Prós homens E Contras mulheres

30-05-2010
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Ontem discutia-se, supostamente, o futuro de Portugal no programa prós e contras.

Mais uma vez, e para não variar, Fátima Campos Ferreira chama à reflexão apenas homens. Empresários, professores, politólogos e até o bastonário da ordem dos advogados.

Que variedade de saberes, que amplitude de conhecimentos, e que profundidade de experiências, todas no masculino, já se sabe, mas que interessa isso? Estão ali tão bem representadas as fontes que realmente interessam à Fátima Campos Ferreira. E que cumplicidade ela desenvolve com cada convidado, é bonito de se ver. Ao longo do programa vai havendo um crescendo de intimidade e até ambiente do debate se transforma, rapidamente o Sr. Dr. é substituído pelo nome próprio, o Sr. Prof. descaí para algo mais próximo, e no final da noite, apresentadora e convidados estão em amena cavaqueira, onde as opiniões da única mulher habitualmente presente se sobrepõem às restantes. Fátima Campos Ferreira não se sente ameaçada pela presença de mais mulheres no programa.

Aliás, com toda a certeza, não achará que o facto de convidar mulheres possa vir a interferir na relação tão pessoal que constrói com os seus convidados, nem tão pouco que o público, presente e telespectador, possa duvidar da sua competência profissional e enorme capacidade reflexiva, quando confrontado com mais mulheres bem pensantes e interventivas. Apenas considera, e porventura com a melhor das intenções, que para representação do universo feminino, mais concretamente, das empresárias, professoras, politólogas e até bastonárias, está lá ela, para evitar que a balança do género caia, com demasiada evidência, para o lado habitual. Agradece-se o olhar feminino que Fátima Campos Ferreira nos concede através das suas intervenções. E já agora, para aquilo que realmente interessa, os homens até se explicam bastante bem, convenhamos!

Nós agradecemos e aceitamos o modelo de sociedade que pequenos gestos como estes veiculam. Com a força que a comunicação social tem actualmente, sobretudo a televisão, e com a perpetuação de situações como a de, sistematicamente, pôr homens e apenas homens a pensar, discutir, e, finalmente, a concluir sobre o futuro do nosso país, não há cotas que nos valham!

Ontem discutia-se, supostamente, o futuro de Portugal no programa prós e contras.

Mais uma vez, e para não variar, Fátima Campos Ferreira chama à reflexão apenas homens. Empresários, professores, politólogos e até o bastonário da ordem dos advogados.

Que variedade de saberes, que amplitude de conhecimentos, e que profundidade de experiências, todas no masculino, já se sabe, mas que interessa isso? Estão ali tão bem representadas as fontes que realmente interessam à Fátima Campos Ferreira. E que cumplicidade ela desenvolve com cada convidado, é bonito de se ver. Ao longo do programa vai havendo um crescendo de intimidade e até ambiente do debate se transforma, rapidamente o Sr. Dr. é substituído pelo nome próprio, o Sr. Prof. descaí para algo mais próximo, e no final da noite, apresentadora e convidados estão em amena cavaqueira, onde as opiniões da única mulher habitualmente presente se sobrepõem às restantes. Fátima Campos Ferreira não se sente ameaçada pela presença de mais mulheres no programa.

Aliás, com toda a certeza, não achará que o facto de convidar mulheres possa vir a interferir na relação tão pessoal que constrói com os seus convidados, nem tão pouco que o público, presente e telespectador, possa duvidar da sua competência profissional e enorme capacidade reflexiva, quando confrontado com mais mulheres bem pensantes e interventivas. Apenas considera, e porventura com a melhor das intenções, que para representação do universo feminino, mais concretamente, das empresárias, professoras, politólogas e até bastonárias, está lá ela, para evitar que a balança do género caia, com demasiada evidência, para o lado habitual. Agradece-se o olhar feminino que Fátima Campos Ferreira nos concede através das suas intervenções. E já agora, para aquilo que realmente interessa, os homens até se explicam bastante bem, convenhamos!

Nós agradecemos e aceitamos o modelo de sociedade que pequenos gestos como estes veiculam. Com a força que a comunicação social tem actualmente, sobretudo a televisão, e com a perpetuação de situações como a de, sistematicamente, pôr homens e apenas homens a pensar, discutir, e, finalmente, a concluir sobre o futuro do nosso país, não há cotas que nos valham!

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