Gondomar ainda nos carris
Valentim Loureiro afirma que em Setembro haverá uma resposta concreta sobre a linha de metro para Gondomar e, numa conferência de imprensa com carácter de urgência, disse que não lhe “passa pela cabeça” que esta via seja inviabilizada. O Governo deverá anunciar o projecto para a segunda fase da rede de metropolitano do Porto em Setembro, com a linha de Gondomar incluída, garantiu ontem o presidente da Câmara local, Valentim Loureiro. “Nem me passa pela cabeça que este Governo inviabilizasse a linha de Gondomar”, frisou o autarca em conferência de imprensa realizada nos paços do concelho, que admite alterações do traçado inicialmente proposto se “quem estudou o projecto achar melhor”. O também presidente da empresa Metro do Porto garantiu que o Governo, através da secretária de Estado dos Transportes lhe assegurou que em Setembro haverá “uma resposta concreta em relação à linha de Gondomar” e aos restantes projectos que arrancarão na segunda fase da construção da rede de metropolitano do Porto. De acordo com Valentim Loureiro, a construção da primeira parte da linha, entre o Dragão (Porto) e a Lourinhã (Gondomar) tem condições para “avançar já”, devido à sua elevada rentabilidade. Quanto à segunda parte da linha, para ligar o Heroísmo a Valbom, Gondomar (S.Cosme) e S.Pedro da Cova, o autarca admite que possa haver um traçado alternativo mais conveniente, mas que tal pode ser objecto de estudos já durante a construção do troço entre a estação do Dragão e a Lourinhã. Três anos de atraso A avançar, a linha do metro de Gondomar - município do distrito do Porto com cerca de 170 mil habitantes - arrancará com um atraso de três anos, depois de ter sido aprovada em Conselho de Ministros em 2003, durante o Governo de Durão Barroso. A primeira fase da rede de metro no Porto ficou concluída em Maio deste ano, com a inauguração do troço final da ligação do Estádio do Dragão ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Na ocasião, o primeiro-ministro fez depender o avanço da segunda fase do Metro do Porto de um conjunto de circunstâncias relacionadas, nomeadamente, a definição de prioridades em termos de ligações e as questões de financiamento. Em causa estão, designadamente, os projectos para as linhas de Gondomar, Boavista, Trofa e Gaia, que foram suspensos no ano passado pelo Executivo para análise da sustentabilidade e viabilidade financeira da obra. Questionada no final do mês passado especificamente sobre o arranque da linha prevista para servir Gondomar, Ana Paula Vitorino referiu apenas que “serão analisadas propostas alternativas ao traçado inicialmente proposto, porque este não é o que melhor serve a população”, de acordo com o estudo encomendado pelo Governo à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
in "Primeiro de Janeiro", 28 de julho de 2006
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Gondomar ainda nos carris
Valentim Loureiro afirma que em Setembro haverá uma resposta concreta sobre a linha de metro para Gondomar e, numa conferência de imprensa com carácter de urgência, disse que não lhe “passa pela cabeça” que esta via seja inviabilizada. O Governo deverá anunciar o projecto para a segunda fase da rede de metropolitano do Porto em Setembro, com a linha de Gondomar incluída, garantiu ontem o presidente da Câmara local, Valentim Loureiro. “Nem me passa pela cabeça que este Governo inviabilizasse a linha de Gondomar”, frisou o autarca em conferência de imprensa realizada nos paços do concelho, que admite alterações do traçado inicialmente proposto se “quem estudou o projecto achar melhor”. O também presidente da empresa Metro do Porto garantiu que o Governo, através da secretária de Estado dos Transportes lhe assegurou que em Setembro haverá “uma resposta concreta em relação à linha de Gondomar” e aos restantes projectos que arrancarão na segunda fase da construção da rede de metropolitano do Porto. De acordo com Valentim Loureiro, a construção da primeira parte da linha, entre o Dragão (Porto) e a Lourinhã (Gondomar) tem condições para “avançar já”, devido à sua elevada rentabilidade. Quanto à segunda parte da linha, para ligar o Heroísmo a Valbom, Gondomar (S.Cosme) e S.Pedro da Cova, o autarca admite que possa haver um traçado alternativo mais conveniente, mas que tal pode ser objecto de estudos já durante a construção do troço entre a estação do Dragão e a Lourinhã. Três anos de atraso A avançar, a linha do metro de Gondomar - município do distrito do Porto com cerca de 170 mil habitantes - arrancará com um atraso de três anos, depois de ter sido aprovada em Conselho de Ministros em 2003, durante o Governo de Durão Barroso. A primeira fase da rede de metro no Porto ficou concluída em Maio deste ano, com a inauguração do troço final da ligação do Estádio do Dragão ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Na ocasião, o primeiro-ministro fez depender o avanço da segunda fase do Metro do Porto de um conjunto de circunstâncias relacionadas, nomeadamente, a definição de prioridades em termos de ligações e as questões de financiamento. Em causa estão, designadamente, os projectos para as linhas de Gondomar, Boavista, Trofa e Gaia, que foram suspensos no ano passado pelo Executivo para análise da sustentabilidade e viabilidade financeira da obra. Questionada no final do mês passado especificamente sobre o arranque da linha prevista para servir Gondomar, Ana Paula Vitorino referiu apenas que “serão analisadas propostas alternativas ao traçado inicialmente proposto, porque este não é o que melhor serve a população”, de acordo com o estudo encomendado pelo Governo à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
in "Primeiro de Janeiro", 28 de julho de 2006