"Havia perspectivas de crescimento de oferta de ensino do Português no estrangeiro [EPE] para outros países e não vai ter a expressão que o Instituto Camões contava realizar", disse João Dias da Silva, que falava à Agência Lusa no final de uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, e com a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, que tutela o EPE.
Em 2009, o secretário de Estado anunciou que a nova rede EPE iria ser alargada ao Canadá, Estados Unidos e Venezuela.
Em declarações à Lusa, João Dias da Silva sublinhou que "aquilo com que o Instituto Camões tem de saber contar é que tem uma redução de oito por cento nos seus gastos e que vai ter de gerir melhor o menos dinheiro que vai ter, garantindo sempre que tem de haver oferta de EPE com qualidade".
O instituto tem também de "procurar fórmulas de diminuição dos custos intermédios da sua concretização [do EPE] sem pôr em causa a qualidade e a resposta que deve ser dada aos alunos que procuram o seu ensino", acrescentou.
O sindicalista classificou ainda a reunião de hoje como "positiva" e "construtiva". "Foi possível dar passos significativos no elenco de questões que vão ter de encontrar solução no quadro de um acordo sindical com a entidade empregadora pública que é o Instituto Camões", afirmou.
A formação contínua, o direito às férias, a constituição de turmas e a organização do ano lectivo foram alguns dos assuntos abordados.
Presente também no encontro, a dirigente do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas, Teresa Soares, disse à Lusa que os principais problemas do EPE são "os de sempre: o número de alunos, a constituição dos cursos e as deslocações grandes que os professores têm de fazer". "De momento, os professores estavam bastante alarmados porque parecia que o Instituto Camões ia pedir o mínimo de 20 alunos por curso, o que significaria muitos horários incompletos e que o número de deslocações iria ser maior. Esperemos que não seja verdade", afirmou.
Questionada sobre os cerca de mil alunos que ainda estão sem aulas de Português em França e outros tantos na Alemanha, Teresa Soares explicou que isso se deve a um atraso na contratação local. "Esperemos que seja em breve, mas está dependente do Ministério das Finanças", acrescentou.
A Lusa contactou o Instituto Camões para obter esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta.
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"Havia perspectivas de crescimento de oferta de ensino do Português no estrangeiro [EPE] para outros países e não vai ter a expressão que o Instituto Camões contava realizar", disse João Dias da Silva, que falava à Agência Lusa no final de uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, e com a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, que tutela o EPE.
Em 2009, o secretário de Estado anunciou que a nova rede EPE iria ser alargada ao Canadá, Estados Unidos e Venezuela.
Em declarações à Lusa, João Dias da Silva sublinhou que "aquilo com que o Instituto Camões tem de saber contar é que tem uma redução de oito por cento nos seus gastos e que vai ter de gerir melhor o menos dinheiro que vai ter, garantindo sempre que tem de haver oferta de EPE com qualidade".
O instituto tem também de "procurar fórmulas de diminuição dos custos intermédios da sua concretização [do EPE] sem pôr em causa a qualidade e a resposta que deve ser dada aos alunos que procuram o seu ensino", acrescentou.
O sindicalista classificou ainda a reunião de hoje como "positiva" e "construtiva". "Foi possível dar passos significativos no elenco de questões que vão ter de encontrar solução no quadro de um acordo sindical com a entidade empregadora pública que é o Instituto Camões", afirmou.
A formação contínua, o direito às férias, a constituição de turmas e a organização do ano lectivo foram alguns dos assuntos abordados.
Presente também no encontro, a dirigente do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas, Teresa Soares, disse à Lusa que os principais problemas do EPE são "os de sempre: o número de alunos, a constituição dos cursos e as deslocações grandes que os professores têm de fazer". "De momento, os professores estavam bastante alarmados porque parecia que o Instituto Camões ia pedir o mínimo de 20 alunos por curso, o que significaria muitos horários incompletos e que o número de deslocações iria ser maior. Esperemos que não seja verdade", afirmou.
Questionada sobre os cerca de mil alunos que ainda estão sem aulas de Português em França e outros tantos na Alemanha, Teresa Soares explicou que isso se deve a um atraso na contratação local. "Esperemos que seja em breve, mas está dependente do Ministério das Finanças", acrescentou.
A Lusa contactou o Instituto Camões para obter esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta.