Ministério da Educação não sabe quais as escolas que fizeram os testes PISA

15-12-2010
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Respondendo a dúvidas dos deputados sobre as características da amostra de alunos de 15 anos que realizaram os testes em 2009, Alçada indicou que os critérios para a selecção são estabelecidos pela OCDE e que o Ministério da Educação apenas apresenta uma listagem que inclui todas as escolas do país.

É com base nesta lista que a OCDE selecciona as escolas. No ano passado foram escolhidas 212. A ministra indicou que as escolas seleccionadas são depois convidadas a apresentar as listas de todos os alunos com 15 anos, os que fazem os testes PISA, e que os estudantes são escolhidos automaticamente a partir de um programa utilizado para o efeito. “Os estudos da OCDE não costumam ser questionados quanto à sua idoniedade”, frisou.

Ficou assim sem resposta o pedido apresentado pelo Bloco de Esquerda e PCP para que o ministério divulgue a lista de escolas que foram escolhidas para participar no PISA em 2009.

Numa audição que está a decorrer na comissão parlamentar de Educação e Ciência, Ana Drago, do BE, apelou, “a bem da transparência e credibilidade do Ministério da Educação”, para que Isabel Alçada revele quais as escolas e as caracteristicas dos alunos que participaram na avaliação internacional promovida de três em três anos pela OCDE.

Ana Drago lembrou, a propósito, as dúvidas que têm sido tornadas públicas sobre a participação nestes testes de estudantes que frequentam cursos de vocação profisisonal e que habitualmente têm piores resultados. Alçada saudou a equipa que lhe precedeu na Ministério da Educação – Maria de Lurdes Rodrigues e os secretários de Estado Jorge Pedreira e Valter Lemos – pelas medidas adoptadas, e que se traduziram nos melhores resultados obtidos no PISA 2099, sublinhou. Mas nada disse a propósito da amostra portuguesa.

Isabel Alçada confirmou, por outro lado, que a partir do próximo ano lectivo a disciplina de Estudo Acompanhado, que estava a ser utilizada para reforçar apendizagens de Matemática e Língua Portuguesa, será só para alunos com dificuldades.

Segundo Alçada, esta mudança deriva da constatação de que o trabalho como uma turma inteira, como tem sucedido, “não permite uma relação directa entre professor e aluno”. “Precisamos de horas para que os alunos possam trabalhar autonomamente e beneficiar dos equipamentos que as escolas actualmente têm”, defendeu também.

O reforço do ensino de Matemática e Língua Portuguesa tem sido apontado como uma das medidas que contribuiu para a melhoria resultados dos alunos portugueses no PISA. Para a deputada Ana Drago, trata-se de um contra-senso: “Festejámos os resultados do PISA, analisámos as políticas que poderão ter tido impacto neles e, em simultâneo, o que temos no horizonte, é o seu fim”, frisou.

Quanto à revisão dos contratos de associação em vigor com 94 estabelecimentos do ensino particular e cooperativo, Isabel Alçada, respondendo a questões do CDS, frisou que se trata de salvaguardar “o interesse público”.

A ministra reafirmou que o financiamento do Estado às escolas particulares só terminará nos casos em que, na mesma zona, haja duplicação da oferta ou seja, quando estão em funcionamento escolas públicas. “Está a ser feita uma avaliação pormenorizada das necessidade de oferta do ensino privado atendendo à existente das escolas públicas. E também no número de turmas que será necessário assegurar no particular quando essa oferta não for suficiente nas escolas públicas”, garantiu.

Os cortes nos contratos de associação começarão a ser sentidos a partir do próximo ano. O CDS lembrou que nas escolas com contratos de associação, e que são financiadas na totalidade pelo Estado, estudam 70 mil alunos e trabalham oito mil professores e funcionários. “Se há duplicação da oferta, a culpa é do Estado que construiu escolas onde já estava assegurada uma oferta de educação”, acusou o deputado José Manuel Rodrigues.

