Dois dedos de conversa: Recauchutagem? Não obrigado!

22-12-2009
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Houve, no tempo devido, oportunidade para o Ministério da Educação sair de face lavada deste imbróglio da avaliação dos professores. Agora é demasiado tarde. Por mais que tente. A teimosia e a falta de visão política levou a um extremar de posições e à separação das águas. O Ministério conduziu este processo de modo tão desastroso que até conseguiu pôr contra ele aqueles que até determinado momento estiveram do seu lado.A recauchutagem que agora se quer fazer vem demonstrar que o que estava não serve, que não é exequível, por mais malabarismos que se façam. E, se não serve, não vale a pena estar a remendar o que não presta.Urge (re)construir algo de novo. Partindo do princípio que a grande maioria dos docentes são bons profissionais, e que, portanto, ainda vale a pena melhorar o que já é bom; eventualmente, dar a mão a alguns (talvez não muitos) que dela necessitam; outros (seguramente uma ínfima minoria) terão de ficar pelo caminho.Mas a pedra de toque aqui é ao serviço de que é que a avaliação está. Ou seja, avaliar para quê? Não é possível misturar modelos de avaliação que visam objectivos tão díspares como a prestação de conta ou a promoção na carreira docente procurando conjugar isso com o desenvolvimento profissional. Não é possível. Os métodos são distintos, assim como os critérios.Urge, dizíamos, (re)construir algo de novo. De cariz mais formativo e menos sumativo; mais espaçado no tempo; que tenha em conta a (in)experiência profissional de cada um; mais ligado ao trabalho de equipa e de pares; que não aposte em mecanismos burocráticos e de controle; mais ligado ao reconhecimento do mérito e à, eventual, despistagem da incompetência.


Houve, no tempo devido, oportunidade para o Ministério da Educação sair de face lavada deste imbróglio da avaliação dos professores. Agora é demasiado tarde. Por mais que tente. A teimosia e a falta de visão política levou a um extremar de posições e à separação das águas. O Ministério conduziu este processo de modo tão desastroso que até conseguiu pôr contra ele aqueles que até determinado momento estiveram do seu lado.A recauchutagem que agora se quer fazer vem demonstrar que o que estava não serve, que não é exequível, por mais malabarismos que se façam. E, se não serve, não vale a pena estar a remendar o que não presta.Urge (re)construir algo de novo. Partindo do princípio que a grande maioria dos docentes são bons profissionais, e que, portanto, ainda vale a pena melhorar o que já é bom; eventualmente, dar a mão a alguns (talvez não muitos) que dela necessitam; outros (seguramente uma ínfima minoria) terão de ficar pelo caminho.Mas a pedra de toque aqui é ao serviço de que é que a avaliação está. Ou seja, avaliar para quê? Não é possível misturar modelos de avaliação que visam objectivos tão díspares como a prestação de conta ou a promoção na carreira docente procurando conjugar isso com o desenvolvimento profissional. Não é possível. Os métodos são distintos, assim como os critérios.Urge, dizíamos, (re)construir algo de novo. De cariz mais formativo e menos sumativo; mais espaçado no tempo; que tenha em conta a (in)experiência profissional de cada um; mais ligado ao trabalho de equipa e de pares; que não aposte em mecanismos burocráticos e de controle; mais ligado ao reconhecimento do mérito e à, eventual, despistagem da incompetência.

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