Robalos e rosas ? (2) « O Insurgente

27-05-2011
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Face Oculta. Financiamento do Partido Socialista sob suspeita

Armando Vara é acusado de abrir portas e fez vários contactos com Mário Lino para resolver o diferendo de Manuel Godinho com a Refer. Lopes Barreira, que quando Vara era secretário de Estado foi um dos fundadores da polémica Fundação para a Prevenção e Segurança, apresenta o empresário de Ovar a altos quadros, marca almoços com a secretária de Estado Ana Paula Vitorino para interceder contra o presidente da Refer, Luís Pardal, e terá prometido pedir ajuda a Jorge Coelho para conseguir negócios na área dos resíduos. Mário Lino terá ordenado expressamente a Luís Pardal que se reunisse com Godinho. E também o advogado José Manuel Mesquita, 11º na lista de António Costa para a Câmara de Lisboa e seu assessor jurídico, surge mencionado em encontros sobre a guerra na Refer.

Na acusação proferida esta semana, surgem igualmente alusões que deixam dúvidas sobre o conhecimento que José Sócrates teria das movimentações. Segundo o Ministério Público, o presidente da Refer não era amado por Mário Lino nem pelo primeiro-ministro. Luís Pardal é descrito pelo Ministério Público de Aveiro como alguém que pugnou pelos interesses daquela empresa pública contra as sucessivas investidas do sucateiro de Ovar. Godinho queria reconquistar a relação empresarial privilegiada com a empresa pública, perdida no âmbito de um diferendo judicial, e Pardal era o entrave. O presidente da Refer foi coleccionando anticorpos dentro na própria empresa e em especial no governo.

Numa conversa em 2009, José Valentim, da Refer, diz a Godinho que Pardal tinha um mau relacionamento com Sócrates, por alegadamente o presidente do conselho de administração daquela empresa pública não ter acatado uma ordem do primeiro-ministro.

Face Oculta. Financiamento do Partido Socialista sob suspeita

Armando Vara é acusado de abrir portas e fez vários contactos com Mário Lino para resolver o diferendo de Manuel Godinho com a Refer. Lopes Barreira, que quando Vara era secretário de Estado foi um dos fundadores da polémica Fundação para a Prevenção e Segurança, apresenta o empresário de Ovar a altos quadros, marca almoços com a secretária de Estado Ana Paula Vitorino para interceder contra o presidente da Refer, Luís Pardal, e terá prometido pedir ajuda a Jorge Coelho para conseguir negócios na área dos resíduos. Mário Lino terá ordenado expressamente a Luís Pardal que se reunisse com Godinho. E também o advogado José Manuel Mesquita, 11º na lista de António Costa para a Câmara de Lisboa e seu assessor jurídico, surge mencionado em encontros sobre a guerra na Refer.

Na acusação proferida esta semana, surgem igualmente alusões que deixam dúvidas sobre o conhecimento que José Sócrates teria das movimentações. Segundo o Ministério Público, o presidente da Refer não era amado por Mário Lino nem pelo primeiro-ministro. Luís Pardal é descrito pelo Ministério Público de Aveiro como alguém que pugnou pelos interesses daquela empresa pública contra as sucessivas investidas do sucateiro de Ovar. Godinho queria reconquistar a relação empresarial privilegiada com a empresa pública, perdida no âmbito de um diferendo judicial, e Pardal era o entrave. O presidente da Refer foi coleccionando anticorpos dentro na própria empresa e em especial no governo.

Numa conversa em 2009, José Valentim, da Refer, diz a Godinho que Pardal tinha um mau relacionamento com Sócrates, por alegadamente o presidente do conselho de administração daquela empresa pública não ter acatado uma ordem do primeiro-ministro.

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