Ontem discutia-se, supostamente, o futuro de Portugal no programa prós e contras.
Mais uma vez, e para não variar, Fátima Campos Ferreira chama à reflexão apenas homens. Empresários, professores, politólogos e até o bastonário da ordem dos advogados.
Que variedade de saberes, que amplitude de conhecimentos, e que profundidade de experiências, todas no masculino, já se sabe, mas que interessa isso? Estão ali tão bem representadas as fontes que realmente interessam à Fátima Campos Ferreira. E que cumplicidade ela desenvolve com cada convidado, é bonito de se ver. Ao longo do programa vai havendo um crescendo de intimidade e até ambiente do debate se transforma, rapidamente o Sr. Dr. é substituÃdo pelo nome próprio, o Sr. Prof. descaà para algo mais próximo, e no final da noite, apresentadora e convidados estão em amena cavaqueira, onde as opiniões da única mulher habitualmente presente se sobrepõem à s restantes. Fátima Campos Ferreira não se sente ameaçada pela presença de mais mulheres no programa.
Aliás, com toda a certeza, não achará que o facto de convidar mulheres possa vir a interferir na relação tão pessoal que constrói com os seus convidados, nem tão pouco que o público, presente e telespectador, possa duvidar da sua competência profissional e enorme capacidade reflexiva, quando confrontado com mais mulheres bem pensantes e interventivas. Apenas considera, e porventura com a melhor das intenções, que para representação do universo feminino, mais concretamente, das empresárias, professoras, politólogas e até bastonárias, está lá ela, para evitar que a balança do género caia, com demasiada evidência, para o lado habitual. Agradece-se o olhar feminino que Fátima Campos Ferreira nos concede através das suas intervenções. E já agora, para aquilo que realmente interessa, os homens até se explicam bastante bem, convenhamos!
Nós agradecemos e aceitamos o modelo de sociedade que pequenos gestos como estes veiculam. Com a força que a comunicação social tem actualmente, sobretudo a televisão, e com a perpetuação de situações como a de, sistematicamente, pôr homens e apenas homens a pensar, discutir, e, finalmente, a concluir sobre o futuro do nosso paÃs, não há cotas que nos valham!
Ontem discutia-se, supostamente, o futuro de Portugal no programa prós e contras.
Mais uma vez, e para não variar, Fátima Campos Ferreira chama à reflexão apenas homens. Empresários, professores, politólogos e até o bastonário da ordem dos advogados.
Que variedade de saberes, que amplitude de conhecimentos, e que profundidade de experiências, todas no masculino, já se sabe, mas que interessa isso? Estão ali tão bem representadas as fontes que realmente interessam à Fátima Campos Ferreira. E que cumplicidade ela desenvolve com cada convidado, é bonito de se ver. Ao longo do programa vai havendo um crescendo de intimidade e até ambiente do debate se transforma, rapidamente o Sr. Dr. é substituÃdo pelo nome próprio, o Sr. Prof. descaà para algo mais próximo, e no final da noite, apresentadora e convidados estão em amena cavaqueira, onde as opiniões da única mulher habitualmente presente se sobrepõem à s restantes. Fátima Campos Ferreira não se sente ameaçada pela presença de mais mulheres no programa.
Aliás, com toda a certeza, não achará que o facto de convidar mulheres possa vir a interferir na relação tão pessoal que constrói com os seus convidados, nem tão pouco que o público, presente e telespectador, possa duvidar da sua competência profissional e enorme capacidade reflexiva, quando confrontado com mais mulheres bem pensantes e interventivas. Apenas considera, e porventura com a melhor das intenções, que para representação do universo feminino, mais concretamente, das empresárias, professoras, politólogas e até bastonárias, está lá ela, para evitar que a balança do género caia, com demasiada evidência, para o lado habitual. Agradece-se o olhar feminino que Fátima Campos Ferreira nos concede através das suas intervenções. E já agora, para aquilo que realmente interessa, os homens até se explicam bastante bem, convenhamos!
Nós agradecemos e aceitamos o modelo de sociedade que pequenos gestos como estes veiculam. Com a força que a comunicação social tem actualmente, sobretudo a televisão, e com a perpetuação de situações como a de, sistematicamente, pôr homens e apenas homens a pensar, discutir, e, finalmente, a concluir sobre o futuro do nosso paÃs, não há cotas que nos valham!