Tunísia: Ben Ali afastado definitivamente do poder

23-01-2011
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O Presidente tunisino, Zine El Abidine Ben Ali, foi definitivamente afastado do poder por decisão do Conselho Constitucional, que declarou um «vácuo no poder», noticiou a agência oficial TAP.

O Conselho Constitucional proclamou o Presidente do Parlamento tunisino, Foued Mebazaa, Presidente interino, afastando assim a possibilidade de regresso à Presidência de Zine El Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita.

Entretanto, o Conselho Constitucional também informou que as eleições «antecipadas» se devem realziar no prazo de 60 dias.

«Novo» Presidente tomou posse

Poucas horas depois, o chefe do Parlamento tunisino, Foued Mebazaa, foi empossado como Presidente interino da Tunísia no seu gabinete da Assembleia.

A cerimónia, na qual jurou defender a Constituição, ocorreu perante o presidente do Senado, Abdallal Kallel, e representantes das duas câmaras do Parlamento.

ONU preocupada

A Tunísia mergulhou no caos em meados de Dezembro quando milhares de pessoas saíram à rua em protesto contra a política económica do Governo. Os protestos continuaram, mesmo depois de o Presidente ter dissolvido o Governo e anunciado eleições antecipadas.

Apesar de ter sido decretado o estado de emergência e o recolher obrigatório, a madrugada de sábado voltou a ser de violência, com dezenas de pessoas detidas e as autoridades a tentarem evitar pilhagens.

Entretanto, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou «a uma resolução democrática» da crise.

«O secretário-geral apela ao respeito integral da liberdade de expressão e de associação e pressiona todas as partes envolvidas a procurar resolver os problemas pacificamente e legalmente com o objectivo de responder às reivindicações, mas também de trabalhar para uma resolução democrática que satisfaça as aspirações do povo tunisino», lê-se num comunicado.

Ban Ki-moon «supervisiona cuidadosamente os acontecimentos na Tunísia e continuará fazê-lo», acrescenta o texto.

Portugueses «estão bem»

Entretanto, a embaixada de Portugal em Tunes, na Tunísia, tem estado a contactar com os portugueses residentes na Tunísia e estão todos bem, disse à Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga.

«A embaixada tem falado com os portugueses que estão registados. Está tudo bem», disse.

De acordo com a mesma fonte, existem cerca de 120 portugueses registados no país, mas «com as famílias admite-se que sejam na ordem dos 150», afirmou.

Questionado sobre o número de turistas portugueses no país, a fonte disse não saber quantos são. A mesma fonte disse ainda que a secretaria de Estado das Comunidades não recebeu qualquer pedido de ajuda de portugueses na Tunísia.

França apela à calma

Já este sábado, a França apelou «à calma e ao fim da violência» na Tunísia e exigiu «eleições livres o mais rápido possível», segundo um comunicado do presidente, Nicolas Sarkozy, publicado após uma reunião inter-ministerial.

A França tomou também «as medidas necessárias para garantir que as transações financeiras suspeitas envolvendo activos tunisinos em França sejam bloqueadas administrativamente», anunciou Nicolas Sarkozy.

O comunicado indica ainda que Paris vai dar um «apoio determinado» à «vontade da democracia» manifestada pelo povo tunisino.

O Presidente tunisino, Zine El Abidine Ben Ali, foi definitivamente afastado do poder por decisão do Conselho Constitucional, que declarou um «vácuo no poder», noticiou a agência oficial TAP.

O Conselho Constitucional proclamou o Presidente do Parlamento tunisino, Foued Mebazaa, Presidente interino, afastando assim a possibilidade de regresso à Presidência de Zine El Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita.

Entretanto, o Conselho Constitucional também informou que as eleições «antecipadas» se devem realziar no prazo de 60 dias.

«Novo» Presidente tomou posse

Poucas horas depois, o chefe do Parlamento tunisino, Foued Mebazaa, foi empossado como Presidente interino da Tunísia no seu gabinete da Assembleia.

A cerimónia, na qual jurou defender a Constituição, ocorreu perante o presidente do Senado, Abdallal Kallel, e representantes das duas câmaras do Parlamento.

ONU preocupada

A Tunísia mergulhou no caos em meados de Dezembro quando milhares de pessoas saíram à rua em protesto contra a política económica do Governo. Os protestos continuaram, mesmo depois de o Presidente ter dissolvido o Governo e anunciado eleições antecipadas.

Apesar de ter sido decretado o estado de emergência e o recolher obrigatório, a madrugada de sábado voltou a ser de violência, com dezenas de pessoas detidas e as autoridades a tentarem evitar pilhagens.

Entretanto, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou «a uma resolução democrática» da crise.

«O secretário-geral apela ao respeito integral da liberdade de expressão e de associação e pressiona todas as partes envolvidas a procurar resolver os problemas pacificamente e legalmente com o objectivo de responder às reivindicações, mas também de trabalhar para uma resolução democrática que satisfaça as aspirações do povo tunisino», lê-se num comunicado.

Ban Ki-moon «supervisiona cuidadosamente os acontecimentos na Tunísia e continuará fazê-lo», acrescenta o texto.

Portugueses «estão bem»

Entretanto, a embaixada de Portugal em Tunes, na Tunísia, tem estado a contactar com os portugueses residentes na Tunísia e estão todos bem, disse à Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga.

«A embaixada tem falado com os portugueses que estão registados. Está tudo bem», disse.

De acordo com a mesma fonte, existem cerca de 120 portugueses registados no país, mas «com as famílias admite-se que sejam na ordem dos 150», afirmou.

Questionado sobre o número de turistas portugueses no país, a fonte disse não saber quantos são. A mesma fonte disse ainda que a secretaria de Estado das Comunidades não recebeu qualquer pedido de ajuda de portugueses na Tunísia.

França apela à calma

Já este sábado, a França apelou «à calma e ao fim da violência» na Tunísia e exigiu «eleições livres o mais rápido possível», segundo um comunicado do presidente, Nicolas Sarkozy, publicado após uma reunião inter-ministerial.

A França tomou também «as medidas necessárias para garantir que as transações financeiras suspeitas envolvendo activos tunisinos em França sejam bloqueadas administrativamente», anunciou Nicolas Sarkozy.

O comunicado indica ainda que Paris vai dar um «apoio determinado» à «vontade da democracia» manifestada pelo povo tunisino.

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