Cadeia de supermercados Alisuper recorre ao IAPMEI para sair da insolvência

27-06-2010
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As últimas lojas do grupo Alicoop encerraram no final do mês do passado, e a partir de agora mais de 400 trabalhadores e 180 fornecedores encontram-se numa situação de impasse. A empresa GCT (dona dos supermercados Ponto Fresco e da grossista Elos) apresentou uma proposta de aquisição da empresa, mas só está interessada em 39 das 81 lojas Alisuper. A maioria dos credores e trabalhadores rejeitam a oferta por não estarem salvaguardados os seus interesses.

Num plenário realizado esta tarde em Silves, de novo, ouviram-se denúncias de “interesses obscuros” neste processo, visando indirectamente a CGD por ter recusado viabilizar um plano de recuperação da empresa, elaborado pela Deloitte. “Situação dramática”, proclamou António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve, lembrando que o desemprego na região não pára de crescer, atingindo actualmente as 30 mil pessoas, “o maior valor das últimas três décadas”. Por outro lado, a representante da Comissão de Trabalhadores, Sónia Correia, lembrou que além da perda do posto de trabalho, os colaboradores da empresa estão com a “espada sobre a cabeça”, porque assinaram um pedido de empréstimo ao BPN no valor de mais de um milhão de euros para viabilizar a Alisuper, e arriscam-se a ver os seus bens pessoais penhorados. “Ainda não há medidas concretas de execução, mas já há vários trabalhadores a quem foi comunicado o incumprimento ao Banco de Portugal”.

As dívidas do grupo Alicoop/Alisuper ascendem a 80 milhões de euros. Segundo o estudo da Deloitte a viabilidade do grupo passaria no imediato por um empréstimo de 1,2 milhões de euros da CGD, já que o principal credor Millenium BCP estaria disposto a injectar mais capital no grupo para evitar a falência. No mesmo sentido, os credores estariam dispostos a converter 14 milhões de euros de divida em capital para lançar uma nova firma. É este o cenário que vai ser apresentado ao IAPMEI, com o apoio de todas as forças politicas da região e sindicatos. Desde o presidente da comissão politica concelhia do PS, João Ferreira, até ao antigo presidente da Câmara de Faro, José Vitorino, passando pela deputada do PSD, Antonieta Guerreiro, todos manifestaram solidariedade aos trabalhadores e fornecedores das lojas Alisuper. “Isto é só politica”, foi o comentário final de António Diogo, proprietário de uma loja na praia da Luz, com dívidas por cobrar de 40 mil euros por rendas não liquidadas. O ex-autarca José Vitorino falou “insondáveis interesses, que temos de denunciar” neste processo, mas acabou apenas a fazer de apelo à mobilização popular. A deputada social-democrata, em defesa do comércio tradicional, confessou que “raramente” frequentava grandes superfícies.

As últimas lojas do grupo Alicoop encerraram no final do mês do passado, e a partir de agora mais de 400 trabalhadores e 180 fornecedores encontram-se numa situação de impasse. A empresa GCT (dona dos supermercados Ponto Fresco e da grossista Elos) apresentou uma proposta de aquisição da empresa, mas só está interessada em 39 das 81 lojas Alisuper. A maioria dos credores e trabalhadores rejeitam a oferta por não estarem salvaguardados os seus interesses.

Num plenário realizado esta tarde em Silves, de novo, ouviram-se denúncias de “interesses obscuros” neste processo, visando indirectamente a CGD por ter recusado viabilizar um plano de recuperação da empresa, elaborado pela Deloitte. “Situação dramática”, proclamou António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve, lembrando que o desemprego na região não pára de crescer, atingindo actualmente as 30 mil pessoas, “o maior valor das últimas três décadas”. Por outro lado, a representante da Comissão de Trabalhadores, Sónia Correia, lembrou que além da perda do posto de trabalho, os colaboradores da empresa estão com a “espada sobre a cabeça”, porque assinaram um pedido de empréstimo ao BPN no valor de mais de um milhão de euros para viabilizar a Alisuper, e arriscam-se a ver os seus bens pessoais penhorados. “Ainda não há medidas concretas de execução, mas já há vários trabalhadores a quem foi comunicado o incumprimento ao Banco de Portugal”.

As dívidas do grupo Alicoop/Alisuper ascendem a 80 milhões de euros. Segundo o estudo da Deloitte a viabilidade do grupo passaria no imediato por um empréstimo de 1,2 milhões de euros da CGD, já que o principal credor Millenium BCP estaria disposto a injectar mais capital no grupo para evitar a falência. No mesmo sentido, os credores estariam dispostos a converter 14 milhões de euros de divida em capital para lançar uma nova firma. É este o cenário que vai ser apresentado ao IAPMEI, com o apoio de todas as forças politicas da região e sindicatos. Desde o presidente da comissão politica concelhia do PS, João Ferreira, até ao antigo presidente da Câmara de Faro, José Vitorino, passando pela deputada do PSD, Antonieta Guerreiro, todos manifestaram solidariedade aos trabalhadores e fornecedores das lojas Alisuper. “Isto é só politica”, foi o comentário final de António Diogo, proprietário de uma loja na praia da Luz, com dívidas por cobrar de 40 mil euros por rendas não liquidadas. O ex-autarca José Vitorino falou “insondáveis interesses, que temos de denunciar” neste processo, mas acabou apenas a fazer de apelo à mobilização popular. A deputada social-democrata, em defesa do comércio tradicional, confessou que “raramente” frequentava grandes superfícies.

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