que concerne ao território ferroviário do entroncamento gerido pela REFER do Grupo CP, com ou sem projectos Europan ou outros artefactos.A REFER através da sua Empresa INVESFER elaborou um estudo onde diz valorizar o seu património Ferroviário no Entroncamento. Esse mesmo estudo tem uma orientação clara e inequívoca: desafectar 2/3 dos actuais 170 hectares da área ferroviário e destina-los à especulação imobiliária para milhares de fogos.A CDU compreende a necessidade de incluir na malha urbana os 5 hectares do Museu Nacional Ferroviário, assim como os 19 hectares do Bairro Camões, alguns hectares na envolvente à estação para comércio e serviços e até converter algumas áreas por períodos de 30-50 anos a outras actividades produtivas.No entanto, opomo-nos à destruição do complexo de Formação Profissional Ferroviário do Entroncamento (26 hectares), Opomo-nos à desafectação da área de armazenamento de materiais (20 Hectares) e por fim não concordamos que se desafectem terrenos de reserva de expansão ferroviária (39 Hectares) para a especulação imobiliária.Este projecto significa a eliminação das infraestruturas da formação profissional ferroviária, o desaparecimento da triagem da CP/cargas, a deslocalização para Lisboa do Posto de Comando REFER/CP e o encerramento de postos de inspecção diversos, na continuação do encerramento do Intituto Superior de Transportes e Comunicações.Na autarquia, o PSD, e os outros que p´ra lá andam, durante este mandato, esqueceram-se de aprofundar a discussão em torno desta questão. No actual processo de Revisão do Plano Director Municipal é óbvio que o PSD tem disponibilidade para viabilizar o projecto INVESFER - a troco de concessões pontuais à câmara: uma biblioteca “chave em mão”, uns terrenos de cedência obrigatória, uma ligação concelhia norte/sul...Esta "valorização do património da REFER", significa para o futuro da população de Entroncamento: a continuação do processo de desmantelamento do sector ferroviário, o encerramento de postos de trabalho, a destruição de riqueza, o agudizar das dificuldades no comércio e serviços locais e a longo prazo o enfraquecimento, o definhar até o fim da ferrovia no concelho.

marcar artigo