Ex-governante terá confirmado pressões em favor de Godinho

30-10-2010
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O ex-ministro Mário Lino não esteve ontem disponível para comentar as notícias que davam conta de que terá procurado sensibilizar Ana Paula Vitorino para os negócios das empresas de Manuel Godinho com a Refer. Ao longo do dia, o telemóvel do anterior ministro das Obras Públicas remetia imediatamente para a gravação de mensagens, evitando assim qualquer comunicação.

Segundo noticiaram ontem os jornais Diário de Notícias e Correio da Manhã, a ex-secretária de Estado das Obras Públicas terá prestado depoimento no âmbito do inquérito Face Oculta, declarando que o então ministro - e também Armando Vara - lhe terão chamado a atenção para as dificuldades de relacionamento entre as empresas do sucateiro e a Refer. Ter-lhe-ão lembrado tratar-se de um empresário "amigo do PS", episódio de que a Polícia Judiciária e o Ministério Público se socorreram para reforçar a tese da teia de interesses com ligações políticas para favorecer os negócios de Godinho.

As escutas telefónicas efectuadas no âmbito da investigação, e entretanto divulgadas, davam conta de que o empresário estaria preocupado com o desfecho de um processo com a Refer, que tinha levado a administração desta empresa pública a vetar os negócios com as suas sociedades. Godinho sustentava que o obstáculo estava no então presidente da empresa, Luís Pardal, e os seus interlocutores chegaram a sugerir ser necessário afastá-lo da empresa, então tutelada por Ana Paula Vitorino.

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Tais diligências teriam ficado a cargo do empresário Lopes Barreira, um influente consultor com ligações ao poder socialista - e também arguido no processo - que chegou a promover em sua casa um jantar com Mário Lino e a anunciar um outro com a então secretária de Estado, ambos com a finalidade de alertá-los para os interesses das empresas de Manuel Godinho e os entraves colocados pela administração da Refer.

Nas escutas gravadas pela Judiciária, o teor de algumas conversas che- ga até a sugerir a necessidade de mover influências para afastar Ana Paula Vitorino e Luís Pardal dos respectivos cargos, deixando entender que não se teriam mostrado sensibilizados para participar no esquema de protecção ao empresário, que entretanto foi detido pela Polícia Judiciária de Aveiro.

O ex-ministro Mário Lino não esteve ontem disponível para comentar as notícias que davam conta de que terá procurado sensibilizar Ana Paula Vitorino para os negócios das empresas de Manuel Godinho com a Refer. Ao longo do dia, o telemóvel do anterior ministro das Obras Públicas remetia imediatamente para a gravação de mensagens, evitando assim qualquer comunicação.

Segundo noticiaram ontem os jornais Diário de Notícias e Correio da Manhã, a ex-secretária de Estado das Obras Públicas terá prestado depoimento no âmbito do inquérito Face Oculta, declarando que o então ministro - e também Armando Vara - lhe terão chamado a atenção para as dificuldades de relacionamento entre as empresas do sucateiro e a Refer. Ter-lhe-ão lembrado tratar-se de um empresário "amigo do PS", episódio de que a Polícia Judiciária e o Ministério Público se socorreram para reforçar a tese da teia de interesses com ligações políticas para favorecer os negócios de Godinho.

As escutas telefónicas efectuadas no âmbito da investigação, e entretanto divulgadas, davam conta de que o empresário estaria preocupado com o desfecho de um processo com a Refer, que tinha levado a administração desta empresa pública a vetar os negócios com as suas sociedades. Godinho sustentava que o obstáculo estava no então presidente da empresa, Luís Pardal, e os seus interlocutores chegaram a sugerir ser necessário afastá-lo da empresa, então tutelada por Ana Paula Vitorino.

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Tais diligências teriam ficado a cargo do empresário Lopes Barreira, um influente consultor com ligações ao poder socialista - e também arguido no processo - que chegou a promover em sua casa um jantar com Mário Lino e a anunciar um outro com a então secretária de Estado, ambos com a finalidade de alertá-los para os interesses das empresas de Manuel Godinho e os entraves colocados pela administração da Refer.

Nas escutas gravadas pela Judiciária, o teor de algumas conversas che- ga até a sugerir a necessidade de mover influências para afastar Ana Paula Vitorino e Luís Pardal dos respectivos cargos, deixando entender que não se teriam mostrado sensibilizados para participar no esquema de protecção ao empresário, que entretanto foi detido pela Polícia Judiciária de Aveiro.

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