Respondendo a dúvidas dos deputados sobre as características da amostra de alunos de 15 anos que realizaram os testes em 2009, Alçada indicou que os critérios para a selecção são estabelecidos pela OCDE e que o Ministério da Educação apenas apresenta uma listagem que inclui todas as escolas do país.

É com base nesta lista que a OCDE selecciona as escolas. No ano passado foram escolhidas 212. A ministra indicou que as escolas seleccionadas são depois convidadas a apresentar as listas de todos os alunos com 15 anos, os que fazem os testes PISA, e que os estudantes são escolhidos automaticamente a partir de um programa utilizado para o efeito. “Os estudos da OCDE não costumam ser questionados quanto à sua idoniedade”, frisou.

Ficou assim sem resposta o pedido apresentado pelo Bloco de Esquerda e PCP para que o ministério divulgue a lista de escolas que foram escolhidas para participar no PISA em 2009.

Numa audição que está a decorrer na comissão parlamentar de Educação e Ciência, Ana Drago, do BE, apelou, “a bem da transparência e credibilidade do Ministério da Educação”, para que Isabel Alçada revele quais as escolas e as caracteristicas dos alunos que participaram na avaliação internacional promovida de três em três anos pela OCDE.

Ana Drago lembrou, a propósito, as dúvidas que têm sido tornadas públicas sobre a participação nestes testes de estudantes que frequentam cursos de vocação profisisonal e que habitualmente têm piores resultados. Alçada saudou a equipa que lhe precedeu na Ministério da Educação – Maria de Lurdes Rodrigues e os secretários de Estado Jorge Pedreira e Valter Lemos – pelas medidas adoptadas, e que se traduziram nos melhores resultados obtidos no PISA 2099, sublinhou. Mas nada disse a propósito da amostra portuguesa.

Isabel Alçada confirmou, por outro lado, que a partir do próximo ano lectivo a disciplina de Estudo Acompanhado, que estava a ser utilizada para reforçar apendizagens de Matemática e Língua Portuguesa, será só para alunos com dificuldades.

Segundo Alçada, esta mudança deriva da constatação de que o trabalho como uma turma inteira, como tem sucedido, “não permite uma relação directa entre professor e aluno”. “Precisamos de horas para que os alunos possam trabalhar autonomamente e beneficiar dos equipamentos que as escolas actualmente têm”, defendeu também.

O reforço do ensino de Matemática e Língua Portuguesa tem sido apontado como uma das medidas que contribuiu para a melhoria resultados dos alunos portugueses no PISA. Para a deputada Ana Drago, trata-se de um contra-senso: “Festejámos os resultados do PISA, analisámos as políticas que poderão ter tido impacto neles e, em simultâneo, o que temos no horizonte, é o seu fim”, frisou.

Quanto à revisão dos contratos de associação em vigor com 94 estabelecimentos do ensino particular e cooperativo, Isabel Alçada, respondendo a questões do CDS, frisou que se trata de salvaguardar “o interesse público”.

A ministra reafirmou que o financiamento do Estado às escolas particulares só terminará nos casos em que, na mesma zona, haja duplicação da oferta ou seja, quando estão em funcionamento escolas públicas. “Está a ser feita uma avaliação pormenorizada das necessidade de oferta do ensino privado atendendo à existente das escolas públicas. E também no número de turmas que será necessário assegurar no particular quando essa oferta não for suficiente nas escolas públicas”, garantiu.

Os cortes nos contratos de associação começarão a ser sentidos a partir do próximo ano. O CDS lembrou que nas escolas com contratos de associação, e que são financiadas na totalidade pelo Estado, estudam 70 mil alunos e trabalham oito mil professores e funcionários. “Se há duplicação da oferta, a culpa é do Estado que construiu escolas onde já estava assegurada uma oferta de educação”, acusou o deputado José Manuel Rodrigues.

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