Governo alerta que anúncios de resgate podem comprometer operação em Bengasi

25-02-2011
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Em declarações ao PÚBLICO, fonte oficial do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga, garantiu que o Governo “continua a tentar todas as vias possíveis” para ajudar os cidadãos nacionais a sair da Líbia, depois de já ter conseguido realizar dois voos com o C-130 da Força Aérea a partir de Trípoli, a capital do país.

O problema agora concentra-se em Bengasi, onde ainda permanecem 56 portugueses. A cidade embrião dos protestos está a ser palco dos confrontos mais violentos, que culminaram na destruição do aeroporto. Resta a via marítima, mas as condições de segurança são difíceis de garantir e os contactos em terra são praticamente impossíveis. A cidade está a ser dominada pelos revoltosos e há muitas pessoas a tentarem sair do país através dos barcos que se aproximam.

Por este motivo, a mesma fonte do gabinete de António Braga insistiu que qualquer anúncio sobre a altura exacta em que o ferry pensa resgatar os portugueses pode colocar em causa toda a operação. “Só podemos avançar que estamos a tentar e a fazer tudo o que é possível. Não é com anúncios que perturbam o sucesso da operação que se resolve o problema”, reiterou.

Esta manhã o embaixador de Portugal em Trípoli, Rui Lopes Aleixo, tinha dito à Lusa que o navio que vai buscar os cidadãos portugueses deve chegar hoje pelas 13h00 locais (11h00 em Lisboa) ao porto de Bengasi. “Se o embarque for rápido e não houver dificuldades no processo administrativo temos uma certa esperança que ainda saia hoje”, disse o diplomata, acrescentando que se isso não acontecer, irá sair “o mais tardar amanhã de manhã”.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, veio ontem dizer, após um encontro com o seu homólogo marroquino, Taib Fassi Fihri, que a “primeira preocupação” do Governo é “garantir condições de protecção e segurança de todos os portugueses” que estão no país.

As indicações que o ministério tem são de que não haverá mais portugueses a precisar de ajuda para sair de Trípoli – 122 foram levados para a Sicília em dois voos do C-130 da Força Aérea, que regressou na madrugada de quarta-feira a Portugal com parte deles a bordo (muitos tinham voltado em voos comerciais).

Espalhados pelo resto do país haverá mais portugueses, mas as empresas para que trabalham estarão a encarregar-se de os trazer para Portugal, assegurou a fonte do gabinete de António Braga.

Ao fim de dez dias de convulsão no país, a Federação internacional das ligas de defesa dos Direitos Humanos actualizou em alta o balanço de mortos para 640 pessoas (275 na capital, 230 em Bengasi) – quando as autoridades líbias não reconhecem ainda mais do que uma contagem oficial de 300 mortos.

Em declarações ao PÚBLICO, fonte oficial do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga, garantiu que o Governo “continua a tentar todas as vias possíveis” para ajudar os cidadãos nacionais a sair da Líbia, depois de já ter conseguido realizar dois voos com o C-130 da Força Aérea a partir de Trípoli, a capital do país.

O problema agora concentra-se em Bengasi, onde ainda permanecem 56 portugueses. A cidade embrião dos protestos está a ser palco dos confrontos mais violentos, que culminaram na destruição do aeroporto. Resta a via marítima, mas as condições de segurança são difíceis de garantir e os contactos em terra são praticamente impossíveis. A cidade está a ser dominada pelos revoltosos e há muitas pessoas a tentarem sair do país através dos barcos que se aproximam.

Por este motivo, a mesma fonte do gabinete de António Braga insistiu que qualquer anúncio sobre a altura exacta em que o ferry pensa resgatar os portugueses pode colocar em causa toda a operação. “Só podemos avançar que estamos a tentar e a fazer tudo o que é possível. Não é com anúncios que perturbam o sucesso da operação que se resolve o problema”, reiterou.

Esta manhã o embaixador de Portugal em Trípoli, Rui Lopes Aleixo, tinha dito à Lusa que o navio que vai buscar os cidadãos portugueses deve chegar hoje pelas 13h00 locais (11h00 em Lisboa) ao porto de Bengasi. “Se o embarque for rápido e não houver dificuldades no processo administrativo temos uma certa esperança que ainda saia hoje”, disse o diplomata, acrescentando que se isso não acontecer, irá sair “o mais tardar amanhã de manhã”.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, veio ontem dizer, após um encontro com o seu homólogo marroquino, Taib Fassi Fihri, que a “primeira preocupação” do Governo é “garantir condições de protecção e segurança de todos os portugueses” que estão no país.

As indicações que o ministério tem são de que não haverá mais portugueses a precisar de ajuda para sair de Trípoli – 122 foram levados para a Sicília em dois voos do C-130 da Força Aérea, que regressou na madrugada de quarta-feira a Portugal com parte deles a bordo (muitos tinham voltado em voos comerciais).

Espalhados pelo resto do país haverá mais portugueses, mas as empresas para que trabalham estarão a encarregar-se de os trazer para Portugal, assegurou a fonte do gabinete de António Braga.

Ao fim de dez dias de convulsão no país, a Federação internacional das ligas de defesa dos Direitos Humanos actualizou em alta o balanço de mortos para 640 pessoas (275 na capital, 230 em Bengasi) – quando as autoridades líbias não reconhecem ainda mais do que uma contagem oficial de 300 mortos.

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