Secretário de Estado do Orçamento não exclui no Parlamento mais medidas de austeridade

17-06-2010
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Emanuel dos Santos mostrou confiança nas medidas de austeridade adoptadas até agora, sem excluir taxativamente que possam vir a ser mais

A pergunta foi directa e reiterada: "O Governo vai aumentar os impostos? Vai cortar no subsídio de Natal?" Na interpelação parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo, a bancada bloquista queria saber se estão na calha mais medidas de austeridade, mas a única resposta que obteve foi um "logo veremos".

O secretário de Estado adjunto e do Orçamento, Emanuel dos Santos, mostrou confiança nas medidas de austeridade adoptadas até agora pelo Governo, sem excluir taxativamente que possam vir a ser mais. "Se, se, se? Veremos, não vamos ignorar a realidade que temos hoje, nem vamos ignorar o desempenho das medidas que adoptámos", disse Emanuel dos Santos, em resposta a Francisco Louçã.

Na interpelação sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC)e política orçamental, o líder parlamentar bloquista José Manuel Pureza começou por lançar um aviso sobre uma redução adicional da dívida pública em 2011, pedida por Bruxelas. "De cada vez que as vuvuzelas da equipa de Durão Barroso apitam, são os juros do empréstimo da casa dos portugueses que aumentam e o subsídio de Natal dos trabalhadores que é posto em causa", disse José Manuel Pureza.

Na resposta, Emanuel Santos sublinhou o lado positivo de vários indicadores económicos: "A recuperação da economia portuguesa é uma realidade em curso e, ao contrário do que a oposição diz, as contas públicas continuam sob controlo".

"Seis apitos de vuvuzelas"

O ruído de fundo dos jogos de futebol do Mundial voltaria ao debate pela voz de Vítor Baptista, deputado do PS, quando assegurou que as medidas adoptadas até agora são suficientes para a redução do défice pretendida. "Não vamos exigir mais do que aquilo que é necessário, mas pelos vistos o Bloco quer um "PEC 3" e pedir mais sacrifícios aos portugueses", disse, chamando aos bloquistas as "vuvuzelas do descontentamento".

As palavras do Governo e do PS não tranquilizaram a bancada do Bloco. "Ficamos não com a dúvida mas com a certeza que o Governo, com o PSD, vai incidir sobre o aumento do IVA e cortar no subsídio de Natal", concluiu Francisco Louçã. No encerramento da interpelação, o líder do BE não poupou adjectivos ao Governo: "provisório", "confuso" e "desorientado". Louçã criticou a baixa taxa de IRC que a banca paga, afirmando que "se a proposta do Bloco sobre o IRC tivesse sido aprovada não era preciso aumentar o IVA".

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A ideia de desequilíbrio já tinha sido sublinhada por António Filipe, do PCP. "A resposta do Governo é capitular perante os poderosos e aumentar as desigualdades, é sacrificar os portugueses no altar da especulação financeira", disse António Filipe.

Mesmo com um lapso, a vuvuzela haveria de voltar à baila. No encerramento do debate, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, resumiu o contributo do BE para a situação do país a "seis apitos de vuzuzelas" (em vez de vuvuzelas), gerando risos nas bancadas. Foi uma crítica ao discurso do "quanto pior me- lhor" no qual Jorge Lacão apenas vê uma "prova de vida" de um partido da oposição.

Emanuel dos Santos mostrou confiança nas medidas de austeridade adoptadas até agora, sem excluir taxativamente que possam vir a ser mais

A pergunta foi directa e reiterada: "O Governo vai aumentar os impostos? Vai cortar no subsídio de Natal?" Na interpelação parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo, a bancada bloquista queria saber se estão na calha mais medidas de austeridade, mas a única resposta que obteve foi um "logo veremos".

O secretário de Estado adjunto e do Orçamento, Emanuel dos Santos, mostrou confiança nas medidas de austeridade adoptadas até agora pelo Governo, sem excluir taxativamente que possam vir a ser mais. "Se, se, se? Veremos, não vamos ignorar a realidade que temos hoje, nem vamos ignorar o desempenho das medidas que adoptámos", disse Emanuel dos Santos, em resposta a Francisco Louçã.

Na interpelação sobre o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC)e política orçamental, o líder parlamentar bloquista José Manuel Pureza começou por lançar um aviso sobre uma redução adicional da dívida pública em 2011, pedida por Bruxelas. "De cada vez que as vuvuzelas da equipa de Durão Barroso apitam, são os juros do empréstimo da casa dos portugueses que aumentam e o subsídio de Natal dos trabalhadores que é posto em causa", disse José Manuel Pureza.

Na resposta, Emanuel Santos sublinhou o lado positivo de vários indicadores económicos: "A recuperação da economia portuguesa é uma realidade em curso e, ao contrário do que a oposição diz, as contas públicas continuam sob controlo".

"Seis apitos de vuvuzelas"

O ruído de fundo dos jogos de futebol do Mundial voltaria ao debate pela voz de Vítor Baptista, deputado do PS, quando assegurou que as medidas adoptadas até agora são suficientes para a redução do défice pretendida. "Não vamos exigir mais do que aquilo que é necessário, mas pelos vistos o Bloco quer um "PEC 3" e pedir mais sacrifícios aos portugueses", disse, chamando aos bloquistas as "vuvuzelas do descontentamento".

As palavras do Governo e do PS não tranquilizaram a bancada do Bloco. "Ficamos não com a dúvida mas com a certeza que o Governo, com o PSD, vai incidir sobre o aumento do IVA e cortar no subsídio de Natal", concluiu Francisco Louçã. No encerramento da interpelação, o líder do BE não poupou adjectivos ao Governo: "provisório", "confuso" e "desorientado". Louçã criticou a baixa taxa de IRC que a banca paga, afirmando que "se a proposta do Bloco sobre o IRC tivesse sido aprovada não era preciso aumentar o IVA".

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A ideia de desequilíbrio já tinha sido sublinhada por António Filipe, do PCP. "A resposta do Governo é capitular perante os poderosos e aumentar as desigualdades, é sacrificar os portugueses no altar da especulação financeira", disse António Filipe.

Mesmo com um lapso, a vuvuzela haveria de voltar à baila. No encerramento do debate, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, resumiu o contributo do BE para a situação do país a "seis apitos de vuzuzelas" (em vez de vuvuzelas), gerando risos nas bancadas. Foi uma crítica ao discurso do "quanto pior me- lhor" no qual Jorge Lacão apenas vê uma "prova de vida" de um partido da oposição.

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