O-Observatório: "Baixem os braços do Cristo Rei!"

22-12-2009
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Ora, aqui está uma associação – a Associação República e Laicidade -, quase desconhecida mas com mais poder do que os mais de 80% de católicos portugueses e a própria Igreja.Fenomenal. Sou católico. Não sou, contudo, fundamentalista ao ponto de considerar uma heresia o que exige esta associação. Não sou.Mas também sei, por experiência própria, que não foram negativas nem impeditivas da minha formação as pequenas orações que rezava todas as manhãs na escola primária.Se for provado que isso é mau para os meninos, então concordo em absoluto que se erradiquem todos os ícones religiosos das escolas. Que se faça uma Santa Inquisição com eles. (É uma provocação!) Que se faça como em França, por exemplo.Reflicto, todavia, em dois pontos que me suscitam dúvidas e sobre os quais gostava de “escutar” a vossa opinião:1 - O Estado português é laico, segundo reza a Constituição. E os portugueses?Já agora: e o que é o Estado? Foi-me ensinado que somos todos nós. Não somos, afinal?Compreendo e desejo, apesar das minhas convicções religiosas, a absoluta separação e que o Governo da Nação seja neutro ou, se quisermos, laico.2 - As declarações da Ministra da Educação não foram nada conclusivas. Afinal, não se trata de uma proibição mas, antes, deixar à consciência de cada professor se retira, ou não, os crucifixos.Um dia destes é deixado à consciência de cada um se deve conduzir pela esquerda ou pela direita, conforme melhor lhe aprouver no momento.Já agora vale a pena acrescentar que, ao invés do que diz a associação, o crucifixo não é um símbolo católico. É cristão! E isso é muito mais abrangente, como se sabe.Por último recordo aqui as palavras do Pe. José Luís Borga quando confrontado com esta e a notícia que no próximo passo a associação vai exigir a abolição dos feriados religiosos. Ironicamente disse: “Acho muito bem! E até julgo que devem ir mais longe: façam implodir o Mosteiro dos Jerónimos e baixem os braços ao Cristo Rei que teima em querer abraçar Lisboa”. E acrescentou: “Os verdadeiros cristãos não precisam de nada disso para professar a sua fé!”.

Ora, aqui está uma associação – a Associação República e Laicidade -, quase desconhecida mas com mais poder do que os mais de 80% de católicos portugueses e a própria Igreja.Fenomenal. Sou católico. Não sou, contudo, fundamentalista ao ponto de considerar uma heresia o que exige esta associação. Não sou.Mas também sei, por experiência própria, que não foram negativas nem impeditivas da minha formação as pequenas orações que rezava todas as manhãs na escola primária.Se for provado que isso é mau para os meninos, então concordo em absoluto que se erradiquem todos os ícones religiosos das escolas. Que se faça uma Santa Inquisição com eles. (É uma provocação!) Que se faça como em França, por exemplo.Reflicto, todavia, em dois pontos que me suscitam dúvidas e sobre os quais gostava de “escutar” a vossa opinião:1 - O Estado português é laico, segundo reza a Constituição. E os portugueses?Já agora: e o que é o Estado? Foi-me ensinado que somos todos nós. Não somos, afinal?Compreendo e desejo, apesar das minhas convicções religiosas, a absoluta separação e que o Governo da Nação seja neutro ou, se quisermos, laico.2 - As declarações da Ministra da Educação não foram nada conclusivas. Afinal, não se trata de uma proibição mas, antes, deixar à consciência de cada professor se retira, ou não, os crucifixos.Um dia destes é deixado à consciência de cada um se deve conduzir pela esquerda ou pela direita, conforme melhor lhe aprouver no momento.Já agora vale a pena acrescentar que, ao invés do que diz a associação, o crucifixo não é um símbolo católico. É cristão! E isso é muito mais abrangente, como se sabe.Por último recordo aqui as palavras do Pe. José Luís Borga quando confrontado com esta e a notícia que no próximo passo a associação vai exigir a abolição dos feriados religiosos. Ironicamente disse: “Acho muito bem! E até julgo que devem ir mais longe: façam implodir o Mosteiro dos Jerónimos e baixem os braços ao Cristo Rei que teima em querer abraçar Lisboa”. E acrescentou: “Os verdadeiros cristãos não precisam de nada disso para professar a sua fé!”.

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